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sábado, 23 de agosto de 2014

Imaflora: a certificação ambiental como incentivo à conservação das florestas.Suzana Camargo - 20/08/2014 

imaflora
Quando o consumidor escolhe o café ou o suco de laranja na prateleira do supermercado, nem sempre presta atenção se aquele produto é ou não certificado. Pois deveria. Produtos com selo que garantem sua sustentabilidade contribuem para apreservação do meio ambiente.
imaflora-mauricio-voivodicA constatação faz parte de um estudo divulgado recentemente pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola – Imaflora*.
O Parceiros do Planeta conversou com Mauricio Voivodic,secretário executivo do instituto, que falou sobre a importância de sistemas de certificação, os setores mais avançados na obtenção de selos e ainda, a necessidade da oferta de incentivos econômicos para o cumprimento do Código Florestal.
Quais têm sido as principais áreas de atuação do Imaflora?O foco do Imaflora é promover sustentabilidade nos setores florestal e agrícola, promovendo impactos positivos social e ambientalmente no setor. Entendemos esta sustentabilidade como desde melhores práticas de produção no campo até ao longo da cadeia produtiva.
Quais seriam estes impactos?Estamos preocupados com questões de redução de desmatamento e degradação, conservação do solo, água e remanescentes florestais, menor uso de agroquímicos. Na perspectiva social, nossa preocupação é com relação entre empreendimentos florestais e agrícolas com comunidades locais, povos indígenas e seus trabalhadores. Também trabalhamos para que a produção extrativista gere conservação e melhor qualidade de vida para populações locais.
Através de que abordagens o Imaflora tem promovido a sustentabilidade?A maneira pela qual somos mais conhecidos é através do sistema de certificação socioambiental, como o sistema FSC (Forest Stewardshipg Council) no setor florestal e a Rainforest Alliance no agrícola. Entendemos as certificações como incentivos econômicos, ou seja, ferramentas de mercado que diferenciam produtores que fazem bem feito. E esta diferença é comunicada aos compradores e consumidores do mercado através dos selos.
Que outras ferramentas, além da certificação, podem incentivar a preservação ambiental?Na área de comunidades tradicionais em reservas protegidas, trabalhamos com populações em terras indígenas, por exemplo, principalmente no Corredor do Xingu, no Pará. Ali não trabalhamos com a perspectiva de certificação, mas de apoiar, capacitar e fortalecer estas comunidades e seus processos produtivos e na comercialização de seus produtos. Utilizamos nosso expertise para que elas tenham melhores benefícios através de práticas de mercado. Um outro componente que usamos bastante é na área de geração de informação, pesquisa e conhecimento para alavancar políticas públicas. Fazemos isso de forma sistemática em várias áreas, como as de legislação florestal e mudanças climáticas.
Tem crescido a busca por certificação no Brasil?No geral a procura por sistema de certificação e produtos com selos que atestem sustentabilidade tem crescido continuamente há vários anos e agora está num momento de bastante demanda. Há poucos dias foi publicada uma pesquisa que diz que 30% dos consumidores no mundo procuram por selos de sustentabilidade nos produtos e utilizam isto para comprar. Nunca este índice foi tão alto. É um indício que o mercado por produtos com certificação está aumentando bastante. Mas o Brasil é um país muito mais fornecedor deste tipo de produto do que consumidor.
Quais seriam estes produtos certificados que o país fornece para o consumo internacional?
Café, suco de laranja, madeira tropical, papel e celulose. A maior parte disso é exportado para mercados mais exigentes, como o europeu, americano, australiano. O interesse do consumidor brasileiro tem crescido bem também, em alguns setores mais do que outros, mas este consumidor não é necessariamente o final.
