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sábado, 10 de setembro de 2011

BRs erguidas durante construção da capital foram fundamentais para o país.

Conceição Freitas



A rodovia que ligou o Cerrado à Amazônia  segue em extensa linha reta. As curvas são 
raras e majestosas (Mário Fontenelle/Arquivo Público)
A rodovia que ligou o Cerrado à Amazônia segue em extensa linha reta. As curvas são raras e majestosas

A construção da capital foi a mais vistosa das conquistas brasileiras nos anos 1950, mas não nasceu sozinha. A concentração de máquinas, operários, arquitetos, engenheiros, artistas, a visita constante de políticos, jornalistas e celebridades estrangeiras reduziu o brilho de outra aventura épica que se desenvolvia ao largo do sinal da cruz, mas que fazia parte do conjunto da obra de interiorização do território continental brasileiro: a construção de uma estrada que ligaria, pela primeira vez, o extremo norte ao restante do país, Belém do Pará a Brasília, a Amazônia ao cerrado, o caboclo ao sertanejo, a borda ao coração do Brasil.

Belém-Brasília e Bernardo Sayão são quase sinônimos num dicionário de feitos épicos da história recente do país. A rodovia ganhou o nome do engenheiro, um ano depois de sua morte num clarão aberto para dar passagem à estrada. A linha que parte de Anápolis, sobe Goiás, avança pelo Tocantins (que à época não existia), invade o Maranhão e desemboca no Pará estava traçada no peito do engenheiro desde que, na década de 1940, ele liderou a Marcha pelo Oeste, empreendimento de Getúlio Vargas para ocupar o interior do território brasileiro.

Caboclos mostram a espécie de cipó que armazena água. Sayão (no centro da foto) aterrissa no meio da selva   (Mário Fontenelle/Arquivo Público)
Caboclos mostram a espécie de cipó que armazena água. Sayão (no centro da foto) aterrissa no meio da selva

Mais de uma década antes da eleição de Juscelino Kubitschek e de sua decisão de construir e mudar a capital, Bernardo Sayão já havia aberto uma estrada entre Ceres e Anápolis, 142km pioneiros, desbravados em 1944. Doze anos mais tarde, vice-governador eleito de Goiás, o engenheiro continuava tentando ligar os pontos da extensa linha reta que aproximaria Brasília de Belém, o Norte do restante do país. Brasília ainda era vaga promessa de Juscelino, a Companhia Urbanizadora de Brasília (Novacap) ainda nem havia sido criada, e Bernardo Sayão já estava em Belém do Pará projetando um fio de estrada sobre os mistérios da floresta e a claridade do cerrado.

Em carta a um amigo, Mário Braga, datada de 26 de abril de 1956, ele relata: “Cá estou pela primeira vez, saboreando por antecipação, o que será um futuro difícil de prever, a ligação Goiás-Belém. Este porto, que é o maior do sententrião brasileiro, é impressionante pela situação em que se encontra. Cercado de água em abundância ou mata densa, como dizem os aviadores da selva bruta. A selva é tão fechada e alta, que ninguém sabe o que está sob a mesma; e, se cair um avião, por maior que seja, ela abre o o seio, recebe-o e torna-se a fechar, para a curiosidade mundana.”

Ao escrever suas memórias sobre os feitos do período, Juscelino invoca para si a ideia de abrir a Belém-Brasília. Não se pode dizer que ele não tenha imaginado a ligação entre os dois pontos, mas se esqueceu de dizer que Sayão também cultivava o mesmo projeto e já o tinha executado, num pequeno trecho, nos anos 1940.

Escreve JK em Por que construí Brasília: “Lançadas as bases de Brasília, era tempo de estender o olhar pelo mapa e visualizar, mais uma vez, a presença do grande cruzeiro de estradas, que faria a integração nacional. Era a velha obsessão que me perseguia. A ligação do Brasil por dentro! Quando sobrevoava a Amazônia, figurava na mente a linha reta que vincularia Brasília a Belém. Seria uma linha, rasgada na floresta e estendida sobre rios caudalosos, que levaria a civilização a regiões só palmilhadas por índios. Havia chegado a hora de transformar a obsessão em realidade. Ia surgir a Belém-Brasília”, escreveu à página 97.

A rigor, o risco imaginário ligando distantes Brasis havia sido esboçado no Plano Geral de Viação Nacional, elaborado pelo primeiro governo de Getúlio Vargas, antes do Estado Novo. Era a Rodovia Transbrasiliana, destinada a conduzir Belém do Pará a Livramento, no Rio Grande do Sul, cortando assim os estados do Pará, do Maranhão, de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Quase 6 mil km de estrada, de uma ponta à outra do país. Mas embrenhar-se na Amazônia continuava sendo um vago projeto contido nas intenções.

Se Juscelino não foi o primeiro e único a idealizar a Belém-Brasília, como fica sugerido em suas memórias, é certo que ele deu a Sayão as ferramentas para a empreitada. Em 19 de maio de 1958, criou a Comissão Executiva da Rodovia Belém-Brasília, a Rodobras, empresa responsável pela construção dos 2,2 mil km de estrada, dos quais 550 eram de selva até então impenetrável. Para vencer a imponência selvagem e emaranhada da Amazônia foi necessária uma frente de mateiros e topógrafos que a imprensa designou à época de “suicidas”, dados os riscos que aqueles homens corriam diante das muralhas verdes que escondiam feras, índios e doenças.

Como relatou o repórter Alberto Homsi, de O Globo, em setembro de 1958: “O que esse punhado de brasileiros está fazendo é difícil de descrever. Estão, à custa de imensos sacrifícios, descobrindo o Brasil para os brasileiros. Ali existe de tudo, inclusive batalhões “suicidas”, constituídos por aqueles que, como os topógrafos, avançam em picadas vinte ou mais quilômetros dentro da mata e ali passam meses sem ver a luz do sol, aguardando os suprimentos e as mensagens que lhes cheguem de paraquedas”. Boa parte dos desmateiros eram garotos nordestinos, de 18 a 20 anos.