Então quem é este consumidor?Vou dar um exemplo. Gráficas, revistas e publicações são o setor que mais cresce em termos do uso do selo FSC. Se você olhar no editorial da maior parte dos livros e revistas, verá que são feitos e impressos com papel certificado. Isto não é uma exigência do consumidor final – o leitor, mas sim uma questão das gráficas e editoras preocupadas com esta questão e querendo passar a imagem da responsabilidade ambiental. Outro exemplo é da rede de supermercados Carrefour, que está vendendo em suas lojas carnes certificadas, com origem de sustentabilidade. Mostra, neste caso, a procura do consumidor pela certificação do alimento.
O crescimento na procura da certificação pelas empresas é reflexo de conscientização ambiental ou busca por maiores lucros?Acho que ambos. Mais e mais empresas do setor privado tem procurado se posicionar melhor em relação a questões ambientais como estratégia competitiva. Acredito que nunca é um separado do outro. Não há uma preocupação ambiental desprovida de interesse econômico, assim como a busca pelo lucro sempre se apoia numa maior conscientização sobre este tema. Cada vez mais os assuntos do meio ambiente se tornam importantes para a sociedade como um todo. Há a falta de água em São Paulo, que é manchete nos jornais todo dia, mudanças climáticas, desmatamento e por aí vai.
O que ainda falta para o setor público e privado terem maior responsabilidade sobre seu impacto no planeta?É importante fazer uma análise por setor, principalmente aqueles com os quais o Imaflora interage. O setor de plantações florestais – papel e celulose, investiu muito em tecnologia e profissionalização. Hoje praticamente 70% da floresta plantada é certificada. Então já avançou muito, do ponto de vista ambiental está equilibrado. Indo para outro extremo, a madeira tropical na Amazônia tem menos de 4% da produção certificada. É a madeira utilizada para fazer os telhados das nossa casas, na construção de estradas, prédios, loteamentos … Estima-se que algo em torno de 50 a 80% da madeira produzida naquela região seja ilegal e predatória. Este é um setor que ainda falta muito.
E o setor agropecuário?Em geral, ainda falta bastante, mas alguns produtos já avançaram muito mais que outros. 20% do café brasileiro já tem algum tipo de certificação. É bastante, 1/5 do café nacional tem um sistema de certificação anexado a ele. Mas na pecuária, quase nada é certificado. Estamos começando a discutir a certificação da carne. Temos um longo caminho pela frente. A realidade do setor agropecuário brasileiro é muito diversa: tem o melhor e o pior.
Deveria haver mais incentivos governamentais e pressão do mercado?Sim. Qual é hoje o incentivo econômico que o produtor recebe para se adequar aoCódigo Florestal? Eles são escassos. Os grandes compradores fazem diferença se o produtor desmata ou se cumpre o Código Florestal? A maior parte dos compradores não diferencia isso, não paga nenhum centavo a mais. Então quem paga um custo para fazer uma boa gestão da sua propriedade, compete com aquele que não faz nada. Este tipo de incentivo seria fundamental.
Como a certificação contribui para a conservação da vegetação nativa do Brasil?
A principal conclusão de um estudo com pesquisadores da USP e Unicamp que o Imaflora divulgou recentemente é que incentivos econômicos são muito importantes para o produtor rural, seja agrícola ou florestal, cumprir a lei e até ir além dela - no que se refere à conservação de remanescentes florestais. Ao comparar produtores certificados com aqueles não certificados deu para perceber que os primeiros estão cumprindo mais a lei e conservando mais suas florestas. Tornou-se um incentivo econômico para o produtor conservar. Isso é muito importante.
Foto: Anna Christina Oliveira/Creative Commons e Wanezza Soares

Extraído do Planeta sustentável online, acesso em 23ago14.

A nova hierarquia

A forma como as empresas estão organizadas não funciona mais. Está na hora de investir mais em modelos colaborativos e valorizar menos as relações de poder

misto de hierarquia e equipes autogerenciadas, deixou a empresa mais veloz
São Paulo - Em janeiro deste ano, a empresa americana de comércio eletrônico Zappos causou um rebuliço na mídia internacional ao anunciar a eliminação de todos os cargos corporativos e se reorganizar seguindo o conceito de holocracia.
A ideia por trás da palavra ainda desconhecida pela maioria das pessoas é que, com o tempo, seus 1.500 funcionários estejam organizados em círculos em torno da tarefa a ser realizada, e não mais em pirâmides definidas por cargos e funções. Como ninguém mais tem o título de chefe, um gerente que ontem mandava hoje pode receber ordens — tudo em prol da flexibilidade e da produtividade.
atitude da Zappos desafia o que há de mais básico e antigo nas relações sociais e corporativas: a hierarquia. E, apesar de ser a primeira grande empresa a adotar a holocracia, ela não é a primeira, muito menos a última, a extinguir as relações de poder.
Esse movimento deve ser acompanhado por outras companhias que já perceberam que a estrutura organizacional tal como ainda está desenhada não combina com a velocidade atual do mundo dos negócios. Ela servia numa época em que o trabalhador típico exercia funções estritamente operacionais.
No entanto, o operário típico das linhas de montagem do século 20 atualmente representa apenas 15% do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Há tempos, e cada vez mais, essa mão de obra vem sendo substituída por máquinas e sistemas computacionais (veja gráfico na pág. 27).
Mais de 40% dos profissionais americanos fazem parte de outro grupo. São os chamados trabalhadores do conhecimento, caracterizados por usar mais as habilidades de julgamento do que os braços para realizar as tarefas. Isso significa que as corporações estão cada vez mais dependentes da capacidade e da disposição dos funcionários de lidar com ambiguidades, resolver problemas complexos e interagir com outros indivíduos.
Essa transformação na mão de obra, descrita no relatório The Next Revolution in Interactions, de 2005, da McKinsey, “derruba tudo o que sabemos sobre organizações empresariais”.
A grande questão que as companhias enfrentam é como extrair o máximo de produtividade desse novo profissional. Ninguém sabe ainda qual modelo deverá predominar, se é que isso vai acontecer. O certo é que, da maneira como estão organizadas hoje, muitas empresas não estão funcionando. A velha estrutura, rígida e hierarquizada, parece inibir a capacidade criativa, desestimular o profissional do século 21 e, consequentemente, emperrar a inovação e enfraquecer as organizações.
Segundo uma pesquisa do instituto americano de gestão de projetos PMI, com 2.500 líderes de todo o mundo, apenas cinco em cada dez iniciativas estratégicas traçadas pelos executivos-chefes saem do papel e são efetivamente executadas. A velocidade das corporações também está comprometida.
Ainda de acordo com o PMI, três em cada quatro executivos reconhecem que sua companhia não consegue fazer as mudanças e as adaptações exigidas pelo mercado com a velocidade necessária. E 61% afirmam haver uma lacuna entre a formulação da estratégia (feita por aqueles que ocupam os níveis hierárquicos mais altos) e a execução do que foi planejado (feita pelos que estão na base).
Números do Gallup ajudam a entender as causas desse descompasso. De acordo com o estudo State of the Global Workplace, do instituto americano de pesquisa, apenas 13% dos trabalhadores em todo o mundo estão engajados no emprego — e uma das fontes dessa desmotivação está justamente na estrutura organizacional.
“A cultura da hierarquia vertical tende a restringir a comunicação aberta, limitando o potencial de jovens trabalhadores de contribuir com novas ideias e inovações”, afirmam os responsáveis pelo estudo. Ninguém espera que todos sejam tão radicais quanto os donos da Zappos, mas entender o que é “gerir um negócio sem gerentes” desafia qualquer um a repensar como as coisas foram feitas até então. Afinal, dá para eliminar os chefes das empresas?
Uma nova mentalidade
Os chefes, sim. Os líderes, nunca. Não há, segundo a psicologia social, nenhuma tarefa executada sem liderança. Mesmo que todos os chefes sejam destituídos, surgirá naturalmente um líder para guiar o grupo.
“Você pode acabar com a hierarquia, mas não romper a liderança”, diz Marcelo Afonso Ribeiro, professor do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
O novo desenho organizacional não se resume a um modelo simplista de derrubar chefes. O que algumas empresas estão propondo é algo muito mais complexo — que passa por uma mudança cultural profunda. Em sua quinta pesquisa bianual com CEOs, a IBM identificou três grandes desafios que atingirão todos os negócios, independentemente do segmento ou tamanho, nos próximos anos.
Para tal, foram ouvidos 1 700 executivos com seis anos, em média, no cargo, de organizações de 64 países e 18 setores. O primeiro dilema é como liderar por conexões, dando mais poder aos funcionários e usando menos níveis hierárquicos. O segundo é como se conectar com os clientes e enxergá-los como indivíduos, e não simples consumidores.
E o terceiro é como aumentar a capacidade de inovação usando uma rede de colaboração e tecnologias. Esses três desafios só serão vencidos se as decisões forem tomadas de forma colaborativa. “A palavra final ainda pode ser do presidente, mas antes de bater o martelo ele precisará ter ouvido várias partes”, diz Alessandro Bonorino, vice-presidente mundial de recrutamento da IBM.
É esse ponto que algumas companhias, inclusive a IBM, estão cutucando. Em 2003, a empresa — atualmente mais focada em consultoria e serviços — fez pela primeira vez um grande encontro vir­tual com seus trabalhadores para reavaliar valores de quase 100 anos.
Durante três dias, os “ibmistas” (como são chamados os funcionários da IBM) puderam votar e opinar de igual para igual com seus superiores. No ano passado, a companhia repetiu a dose, dessa vez para definir nove práticas que materializam seus valores.
Em dois dias de fóruns, mais de um terço dos 139.000 empregados do mundo se conectou à sala virtual para manifestar suas ideias.
A cooperação continua fora do ambiente virtual. Nos projetos do dia a dia, os funcionários se reúnem e se organizam por si mesmos, seguindo o conceito de autogestão, até encontrar a solução de um problema. De acordo com Bonorino, na área de pesquisas médicas, por exemplo, há mais de 100 pessoas trabalhando dessa forma.
O conceito de autogestão, nascido em uma fábrica da Volvo nos anos 90, é ainda mais comum em atividades fabris. Aliás, a experiência da montadora sueca foi a primeira tentativa de dar aos empregados uma sensação de maior poder e liberdade. Lá, assim como na fabricante de ônibus Irizar, são os trabalhadores das fábricas que definem como vão se organizar para bater as metas.
Omar Paixão / VOCÊ RH
Alessandro Bonorino, vice-presidente de RH da IBM
Alessandro Bonorino, vice-presidente de RH da IBM: um terço dos 139.000 empregados da empresa no mundo se reuniu virtualmente para definir quais ações representariam os valores corporativos.