3,4 mil homens
Dez meses antes, em 7 de novembro de 1957, Juscelino havia sobrevoado o traçado da rodovia, vindo de Belém em direção ao Rio de Janeiro. Estavam com ele Bernardo Sayão e o superintendente do Plano de Valorização Econômica da Amazônia, Waldir Bouhid. A essa altura, a ponta norte da estrada já estava aberta e asfaltada em 40km, entre Belém e Guamá e, na ponta sul, já tinham sido cortados e encascalhados 700km a partir de Anápolis em direção ao norte.

A obra consumiu a força de 3,4 mil homens, em três frentes de trabalho (com bases em Belém, Imperatriz -MA e Anápolis), mais de 1,5 mil máquinas, entre caminhões, tratores, aplainadeiras e solidificadoras e onze construtoras. Duas frentes de trabalho, a de Imperatriz e a de Anápolis, partiram uma em direção à outra, e o encontro das duas passou a ser esperado com a ansiedade de quem aguarda o primeiro pouso na Lua.

Para a turma que saía do Centro-Oeste, era moleza. Para a que saía do Norte, a partir de Imperatriz- MA, era uma tarefa incomparavelmente mais árdua do que a de construir palácios no cerrado. “Essa é a frente de trabalho mais rude e difícil que se possa imaginar. É toda a agressividade da selva da Amazônia jamais penetrada pelo civilizado que está sendo vencida pelo esforço patriótico dos técnicos e trabalhadores brasileiros”, escreveu Vaitsman.

Se não foi fácil enfrentar a floresta, não menos difícil foi conseguir juntar as duas pontas da estrada. Houve um desvio de quilômetros, conforme relata a revista virtual O Empreiteiro (www.oempreiteiro.com.br). Foi preciso demorada revisão de trajeto, a partir de levantamentos aéreos, para finalmente se conseguir a ligação. É este, aliás, o nome de uma vila onde se deu o encontro das duas frentes, Ligação, no município de Dom Eliseu, no sul do Pará.

Se para os do Sul e do Sudeste, a Belém-Brasília era uma “estrada das onças”, destinada a cortar territórios inabitados, para os do Norte era a primeira ponte entre os insulados e o restante do país. A Belém-Brasília mudou o lugar de moradia dos nortistas — da rarefeita demografia ribeirinha à intensa, conflituosa, ecologicamente incorreta e urbanamente eufórica civilização à beira do asfalto. Dezenas de cidades foram surgindo a partir da rodovia. Ao todo, segundo estimativa da extinta Rodobrás, a influência da estrada se estendeu por 4,8 milhões de km².

Três meses antes da inauguração de Brasília, a Caravana da Integração Nacional percorreu toda a estrada. Cinquenta e seis carros, de fabricação brasileira, (da Willys, da Vemag, da Volkswagen, da Chevrolet e da Mercedes Benz) chegaram à nova capital. Enfrentaram vias pavimentadas, trechos quase intransitáveis, dormiram em barracas, atravessaram rios em balsas e, dez dias depois, chegaram a Brasília.

A estrada existia. Num clarão no meio da selva, em 15 de janeiro de 1959, 16 dias antes do encontro das duas frentes de trabalho, havia tombado o engenheiro Bernardo Sayão, que hoje dá nome à rodovia. A estrada e o homem encadeados na história.

LEITURAS
» Dez dias na Belém-Brasília, Afranio Melo, Cadernos Belém-Brasília, Rio de Janeiro, 1960
» Diário de Brasília, Serviço de Divulgação da Presidência da República, 1960
» Meu pai, Bernardo Sayão, Léa Sayão, Edição do Autor, 1994
» Por que construí Brasília, Juscelino Kubitschek, coleção Brasil 500 anos, Senado Federal, Brasília, 2000
» Revista O empreiteiro (www.revistaoempreiteiro.com.br)
» Revista Quatro Rodas, número 61, agosto de 1965
» Rodovia Belém-Brasília, a rodovia da unidade nacional, e suas implicações de ordem técnica, econômica e política, Comissão Executiva da Rodovia Belém-Brasília, 1960
» Rodovia da Unidade Nacional: o processo de urbanização no entorno da Rodovia Belém-Brasília, Rafael Araújo Pacheco, trabalho final de graduação em geografia na Universidade Federal de Uberlândia, 2009

LEIA EM 24 DE setembro DE 2011
A terraplanagem da Esplanada está quase concluída. Chega à cumeeira o primeiro bloco de apartamentos. Os institutos de pensão disputam quem vai inaugurar o primeiro edifício residencial da Asa Sul. As superquadras começam a tomar a forma idealizada por Lucio Costa. 
 
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/09/10/interna_cidadesdf,269233/brs-erguidas-durante-construcao-da-capital-foram-fundamentais-para-o-pais.shtml

Ferramentas científicas para amadores na internet (parte 1).