Eles têm a liberdade de combinar horários, folgas e até o ritmo da produção. Podem até, no caso da Irizar, demitir e contratar pessoal. É claro que continua a existir uma escala hierárquica. A Irizar mantém a figura de um diretor-superintendente e três diretores de áreas-chave (administrativa e financeira, industrial e de compras).
Paulo Sergio Cadorin, diretor administrativo e financeiro da companhia, afirma que eles existem “por causa do estatuto da empresa” e para “assinar a papelada”. “Não temos culto ao chefe”, afirma. Abaixo da diretoria estão os ­coor­denadores, que são uma espécie de “elo entre a fábrica e o administrativo”. Na base da pirâmide “achatada” está o pessoal das equipes autogeridas — a maioria dos 600 funcionários —, com poder para decidir o dia a dia. Na fábrica, todos recebem o mesmo salário. Os diretores ganham mais.
Há uma empresa no Brasil que foi ainda mais longe nesse conceito. Em 2007, os sócios da Mercur, de Santa Cruz do Sul (RS), que produz de borrachas escolares a bolsas de água quente, questionaram se as atividades da companhia estavam realmente alinhadas a seus valores. Descobriram que não. Como na maioria das empresas no mundo todo, o diálogo era um; a prática, outra.
Com base nessa constatação, a Mercur iniciou uma série de mudanças que deveriam estar em linha com seu objetivo maior — ser uma empresa que respeita clientes e funcionários como “cidadãos planetários”. Entre outras medidas, pararam de vender produtos com personagens de desenhos famosos, que custavam até três vezes mais do que os comuns. “Não era certo manipular uma criança para comprar uma borracha mais cara que tinha a mesma função”, afirma Breno Strussmann, diretor-geral da Mercur.
As transformações não pararam por aí. Os seis diretores à época foram “convidados a se destituir dos cargos” e se juntar à massa de operários, contribuindo mais com perguntas e respostas do que dando ordens. “Quem somos nós para nos achar donos da razão, numa hierarquia top-down, e esperar que as coisas se cumpram?”, diz Strussmann.
Dos seis, apenas um executivo saiu por não se adaptar à nova realidade. Strussmann admite que algumas situações ainda exigem a palavra final do diretor-geral. “Mesmo assim, a decisão precisa ter passado por uma discussão, ser democrática”, afirma.
Todos juntos (e mais velozes)
Essa discussão pode até demorar. Mas, uma vez decidido o caminho a ser adotado, a empresa consegue que todos os funcionários remem no mesmo sentido. E isso permite que o trabalho flua mais rapidamente — algo que dez em cada dez empresários desejam. Afinal, empresas mais ágeis geram 30% mais lucro do que as companhias mais lentas, segundo um estudo do PMI.
Para Cadorin, da Irizar, não há dúvidas de que as empresas que adotam a autogestão como modelo são mais rápidas. “As pessoas são incentivadas a tomar decisões, e todos sabem que precisam produzir, porque o outro depende dele”, diz. A Volvo no Brasil conta com 140 equipes autogerenciáveis, cada qual com seis a 25 pessoas, totalizando 2.200 empregados nesse modelo, dos 5.000 que tem no país.
Hoje, a operação, apesar de ser a única a manter equipes autogeridas, é referência em qualidade dos produtos e redução de desperdício na multinacional. Com o intuito de trabalhar de forma mais colaborativa e ganhar velocidade na tomada de decisões, essas corporações acabam naturalmente enxugando a quantidade de níveis hierárquicos. “O propósito, porém, não é fazer downsizing”, afirma Luis Gonzalo, diretor-geral do Grupo Combustol & Metalpó, fabricante de fornos industriais.
Ao entrar na empresa há cerca de dois anos, Gonzalo queria quebrar os “silos departamentais” que, em sua visão, emperravam os negócios. Adotou, nas áreas entre a produção e a diretoria, um mix de hierarquia flat e equipe autogerenciada. Antes, dez engenheiros cuidavam dos produtos que lhes cabiam, e cada equipe de vendas atendia sua própria carteira de clientes.
A mesma regra valia para as equipes de compras, processos e qualidade. Gonzalo fez com que todos parassem de olhar para si e passassem a enxergar o cliente. Na nova estrutura, a empresa formou grupos compostos de engenheiros, vendedores, técnicos de qualidade e processos e compra de material para atender às necessidades de cada cliente.
Os 400 funcionários foram organizados em uma estrutura hierárquica enxuta: apenas o presidente, que responde por todas as empresas do grupo, o diretor-geral e quatro gerentes estão acima do nível de produção. Como resultado, a companhia leva três meses para desenvolver e entregar um produto ao cliente, dois a menos do que antes de adotar esse modelo. E todos os funcionários têm a mesma meta: trabalhar pela satisfação do cliente e pela rentabilidade do produto vendido.
A volúpia do poder
Na opinião de Jeffrey Pfeffer, professor de ambiente organizacional da Universidade Stanford, os empresários sabem que, para ganhar agilidade e melhorar o engajamento dos empregados, precisam descentralizar as decisões, ser menos autoritários, reduzir a hierarquia e distribuir os ganhos de forma justa.
“Mas não o fazem porque, primeiro, acham que isso custa tempo e dinheiro e o retorno não é garantido; e, segundo, porque gostam do poder”, diz.
A ânsia pelo poder é a base de quase todas as práticas de negócios e gestão de pessoas e é nela que reside a principal fraqueza do modelo baseado na autogestão e nas estruturas sem chefe. O ser humano acredita que o conceito de sucesso é subir degraus na escada corporativa, ter prestígio, influência e dinheiro.
E as companhias sempre se valeram dessa crença para que as pessoas — em troca de tudo isso — dessem o máximo de si. Num modelo em que, teoricamente, os degraus começam a diminuir, como oferecer a possibilidade e a sensação de crescimento? Como recompensar os melhores?
Na Irizar, onde o salário dos trabalhadores da fábrica é nivelado, quem se destaca é alocado em projetos específicos. Para alguns é oferecida a oportunidade de passar uma temporada de estudos na Austrália, onde há uma unidade da empresa, por exemplo. Mas, para efetivamente crescer na carreira, o funcionário precisa esperar que algum diretor saia — algo difícil de acontecer. “Não somos perfeitos. Quando veem a chance de ganhar mais, algumas pessoas acabam saindo”, afirma Cadorin.
A tarefa de reorganizar sua estrutura, portanto, vai muito além de derrubar caixinhas do organograma. É preciso derrubar os (pré)conceitos e os modelos a que estamos acostumados. E isso não é para todos.
“Você não tem como exigir que o mundo pense igual e partilhe do mesmo propósito. É uma proposta muito individual e depende dos estágios de consciência”, diz Strussmann. A conversão para o trabalho colaborativo — para o diretor-geral da Mercur — é muito dura. E, em alguns casos, pode nunca acontecer.
Extraído da Revista Exame Online, acesso em 23ago14

8 técnicas psicológicas para lidar com stress e ansiedade

01/08/2014 -  POR ANA FREITAS

 (Foto: flickr/ creative commons)
Muitos estudiosos consideram o stress e a ansiedade os males característicos do nosso século. São várias as características da vida moderna que, se não causam, despertam e não ajudam a domar os medos irracionais: a vida violenta das grandes cidades - em SP, por exemplo, cerca de 30% da população sofre com alguma perturbação mental -, as pressões profissionais e sociais que as redes sociais acirraram e o consumo excessivo de informação são alguns dos fatores que podem agravar ansiedade e stress.
Sintomas típicos de stress e ansiedade incluem taquicardia, cansaço frequente, insônia, falta de ar, irritabilidade. Se você já teve algum quadro clínico associado a alguma dessas coisas, sabe o quão difícil é se livrar delas. E embora a gente sempre sugira buscar um médico caso você perceba que anda nervoso demais e isso esteja afetando sua saúde, há várias técnicas aprovadas por psicólogos que podem te ajudar a lidar melhor com esse tipo de coisa:
1. Esteja presente
Você já deve ter lido outra de nossas listas de lifehacks e já deve ter se deparado com a sugestão "medite". Sem medo de parecer repetitivo, a gente vai nessa linha de novo: meditar é apenas uma das maneiras de estar presente. Praticar exercícios, fazer caminhadas ou mesmo ter um hobby que tome 100% da sua atenção - essas coisas focam você no momento e evitam que você pense no que poderia ter sido e não foi e nas possibilidades do futuro, coisas que costumam intensificar a ansiedade e o stress.
2. Entenda o poder da sua respiração
Ansiedade e stress geram respiração ofegante. E retomar o controle da sua respiração pode, no caminho inverso, acalmar sua mente. Respire fundo algumas vezes quando sentir que está nervoso e isso enviará ao seu cérebro a mensagem que você está calmo - já que quem está calmo respira devagar.
3. Cultive um olhar diferente em relação aos seus problemas
Você pode olhar pra uma situação estressante - uma reunião com um cliente - como uma situação estressante ou como uma oportunidade de impressionar alguém importante no seu network. É tudo uma questão de ponto de vista. Deixe a pressão te ajudar a fazer um trabalho melhor, em vez de trazer à tona suas inseguranças.
4. Aceite o que você não pode mudar
Com o perdão do clichê, clichês são clichês por uma razão: eles são verdade. Algumas coisas são o que são e lutar contra elas mentalmente, perguntando porque elas estão acontecendo com você, se culpando ou se martirizando só vão te deixar mais ansioso. Aceite que o problema é do jeito que é: deixe de pensar como poderia ter sido diferente caso as coisas... tivessem sido diferentes. Há coisas que você não pode controlar. Você não pode escolher o que seu chefe, seu marido ou sua sogra vão te falar, mas pode escolher como lidar com isso.
5. Ocupe a mente (mas não muito)
Mantenha-se ocupado o suficiente para não deixar o ciclo de pensamentos negativos seguir seu curso. Não adianta se estressar mais ainda, mas tente manter-se compenetrado em tarefas de alto nível de atenção e que não sejam muito chatas.
6. Exercite-se
Esse é outro clichê das nossas listas. É que se exercitar faz bem pra sua mente e pro seu corpo, e como não poderia deixar de ser, ajudar a diminuir os níveis de stress e ansiedade. Uma caminhada basta: depois de 21 minutos andando, você já sente alguns efeitos benéficos do exercício no seu organismo: mais calma, foco e disposição.
7. Durma bem
Publicamos um guia com dicas para dormir melhor. Dormir bem e suficiente pode ser a solução pra muitos problemas do seu dia a dia, e não é diferente com stress e ansiedade, que inclusive causam insônia. Então, minimizar distrações e luzes, fazer do seu quarto e da sua cama um santuário do sono e esvaziar a cabeça antes de dormir podem te ajudar.
8. Não seja vítima do perfeccionismo
Sucesso não é uma linha reta, embora pareça assim quando a gente olha pra quem é bem sucedido. Problemas acontecem na vida de todo mundo, as pessoas falham e precisam recomeçar e você não está imune a isso. Se cobrar por perfeição é absurdo porque não é justo com você - além disso, muita gente que é perfeccionista ao extremo só é cruel assim consigo mesmo, porque seria incapaz de cobrar tanto os amigos e os colegas de trabalho, por exemplo. Ou seja: porque você faz consigo o que não faria com os outros?
Não confunda perfeccionismo com um desejo por dar sempre o seu melhor . O perfeccionismo é uma cobrança cruel e irreal e leva à depressão, ansiedade, vícios e é paralisante - especialmente quando deixamos de fazer o que queremos por medo de que não seja perfeito.
Extraído da Revista Galileu Online, acesso em 23ago14