Por Wanise Martinez, do estadão.com.br
Quem disse que não dá para você se tornar um cientista enquanto navega na web? Conheça alguns aplicativos e programas que são instrutivos, divertidos e ainda podem te render um nobel – pelo menos entre os geeks. Hoje, as primeiras cinco formas mais interessantes de se tornar um cientista-cidadão:

Quer encontrar a ‘partícula divina’?
O Centro Europeu para Pesquisas Nucleares (CERN), guardião do Grande Colisor de Hádrons – LHC, o acelerador de partículas mais poderoso do planeta, pede ajuda do público para provar a existência do bóson de Higgs, também conhecido como ‘partícula divina’. Amadores e curiosos podem instalar o software LHC@home e auxiliar na busca pela lendária Higgs. Juntos, os computadores domésticos voluntários criam uma simulação de colisões de partículas LHC segundo modelos teóricos do CERN. A melhor parte é que os resultados obtidos são avaliados e comparados com experiências reais dos cientistas. Vale tentar!
Entre na busca por novos planetas
O game ‘Planet Hunters’ procura por ‘cientistas-cidadãos’, ou seja, interessados em jogar online e também descobrir exoplanetas. Quanto maior o número de pessoas jogando, mais informação vai sendo capturada pela sonda Kepler, da Nasa, que foi lançada em 2009 para detectar novos planetas que orbitem outras estrelas. Tudo o que surge entre os dados vai sendo classificado e enviado para a Universidade de Yale, que controla a caçada espacial. Os erros são corrigidos conforme as classificações se sobrepõem. Parece brincadeira? Os pesquisadores dizem que não e explicam que, caso seja encontrado um novo planeta na Via-Láctea, o crédito será do cientista-cidadão que o encontrou.

Seja um cientista online
Há um jogo gratuito e bem inteligente que foi desenvolvido para incentivar os jovens a se interessarem pela ciência e a seguirem carreiras na área. Na atividade, os jogadores encontram um ambiente virtual de pesquisa e assumem papel de cientistas que devem enfrentar situações que se assemelham com a realidade dentro de um laboratório. Além de inspirar o interesse científico, o jogo também tem como objetivo mostrar a importância da colaboração e da comunicação. O bacana é que todos têm acesso a uma plataforma de conhecimento vasta, com dados de pesquisas e informações sobre grandes nomes da ciência.
Explore o espaço do seu computador
A Nasa está disponibilizando um aplicativo em 3D para quem quer sentir que está participando de uma missão espacial. Com ‘Eyes on the Solar System’, o internauta pode chegar perto de um asteróide e passear na aeronave Voyager 2, tudo online, além de conseguir ver o sistema solar se movimentando em tempo real. É possível também viajar através do tempo, escolhendo entre passado e futuro. O objetivo da Agência Espacial Americana é incentivar o público, tanto o conhecedor do assunto como o leigo, a descobrir mais sobre o espaço. Parece interessante.
Teste seus conhecimentos em papirologia
O projeto Ancient Lives, da Universidade de Oxford, em parceria com a Sociedade de Exploração do Egito, pede ajuda dos internautas para tentar traduzir o Papiro Oxirrinco. O conjunto de fragmentos que formam o documento encontrado entre 1897 e 1907 está disponível online e até que não fala grego pode auxiliar no projeto. Os interessados devem identificar os caracteres no papiro e digitar no teclado virtual. O texto formado é enviado para avaliação dos cientistas da universidade. Pode ser numa missão dessas, conseguimos descobrir que falar grego não é assim tão complexo.
 

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/radar-cientifico/2011/09/08/ferramentas-cientificas-para-amadores-na-internet-parte-1/

Ferramentas científicas para amadores na internet (parte 2).

Por Wanise Martinez, do estadão.com.br
Acompanhe a segunda parte da nossa listagem ‘cientista-cidadão’ e descubra mais projetos e aplicativos disponíveis para quem pensa na carreira de estudioso honorário, mas nem por isso menos dedicado.

Aproveite o mundo da Lua
Que tal dar um passeio virtual pela superfície da Lua e ainda descobrir um detalhe novo? Esse é o objetivo do Moon Zoo, uma comunidade online de pessoas interessadas em descobrir mais sobre a superfície do satélite natural da Terra.  A tarefa é simples: analisar imagens enviadas pela sonda LRO (Lunar Reconaissance Orbiter) e responder perguntas sobre o que você está vendo. Segundo o tutorial do programa, nós, seres humanos, somos melhores nesse tipo de análise detalhada do que um computador. Teste seu olhar!
Na caçada por alienígenas
Quem sonha em fazer contato com seres de outro mundo vai se interessar pelo SETI, um experimento científico mantido pela Universidade de Berkeley que une pessoas, e seus computadores, na busca por inteligência extraterrestre. É só baixar um programa, o SETI@home, que você já oferece ajuda. Ou melhor, seu PC dá uma força na procura por sinais de rádio emitidos do espaço – talvez por vida inteligente. Bem estruturado, o SETI consegue analisar os dados digitalmente e separar as ondas já conhecidas na Terra.

Jogue e ajude a encontrar curas para doenças
Nesse game, o ‘cientista-cidadão’ exercita sua capacidade de raciocínio e ainda contribui com pesquisas científicas sobre as proteínas e suas propriedades curativas. Composto de puzzles (quebra-cabeças) tridimensionais, o jogo faz o participante trabalhar com moléculas de cadeias proteicas. A meta é solucionar problemas que impliquem em descobertas para o tratamento real das enfermidades. Além de mostrar como as proteínas são eficazes em manter nosso corpo saudável, o Fold it também tem gráficos muito bem bolados. Vale o teste!
Monte sua própria Nasa
O Kerbal Space é um game simples e divertido que oferece ao jogador a oportunidade de criar um programa espacial exclusivo. É possível construir o próprio foguete, escolhendo as peças e estruturando-as da maneira que quiser. Mas é preciso prestar atenção na hora da montagem, pois cada parte tem função importante. O jogo tem uma estrutura de simulação baseada na física, portanto uma coisa fora do lugar pode estragar o tão sonhado lançamento.
Que tal virar um garoto(a) do tempo?
O objetivo do Old Weather é o seguinte: ajudar cientistas a desvendar dados de temperatura feitos pelos navios da Marinha durante a Segunda Guerra Mundial. Parece pesquisa maçante? Talvez não se você pensar que vai realmente contribuir com a História. Os especialistas envolvidos usarão as transcrições realizadas pelos participantes para aprimorar os modelos meteorológicos existentes. Sem conta que eles também irão traçar as rotas marinhas da época, resgatando histórias das pessoas que estiveram presentes.