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Seis erros que comprometem seu Currículo

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Vacinar não protege apenas seu filho contra doenças, mas também aqueles que o cercam

No Brasil, cerca de 85% das crianças de até um ano tomaram as vacinas recomendadas
Em 1998, o médico Andrew Wakefield publicou um artigo no qual fazia relação da vacina tríplice viral com o autismo. O britânico foi desmascarado, teve a licença cassada e foi processado, porque essa tese é falsa. Não existe ligação entre receber a vacina e o autismo. A grande questão é que essa se tornou uma das causas que levam alguns pais a não quererem vacinar seus filhos. Muitos acreditam que imunizar a criança contra doenças como sarampo, por exemplo, é dispensável. Para eles, a chance de contaminação é tão baixa, que a vacinação se torna desnecessária
Em 1998, o médico Andrew Wakefield publicou um artigo no qual fazia relação da vacina tríplice viral com o autismo. O britânico foi desmascarado, teve a licença cassada e foi processado, porque essa tese é falsa. Não existe ligação entre receber a vacina e o autismo. A grande questão é que essa se tornou uma das causas que levam alguns pais a não quererem vacinar seus filhos. Muitos acreditam que imunizar a criança contra doenças como sarampo, por exemplo, é dispensável. Para eles, a chance de contaminação é tão baixa, que a vacinação se torna desnecessária
Foto: Getty Images
Outra razão é que muitos pais são adeptos de tratamentos como a homeopatia, sistema médico alternativo que acredita que as doenças são geradas pelo desequilíbrio das forças do organismo. Há alguns anos os médicos seguidores dessa vertente eram contrários à vacinação. Nos dias de hoje, a Sociedade Brasileira de Homeopatia orienta aqueles que são adeptos da terapia a prescrever aos pacientes as vacinas que estão no Programa Nacional de Imunizações do Governo.
Ao contrário do que muitos imaginam, a vacina não deixa a criança 100% imunizada. Há uma margem de erro que é suprida com base no número de pessoas inoculadas, quanto maior o número de imunizados, menor o número de contaminação pela doença. Desse modo, como em uma corrente, a vacinação não protege apenas a criança que foi vacinada, mas sim todas aquelas que convivem com ela. Se alguém deixa de fazê-lo, quebra esse elo e expõe qualquer um que tenha contato com seu pequeno ao risco de contrair o mal.
E os riscos? Ficar exposto à possibilidade de contrair uma doença é um perigo muito maior do que os possíveis efeitos colaterais existentes na vacinação. Febre e um incômodo no braço ou no bumbum da criança, quando a vacina for via injeção, são comuns. Em raríssimos casos, há efeitos graves. Caso perceba algum sintoma estranho em seu bebê, procure um médico.
Um fato curioso é que a recusa em imunizar os filhotes vem mais da classe alta. A aceitação dessa forma de prevenção é maior entre as camadas com menor poder aquisitivo. Optar por não inocular o pequeno é, portanto, uma decisão que afeta diretamente outras pessoas. Lembre-se que há crianças que não podem ser vacinadas por terem alergia a algum composto ou por sofrerem de doenças crônicas. Nesse caso, a proteção delas depende da imunização dos outros.
O Ministério da Saúde indica as seguintes vacinas no primeiro ano de vida do bebê: BCG e a primeira dose contra hepatite B no nascimento. Aos dois meses, são dadas as primeiras doses das vacinas pentavalente e pneumocócica, e também VIP e a VORH. Com três meses, a primeira dose da vacina meningocócica C. As segundas doses das vacinas pentavalente e pneumocócica, VIP e a VORH são dadas no quarto mês do bebê.