Descubra mais sobre o universo
Quem gosta de ir além, pode experimentar o Galaxy Zoo e auxiliar astrônomos na exploração das centenas de galáxias fotografadas pelo Telescópio Espacial Hubble. A tarefa dos amantes do espaço é analisar galáxia por galáxia e classificá-las de acordo com seu formato. É difícil não se deixar fascinar pela beleza e a qualidade das fotografias, super detalhadas.

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/radar-cientifico/2011/09/09/ferramentas-cientificas-para-amadores-na-internet-parte-2/

Ferramentas científicas para amadores na internet (parte 3).

Por Wanise Martinez, do estadão.com.br
Para finalizar nossa busca por conhecimento e diversão na web, apresentamos as últimas indicações de aplicativos, projetos e programas que incentivam os chamados ‘cientistas-cidadãos’. Agradecemos aos internautas que mandaram sugestões e esperamos ter conseguido inspirar, mais um pouco, os amantes da Ciência e da tecnologia.

Fique de olho no Sol
Outro opção de ferramenta online para quem gosta de astronomia é o Solar Storm Watch, um projeto voltado para a ciência solar. Isso quer dizer que você pode auxiliar cientistas a localizarem diferentes explosões solares. A meta é conseguir rastrear esses eventos através do espaço até a Terra, para que sejam estudados e possam ajudar a criar novas estratégias de defesa contra radiação – um grande perigo enfrentado pelos astronautas nos programas espaciais. Vale pelo desafio e pela interatividade, já que você pode compartilhar as descobertas nas redes sociais com todos os seus amigos.
Nos confins do gelado universo
Não é somos órfãos de Plutão que não podemos achar outros objetos gelados no universo, não é mesmo? Esse é o lema do Ice Hunters, um programa da Nasa que busca por corpos de gelo desconhecidos em nossa galáxia. Quem se dispuser a ser um caçador vai ajudar os cientistas a analisar imagens telescópicas da misteriosa zona conhecida como Kuiper Belt (ou Cinturão de Kuiper), que fica além de Netuno e próxima de Plutão. Nessa região espacial, estão localizados milhares de cometas e objetos que datam da formação do nosso Sistema Solar.

É hora de brincar de médico!
Esse projeto disponibiliza uma série de jogos online relacionados à saúde e tecnologia. Dá para transplantar células-tronco, operar um joelho ou um coração e também aprender a desenvolver um telefone celular. O bacana é que as simulações são sempre orientadas e há também muita informação sobre as carreiras. Quem se interessa pelo assunto vai gostar e aprender bastante. E quem quiser também pode ajudar a Edheads, já que ela funciona como organização sem fins lucrativos, apoiada por médicos e instituições de saúde.
Faça parte da missão Juno
Quem tal participar de uma missão espacial em Júpiter? A Nasa está convidando interessados em descobrir mais sobre o planeta. Funciona assim: a sonda espacial Juno, que deixou a Terra em 5 de agosto, irá enviar fotos coloridas detalhadas sobre a superfície de Júpiter usando uma câmera especial, a JunoCam. Enquanto o equipamento realiza um trabalho nos céus, você faz outro aqui da Terra, ajudando a agência espacial a decidir que imagens devem ser escolhidas e em que momento. Vale ressaltar que a jornada inédita vai permitir aos cientistas uma visão privilegiada de Júpiter. Ou seja, qualquer característica percebida sobre o maior de nossos vizinhos já é bem importante. Saiba mais sobre a missão Juno.

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/radar-cientifico/2011/09/10/ferramentas-cientificas-para-amadores-na-internet-parte-3/

Estudo identifica mecanismo que transforma gordura ruim em boa.

Descoberta poderá auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias para tratar a obesidade.

Agência FAPESP
Um grupo de cientistas norte-americanos identificou um mecanismo biológico que transforma gordura branca em gordura marrom. A novidade foi publicada na edição de setembro da revista Cell Metabolism e poderá auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias para tratar a obesidade.
A gordura branca que acumulamos no corpo está associada à obesidade e falta de exercícios - Sebastião Moreira/AE
Sebastião Moreira/AE
A gordura branca que acumulamos no corpo está associada à obesidade e falta de exercícios

O homem tem dois tipos de tecido adiposo: o marrom, ligado à regulação da temperatura e abundante em recém-nascidos; e o branco, cuja função é acumular energia no corpo e está mais presente em adultos. A gordura branca está associada à obesidade e falta de exercícios. É a gordura indesejada que muitos querem se livrar do excesso.
O novo estudo, feito em modelo animal por cientistas do Centro Médico da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, demonstrou que a transformação da gordura ruim em boa é possível devido à ativação de uma enervação e de um caminho bioquímico que começa no hipotálamo (área cerebral envolvida no balanço energético) e que termina nas células adiposas brancas.

A transformação das gorduras foi observada quando os animais foram colocados em um ambiente mais rico, com maior variedade de características e desafios físicos e sociais.

Camundongos foram inseridos em recipientes contendo rodas de girar, túneis, cabanas, brinquedos e diversos outros elementos, somados a alimento e água em quantidades abundantes. Um grupo controle também foi exposto a água e alimento sem limites, mas em ambiente sem dispositivos para que pudessem se exercitar.

Segundo os cientistas, a maior transformação de gordura branca e marrom foi associada a um ambiente fisicamente estimulante, mais do que à quantidade de alimentos ingerida.

"Os resultados do estudo sugerem o potencial de induzir a transformação de gordura branca em gordura marrom por meio da modificação do nosso estilo de vida ou pela ativação farmacológica desse caminho bioquímico", disse Matthew During, professor de neurociência e um dos autores do estudo.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,estudo-identifica-mecanismo-que-transforma-gordura-ruim-em-boa,770027,0.htm

Brasil tem 42,7 mil crianças e adolescentes de até 14 anos casados.

Uniões são informais, já que prática é proibida pelo Código Penal; a maior parte dos casos está em locais com baixa renda per capita.

Rodrigo Burgarelli, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Uma prática ilegal, mais relacionada a áreas rurais ou países distantes, persiste hoje até nos principais centros urbanos brasileiros. Um recorte inédito feito pelo Estado nos dados do Censo Demográfico de 2010 mostra que existem ao menos 42.785 crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos casados no Brasil. O número refere-se a uniões informais, já que os recenseadores não checam documentos.
Essas situações se concentram em grupos de baixa renda e alta vulnerabilidade - Paulo Liebert/ AE
Paulo Liebert/ AE

Essas situações se concentram em grupos de baixa renda e alta vulnerabilidade, principalmente nos rincões do País ou na periferia de grandes centros urbanos. O caso de P., uma jovem de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, é um exemplo do último. Ela se mudou para a casa do parceiro quanto tinha 11 anos. Seu namorado, na época, tinha 27.
"Eu disse para ele que já tinha 14 e começamos a namorar. Meu pai foi contra porque me achava muito nova, e brigamos feio. Depois da discussão, fugi de casa e fui morar com ele", conta.
Lá, ela tinha mais liberdade e espaço. Na casa dos pais, eram sete crianças, entre filhos e primos que moravam juntos. Na do marido, uma casa modesta às margens da Represa Billings, eram só os dois. Nos anos seguintes, teve dois filhos e ficou um ano sem ir à escola. Aos 15, teve um sonho de que o pai iria morrer e ligou para fazer as pazes. "Foi a melhor coisa que fiz. Ele morreu um ano depois."
Hoje, aos 18 anos, ela ainda está com o marido - um agricultor de 34 - e é uma mãe cuidadosa, que não larga dos filhos, mas sente falta de uma infância que deixou de existir. "Deixei de fazer muita coisa que adorava, tipo jogar bola. Tem oito anos que não piso em uma quadra. Se você me perguntar se é fácil, não, não é."
Legalidade. Assim como o caso de P., a maior parte dos casamentos de crianças registrados no Censo são informais, já que o Código Civil autoriza uniões apenas entre maiores de 16 anos - abaixo dessa idade, só podem se casar com autorização judicial. O Código Penal, por outro lado, proíbe qualquer tipo de união com menores de 14 anos.
"Isso constitui um crime chamado ‘estupro de vulnerável’, previsto no Código Penal e sujeito a detenção de oito a 15 anos", diz Helen Sanches, presidente da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP).
Segundo ela, o crime se refere diretamente às relações sexuais mantidas com crianças e adolescentes, algo implícito quando se fala em casamento. Helen conta que é cada vez mais comum encontrar famílias nos fóruns pedindo autorização para casar uma filha adolescente ou mesmo passar a guarda dela para o seu parceiro, sem saber da proibição legal. "Quando isso acontece e a menina tem menos de 14 anos, o promotor, além de não acatar o pedido, pode denunciar o rapaz por estupro de vulnerável, mesmo que a relação seja consentida ou que os pais concordem com ela", explica.
Entretanto, são poucos os casos que chegam ao conhecimento do poder público. Além de critérios sociais e econômicos, fatores culturais também dificultam o combate a esse tipo de situação. Isso fica claro ao se observar os Estados que lideram o ranking de casamentos com menores de 14 anos: ou são locais de baixa renda per capita, como Alagoas ou Maranhão, ou têm grande concentração indígena, como Acre e Roraima. Na outra ponta estão as regiões mais ricas e urbanizadas, como Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,brasil-tem-427-mil-criancas-e-adolescentes-de-ate-14-anos-casados,770852,0.htm

Veja pacotão de dicas para facilitar sua vida no computador.

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EMERSON KIMURA
RAFAEL CAPANEMA
DE SÃO PAULO
Cerca de 90% dos usuários de internet nos EUA não conhecem o atalho Ctrl+F, para achar palavras em um documento, segundo o pesquisador do Google Dan Russell.
Em conversa com o jornalista Alexis Madrigal, do "Atlantic", Russell disse que, em estudos de campo, já passou horas vendo pessoas em suas casas lendo um documento grande por inteiro, "tentando achar o resultado que estão procurando".
"No fim eu lhes digo 'deixe-me mostrar um truquezinho aqui', e muito frequentemente as pessoas dizem 'não acredito que desperdicei tanto tempo da minha vida!'."
Veja abaixo uma seleção de dicas tão úteis quanto o Ctrl+F (Command+F no Mac e Ctrl+L na versão brasileira dos aplicativos do Microsoft Office).

Editoria de Arte/Folhapress





Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/tec/972805-veja-pacotao-de-dicas-para-facilitar-sua-vida-no-computador.shtml

Emissões de carbono do Google superam às de Laos, diz jornal.

"Guardian" afirma que país asiático tem menor emissão do que o Google.
Empresa lança relatório em que relata suas iniciativas sustentáveis.

Do G1, em São Paulo

As emissões de carbono do Google, anunciadas pela empresa nesta quinta-feira (8), superam ligeiramente às do país asiático Laos, segundo levantamento do "Guardian".
Em um site oficial, o Google anunciou que gerou um total de 1,46 milhões de toneladas de dióxido de carbono no ano de 2010. "Sem as medidas de eficiência que implantamos nos nossos datacenters, isso seria maior", informou a empresa.
De acordo com o Google, seus datacenters consomem metade da energia que a maioria do mercado. "O Google usa muito pouco da energia de todo o mundo, cerca de 0,01%", diz o site.
Para compensar seus gastos e emissões, a companhia afirma que toma iniciativas como a compra e a geração de energias renováveis.
Site do Google que centraliza informações sobre iniciativas sustentáveis (Foto: Reprodução) 
Site do Google que centraliza informações sobre iniciativas sustentáveis (Foto: Reprodução)
A empresa também revelou quanto custa para manter os serviços que fornece aos usuários. Para fornecer produtos como o Gmail e o Google Docs por um mês ao usuário, os servidores do Google usam menos energia do que seria gasto deixando uma lâmpada de 60W ligada por três horas.
De acordo com o Google, o usuário pode reduzir seu impacto ambiental usando alguns serviços da empresa, como o SketchUp, que pode ser usado para planejar e desenhar prédios mais sustentáveis.

Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/09/emissoes-de-carbono-do-google-superam-de-laos-diz-jornal.html

Brasil é 35º em lista de atendimento médico infantil.

Ranking com 161 países foi compilado pela ONG internacional Save the Children.

Da BBC

Três dos quatro últimos países da lista são africanos (Foto: Getty Images / BBC) 
Três dos quatro últimos países da lista são
africanos (Foto: Getty Images / BBC)
O Brasil ocupa a 35ª posição em um ranking de atendimento médico infantil compilado pela ONG internacional Save the Children em 161 países.
É a primeira vez que a organização lista os países em que crianças doentes recebem o melhor tratamento, com Suíça, Finlândia, Irlanda e Noruega no topo do ranking e Etiópia, Laos, Chade e Somália nos últimos lugares.
O índice levou em conta a proporção de funcionários do setor de saúde em relação à população, seu alcance e impacto, além do número de crianças vacinadas e de mães que têm acesso a cuidados emergenciais durante o parto.
Na América Latina, o Brasil ficou atrás apenas de Cuba (8º) e Uruguai (31º), mas bem à frente de países como México (65º), Argentina (77º) e Chile (80º).
Sobrevivência
Segundo a análise dos dados, as crianças que vivem nos países que ocupam as últimas 20 posições na lista têm cinco vezes mais chance de morrer que aquelas que vivem em países no alto do ranking.
"A sobrevivência de uma criança depende de onde ela nasce no mundo. Nenhuma mãe deveria ter de ver seu filho ficar doente e morrer sem poder fazer nada, simplesmente porque não há ninguém treinado para ajudar", disse Ben Phillips, da Save the Children.
Segundo a ONG, em todo o mundo seriam necessários mais 3,5 milhões de médicos, enfermeiros e parteiras.
"Líderes mundiais têm de lidar com a escassez de trabalhadores do setor de saúde e perceber que a falta de investimento nisso vai custar vidas. Mesmo os países mais pobres da África podem fazer um progresso real se cumprirem a promessa de investir 15% de seus orçamentos em saúde".

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/09/brasil-e-35o-em-lista-de-atendimento-medico-infantil.html

sábado, 3 de setembro de 2011

Dilma muda limite de unidades de conservação para abrigar hidrelétricas.

Medida Provisória altera demarcação de três parques nacionais na Amazônia e libera exploração mineral no entorno de dois deles; com a mudança, empreiteiras poderão instalar canteiros de obras das usinas de Tabajara, Santo Antônio e Jirau.


Marta Salomon / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Três parques nacionais na Amazônia - do tipo de unidade de conservação (UC) mais protegido no País - tiveram seus limites alterados para abrigar lagos e canteiros de obras das usinas hidrelétricas de Tabajara, Santo Antônio e Jirau, em Rondônia. Medida provisória editada pela presidente Dilma Rousseff e publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União também autoriza a exploração mineral no entorno de dois dos parques.
Disputa. Moradores da reserva extrativista Terra Grande Pracaúba, na Ilha de Marajó, teriam sido ameaçados por grileiros - Wilson Pedrosa/AE–9/8/2011
Wilson Pedrosa/AE–9/8/2011
Disputa. Moradores da reserva extrativista Terra Grande Pracaúba, na Ilha de Marajó, teriam sido ameaçados por grileiros
Foram alterados os limites dos Parques Nacionais da Amazônia, Campos Amazônicos e Mapinguari. Duas outras unidades deverão ter os limites alterados em breve para o licenciamento ambiental de quatro hidrelétricas do complexo do Rio Tapajós, que ficarão entre as maiores das novas usinas da Amazônia, ao lado de Belo Monte, Santo Antônio e Jirau.
Os empreendimentos localizados nas unidades de conservação já alteradas eram defendidos pelo Ministério de Minas e Energia, até mesmo a mineração de ouro na área de 10 quilômetros no entorno do Parque Nacional Mapinguari, o maior dos três parques a ter o limite alterado, com 17,5 mil quilômetros quadrados, o equivalente a mais de 11 vezes a área da cidade de São Paulo.
Outro motivo para a alteração dos limites dos parques foi a regularização fundiária de ocupações de terras públicas até o limite de 1,5 mil hectares, além do conflito com áreas de assentamentos para a reforma agrária na região. A floresta remanescente nessas regiões só poderá ser explorada por meio de planos de manejo previamente autorizados.
O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello, diz que a alteração do limite dos parques nacionais não impõe perdas à proteção da floresta. "Essas mudanças refletem bem a perspectiva de negociação que procuramos. Nossa postura não é travar, é negociar. Garantimos a conservação e permitimos que os empreendimentos sigam adiante", afirmou. "Fazemos o jogo do ganha-ganha", insistiu.
A Hidrelétrica de Tabajara, no município de Machadinho do Oeste, em Rondônia, é uma das obras previstas na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Sua construção dependia da alteração dos limites do Parque Nacional Campos Amazônicos, criado em 2006. A previsão é que a hidrelétrica produza 350 megawatts (MW).
Lobby. A inclusão da Hidrelétrica de Tabajara no PAC teve forte lobby do presidente interino do PMDB, senador Valdir Raupp (RO). Para o projeto seguir adiante, faltava tirar do caminho da obra as restrições impostas às unidades de conservação. O Parque Nacional Campos Amazônicos perdeu ao todo, por meio da MP, 340 quilômetros quadrados e ganhou outros 1,5 mil quilômetros quadrados.
No caso do Parque Nacional Mapinguari, o ajuste ocorreu por conta da revisão do alcance do canteiro de obras e dos lagos das Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira. A perda de 70 quilômetros quadrados teria sido compensada com um acréscimo feito anteriormente em permuta com o Estado de Rondônia. O Parque Nacional da Amazônia perdeu agora 280 quilômetros quadrados, supostamente compensado, com folga, por acréscimo anterior a pouco mais de 1 mil quilômetros quadrados.
PARA LEMBRAR
O Estado revelou anteontem que as Unidades de Conservação (UCs) se tornaram o mais recente objeto de disputa entre ambientalistas e defensores do agronegócio. Na semana passada, durante audiência pública na Câmara, o deputado Moreira Mendes (PPS-RO), presidente da frente parlamentar da agropecuária, anunciou uma "grande campanha" para impedir que novas UCs sejam criadas sem a prévia autorização do Congresso Nacional. Hoje, a criação é feita por meio de decreto presidencial. Os ruralistas afirmam que a expansão dessas unidades pode comprometer a produção de alimentos no País.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,dilma-muda-limite-de-unidades-de-conservacao-para-abrigar-hidreletricas,759032,0.htm