Aos cinco meses, seu filhote deve tomar a segunda dose da vacina meningocócica C. Ao completar meio ano de vida, são indicadas as terceiras doses das vacinas pentavalente, pneumocócica e VOP. No nono mês, contra febre amarela e ao completar um aninho, o reforço da vacina pneumocócica, a primeira dose da tríplice viral (SRC) e uma dose única contra a hepatite A.
No século passado, muitas crianças morreram por não contarem com vacina que pudesse prevenir contra doenças, como sarampo e poliomielite. Por isso, imunizar seu bebê é tão importante. Pense bem, mamãe! Quando o assunto é a saúde do seu filhote, todo cuidado é pouco, ou como diria o ditado, é melhor prevenir, do que remediar!

Extraído em 21/08/14 de R7 Online

Dormir pouco na adolescência pode levar à obesidade nos anos seguintes.

Conclusão de nova pesquisa aponta que risco de obesidade é 20% maior em jovens que dormem menos do que seis horas por noite

Adolescentes que dormem pouco podem ter saúde prejudicada por excesso de peso
Adolescentes que dormem pouco podem ter saúde prejudicada por excesso de peso (Thinkstock/VEJA)
Um adolescente de 16 anos que dorme menos de seis horas por noite tem um risco 20% maior de se tornar obeso aos 21 anos do que uma pessoa da mesma idade que dorme mais de oito horas. Essa é a principal conclusão de uma nova pesquisa feita na Universidade Columbia, nos Estados Unidos.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Sleep Duration and Obesity among Adolescents Transitioning to Adulthood: Do Results Differ by Sex?​

Onde foi divulgada: Journal of Pediatrics

Quem fez: Shakira Suglia, Seema Kara e Whitney R. Robinson

Instituição: Universidade Columbia, Estados Unidos

Resultado: Um adolescente de 16 anos que dorme menos do que seis horas por dia tem um risco 20% maior de se tornar obeso aos 21 anos do que um adolescente que dorme oito horas ou mais toda a noite.
Embora uma série de estudos já tenham associado problemas para dormir com um maior risco de obesidade, poucos conseguiram explicar de que forma essa relação ocorre e qual é o real impacto dos distúrbios do sono sobre a saúde. Segundo os autores da nova pesquisa, os resultados do trabalho são evidências consistentes de que poucas horas de sono podem levar ao aumento do índice de massa corporal (IMC) de uma pessoa.
Análise — O estudo analisou dados de aproximadamente 10.000 americanos de 16 a 21 anos que haviam participado de um levantamento nacional de saúde e que, por isso, foram acompanhados por seis anos. Os resultados estão publicados na edição deste mês do periódico Journal of Pediatrics.
Segundo a pesquisa, fatores como prática de atividade física e tempo gasto na frente televisão ao dia, por exemplo, também contribuíram com o risco de obesidade, mas não foram capazes de alterar os riscos elevados pela falta de sono. 
"Poucas horas de sono na adolescência podem levar à obesidade ao longo da vida. E, uma vez que o individuo se torna um adulto obeso, fica muito mais difícil para ele perder e manter o peso. Quanto mais tempo ele permanece obeso, maior o seu risco de problemas cardíacos, diabetes e câncer", diz Shakira Suglia, professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade Columbia e coordenadora do estudo.
"A mensagem para os pais é que eles garantam que os seus filhos durmam mais do que oito horas por dia. Uma boa noite de sono, mais do que manter a atenção deles durante as aulas na escola, ajudará a torná-los adultos saudáveis", afirma a pesquisadora.

Os prejuízos de dormir pouco

Diminui a capacidade de o corpo queimar calorias

De acordo com uma pesquisa apresentada no encontro anual da Sociedade para Estudo de Comportamento Digestivo (SSIB, sigla em inglês), em julho de 2012, na Suíça, a restrição do sono faz com que um indivíduo consuma mais calorias e, além disso, reduz a capacidade do corpo de queimá-las. Isso ocorre porque dormir pouco aumenta os níveis de grelina, o ‘hormônio da fome’, conhecido assim por induzir a vontade de comer, na corrente sanguínea. Além disso, o hábito promove um maior cansaço, reduzindo a prática de atividades físicas e aumentando o tempo de sedentarismo.

Eleva o risco de câncer de mama agressivo

Um estudo publicado em agosto de 2012 no periódico Breast Cancer Research and Treatment sugeriu que dormir menos do que seis horas por dia eleva o risco de mulheres na pós-menopausa terem um tipo agressivo de câncer de mama e uma maior probabilidade de recorrência da doença.

Aumenta as chances de um derrame cerebral

Dormir menos do que seis horas por dia aumenta o risco de um acidente vacular cerebral (AVC) mesmo em pessoas com peso normal e sem histórico de doenças cardiovasculares, segundo umestudo apresentado em junho de 2012 no encontro anual das Sociedades de Sono Associadas (APSS, na sigla em inglês), na cidade americana de Boston.