Pecuária é a maior causa do desmatamento da Amazônia, diz Inpe.

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FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
A pecuária é a maior responsável pelo desmatamento da região amazônica. De acordo com levantamento realizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e divulgado nesta sexta-feira, 62,2% dos quase 720 mil km2 desmatados foram ocupados por pastagens.
O estudo do governo federal considerou as áreas desmatadas nos nove estados da Amazônia Legal até o ano de 2008. Essa área representa 18% de todo o bioma amazônico.
Segundo o instituto, a maior parte dessa área é ocupada atualmente por pasto limpo. "É aquela área em que houve efetivamente um investimento. Ela representa uma intervenção deliberada humana, com bastante cabeça de gado, com a intenção de intensificação de produção", disse Gilberto Câmara, diretor do Inpe.
Câmara ressaltou ainda que a atividade da agricultura ocupa apenas 5% da área total desmatada --o Mato Grosso é o único estado da região que tem um peso significativo na produção de alimentos.
"Não tem como dizer que a agricultura é a responsável pelo desmatamento, ela não é um vetor importante. O uso que nós fizemos da floresta não foi nobre, não foi para a agricultura produtiva, foi para a agropecuária que ainda hoje é extensiva e precisa de políticas públicas para usar melhor a terra que a gente roubou da natureza", afirmou o diretor.
A intenção do governo agora é, a partir desses dados, fazer um melhor aproveitamento do potencial produtivo da região e ao mesmo tempo, garantir a preservação dos recursos naturais do bioma.
"Nós podemos aumentar com tecnologia a eficiência da agropecuária e da agricultura, que representa um universo pequeno, aumentando dessa forma a produção sem agredir um patrimônio natural", afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante.
"Nós não precisamos desmatar para desenvolver a Amazônia. Nós não precisamos desmatar bioma nenhum para desenvolver a agricultura", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/969356-pecuaria-e-a-maior-causa-do-desmatamento-da-amazonia-diz-inpe.shtml

Partos induzidos aumentam riscos desnecessários, segundo OMS.

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DA EFE
As mulheres grávidas que decidem induzir o parto sem razão médica estão assumindo riscos desnecessários, revela estudo feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado nesta sexta-feira.
Para este estudo, foram analisados na América Latina 37.444 partos de risco, dos quais 11.077 foram induzidos, e comparados os resultados com o restante dos partos naturais.
Foi registrado um total de 1.847 partos induzidos por escolha voluntária da mãe, 4,9% do total, tendo a oxitocina como o método mais utilizado em 83% dos casos.
Nestes casos, as mulheres apresentaram mais probabilidades de precisar de anestesia durante o parto, três vezes mais chances de ingressar na unidade de terapia intensiva, assumiram risco cinco vezes maior de histerectomia pós-parto e precisaram mais de remédios uterotônicos.
O estudo demonstra que nos partos induzidos o risco de cesárea e de outras intervenções cirúrgicas é mais elevado e a necessidade de um tempo para a recuperação é maior, o que acarreta maiores gastos médicos.
Não houve constância de riscos para os bebês, exceto pelo fato de que as mães apresentaram risco 22% maior de lactação retardada, ou seja, com seu início entre 1h e sete dias depois do parto, ao invés de na primeira hora após o nascimento, como considera norma a OMS.
A recomendação da OMS é que indução de parto seja feita somente em casos justificados por razões médicas. O organismo de saúde ressalta que os riscos de resultados adversos maternos e perinatais não compensam os benefícios.
O pesquisador da Universidade de Campinas, José Cecatti, informou que a indução de partos por reivindicação da mãe se transformou em uma prática muito comum.
"Estes pedidos ocorrem quando a mãe tem de percorrer longas distâncias de sua casa ao hospital e para se adaptar à disponibilidade do médico", disse Cecatti.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/969502-partos-induzidos-aumentam-riscos-desnecessarios-segundo-oms.shtml

Comer batatas reduz pressão arterial, indica estudo.

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DA EFE
Um estudo científico apresentado na quarta-feira (31) nos Estados Unidos indica que o consumo moderado de batata reduz a pressão arterial e não produz aumento de peso.
Preparada sem fritar e sem manteiga, uma batata tem apenas 110 calorias e dezenas de fitoquímicos e vitaminas
Preparada sem fritar e sem manteiga, uma batata tem apenas 110 calorias e dezenas de fitoquímicos e vitaminas
O trabalho, dirigido pelo pesquisador Joe Vinson da Universidade de Stranton da Pensilvânia, foi apresentado ontem no Encontro Anual da Sociedade Química dos EUA (ACS, na sigla em inglês), realizado em Denver, Estado de americano do Colorado.
"A batata, mais do que qualquer outro vegetal, tem uma desmerecida má reputação que levou muita gente que busca uma alimentação saudável a eliminá-la de sua dieta", explicou Vinson.
O cientista indicou que, "na realidade, quando se prepara sem fritar e sem manteiga, uma batata só tem 110 calorias e dezenas de saudáveis fitoquímicos e vitaminas. Nosso estudo espera ajudar a refazer a popular imagem nutricional da batata".
A pesquisa foi realizada com batatas preparadas no micro-ondas sem maionese nem ketchup, condimentos preferidos pelos consumidores, sobre 18 pacientes com sobrepeso e pressão alta, que comeram entre seis e oito batatas duas vezes por dia durante um mês.
Após a dieta, a equipe de Vinson constatou que a pressão arterial média diastólica tinha caído 4,3% e a sistólica havia diminuído 3,5%. Além disso, nenhum dos participantes do estudo tinha ganhado peso.
A batata é o vegetal mais consumido pelos americanos, no entanto o estudo explicou que as batatas fritas, devido às altas temperaturas empregadas em sua preparação, destroem a maior parte das substâncias saudáveis.
Vinson destacou que, segundo os resultados obtidos, a maneira mais saudável de preservar os nutrientes da batata é "cozida simplesmente no micro-ondas".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/968850-comer-batatas-reduz-pressao-arterial-indica-estudo.shtml

Alimentação seleciona tipo de flora intestinal.

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DE SÃO PAULO
Pesquisa publicada ontem na revista "Science" encontrou uma ligação entre padrões alimentares e as bactérias presentes no intestino.
O grupo de cientistas da Universidade da Pensilvânia observou as bactérias presentes em 98 voluntários.
Eles foram separados em dois grupos, de acordo com o tipo de micróbio encontrado em seu intestino.
Cada grupo consumia um tipo de dieta. Um era adepto da alimentação típica ocidental, rica em carne e gordura. O outro comia mais vegetais.
Depois, a dieta de dez voluntários foi alterada por dez dias. Isso alterou o número de bactérias, mas o tipo prevalente continuou o mesmo, sugerindo uma ligação com a alimentação a longo prazo.
O trabalho pode esclarecer como o tipo de alimentação influencia a saúde.
Uma das aplicações possíveis é o tratamento para doença de Crohn, que causa inflamações em todo o trato gastrointestinal.
O professor de gastroenterologia James Lewis, um dos autores do estudo, afirma que crianças que têm doença de Crohn podem apresentar melhora dos sintomas (dores abdominais, diarreia e sangramentos) com dietas especiais.
"A doença é causada, em parte, pela maneira como nosso corpo reage aos micróbios do intestino. Uma hipótese é que as terapias baseadas em dieta mudem o tipo de organismo que vive no intestino", afirmou Lewis, em comunicado.
O médico disse ainda que é preciso descobrir se há ligação entre o tipo de flora intestinal e um risco maior de doenças em geral.
Isso pode levar a novos tratamentos para doenças cardíacas e diabetes.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/969934-alimentacao-seleciona-tipo-de-flora-intestinal.shtml

Estímulo cerebral reduz em até 80% 'fissura' por cocaína.

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MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO
Uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria da USP mostra que o uso de estimulação magnética no cérebro para tratar o vício em cocaína é eficaz e reduz em até 80% o desejo de usar a droga.
Os resultados preliminares são baseados na primeira etapa do estudo, com 20 pacientes do sexo masculino entre 18 e 40 anos que usavam cocaína há até sete anos.
Outros 20 pacientes participam da segunda parte da pesquisa, já em andamento.
O tratamento é indolor e não invasivo, e pesquisas já mostraram sua eficácia para depressão e dor crônica.
Os voluntários foram divididos em dois grupos. Um recebeu o tratamento ativo e o outro, placebo. Eles foram submetidos a 20 sessões de estimulação e fazem também psicoterapia.
RECOMPENSA
A bobina que gera um campo magnético foi aplicada na região do cérebro chamada córtex dorsolateral pré-frontal esquerdo.
Essa área responde pelo comportamento impulsivo e pela tomada de decisão. A estimulação "reorganiza" os circuitos cerebrais danificados pela cocaína para controlar a dependência.
"A cocaína modula o sistema de recompensa e as áreas que medem consequências. Remodelamos esse sistema", diz o psiquiatra Phillip Leite Ribeiro, autor do estudo.
Antes e depois das sessões, todos foram avaliados por meio de escalas que medem a intensidade e a frequência da vontade de usar a droga.
Os resultados mostram uma queda grande nas recaídas, na fissura e na impulsividade dos pacientes. "Ainda não sabemos se eles vão precisar repetir as sessões para que o efeito se mantenha. Pode ser que o vício volte", diz Ribeiro.
Marco Marcolin, psiquiatra, coordenador do grupo de estimulação magnética do Hospital das Clínicas da USP e orientador do estudo, diz ainda que o ideal seria fazer testes de urina para medir a presença da droga e comprovar a diminuição da fissura.
Ambos esperam que, no futuro, a estimulação possa ser usada aliada a outros tratamentos. "Esse paciente sempre vai precisar de psicoterapia. Muitas vezes, remédios também são necessários", diz Marcolin.
O psiquiatra Marcelo Niel, psiquiatra do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp, diz que o surgimento de uma nova possibilidade terapêutica para tratar dependência é animador. "No entanto, são necessários estudos maiores para ter uma melhor visualização do efeito do tratamento em comparação com o efeito placebo. Além disso, como muitos dependentes têm doenças psiquiátricas associadas, pode ser que o resultado seja decorrente do tratamento desse outro problema."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/969298-estimulo-cerebral-reduz-em-ate-80-fissura-por-cocaina.shtml

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