Aumenta o apetite por comidas gordurosas

Dormir pouco ativa de maneira diferente os centros de recompensa do cérebro com a exposição a alimentos gordurosos em comparação com dormir adequadamente. Isso faz com que esses alimentos pareçam mais salientes e que a pessoa se sinta mais recompensada ao comer esse tipo de alimento. Essas descobertas foram apresentadas em junho deste ano no encontro anual das Sociedades de Sono Associadas (APSS, na sigla em inglês), na cidade americana de Boston. Além disso, uma pesquisa publicada em janeiro deste ano indicou que noites de sono mal dormidas ativam com mais intensidade uma área do cérebro responsável pela sensação de apetite.

Pode desencadear sintomas do TDAH

Segundo um estudo apresentado em junho de 2011 durante encontro das sociedades médicas para o sono, nos Estados Unidos, menos horas de sono podem desencadear problemas com hiperatividade e desatenção durante o começo da infância. Esses são sintomas comuns do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Eleva o risco de impotência sexual

A 25ª Reunião Anual da FeSBE (Federação de Sociedades de Biologia Experimental), em agosto de 2010, trouxe uma pesquisa que relacionou a falta de sono e o problema sexual. De acordo com o trabalho, feito na Unifesp, além do maior risco de impotência, homens que dormem pouco têm maiores chances de desenvolver problemas cardiovasculares e de engordar.

Pode levar à obesidade

Um estudo apresentado em outrubro de 2011 no Encontro Anual do American College of Chest Physicians, mostrou que jovens que dormem menos de sete horas por dia têm índice de massa corporal (IMC) maior, e que isso pode estar relacionado diretamente com os hormônios grelina e leptina, que regulam as sensações de fome e saciedade.

Extraído em 21/08/14 da Revista Veja Online

Tolueno: presente em esmaltes e tintas, substância é neurotóxica.Share on facebook

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Leia o rótulo do esmalte antes de comprar e confira se há tolueno, e suas outras denominações, na fórmula - Foto: Patrícia Oliveira/Flickr
Leia o rótulo do esmalte antes de comprar e confira se há tolueno, e suas outras denominações, na fórmula - Foto: Patrícia Oliveira/Flickr
07/04/2014 -por Redação Ecycle
O tolueno, também conhecido como metilbenzeno (methybenzene, em inglês), é um hidrocarboneto aromático, inflamável, incolor, volátil, de odor característico e altamente danoso à saúde se ingerido ou inalado. Ele é comumente utilizado como solvente em colas e tintas, mas seu uso não se restringe apenas a esse fim.
A maior parte do tolueno lançada no meio ambiente é oriunda do uso da gasolina e do refinamento de petróleo.  Ele também participa da composição de produtos químicos orgânicos, como o uretano, poliuretano, benzeno, e na fabricação de polímeros e borracha.
O tolueno também está presente em colas, gasolina, tintas, removedores, agentes de limpeza, fumaça do cigarro e cosméticos (saiba como evitar essas substâncias nos cosméticos clicando aqui).
Riscos à saúde
O sistema respiratório é a principal via de exposição ao tolueno, pois ao ser inalado, ele é rapidamente conduzido aos pulmões e difundido para a corrente sanguínea.
Os riscos dependem da intensidade da exposição ao tolueno. Em menor grau, pode ocorrer irritação dos olhos e garganta. Em algumas pessoas, pode provocar processos alérgicos pelo contato com a pele ou pela inalação. Efeitos de intoxicação, como cefaleia, confusão e tonturas podem ocorrer se a exposição for longa.
Sabe-se ainda que o tolueno pode levar à dependência. Ele é um depressor do sistema nervoso central (SNC), e tem um processo semelhante ao que ocorre com a ingestão de álcool.
Com doses abusivas, pode-se observar sintomas mais graves, como náusea, anorexia, confusão, hilariedade, perda do autocontrole, perdas momentâneas de memória, nervosismo, fadiga muscular, insônia e até efeitos de intoxicação aguda, como alucinações, desorientação e, em doses abusivas, pode levar à narcose.
A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classifica o tolueno no grupo 3 - não carcinogênico, mas sabe-se que ele é neurotóxico.
Regulamentação
Apesar da maior exposição ao tolueno ser devido aos veículos automotores, também estamos expostos no ambiente doméstico. Como citado anteriormente, essa substância está presente em tintas, colas, tíneres, vernizes e até no esmalte de unha. Em muitos casos, o contato prolongado acaba levando a quadros de dermatite. Por esse motivo,  a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estipulou a concentração permitida dessa substância em 25% nesses produtos.

Atualmente, muitas empresas estão tirando o tolueno da composição de seus produtos, mas vale a pena dar uma conferida antes de comprar e verificar se o mesmo não contém tolueno. Lembre-se que ele pode estar representado como metilbenzeno ou ainda com seu nome em inglês, mencionado anteriormente.

Extraído  em 21/08/14 da Revista Ecológico Online

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