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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Cartilha da musculação inteligente traz dicas e novidades de A a Z.

IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO

Acabou o tempo das oposições extremas, quando musculação era ou objeto de ódio ou de veneração. Hoje, é indispensável para a saúde e a qualidade de vida. Veja como anda essa força nesta cartilha de A a Z, feita com um monte de especialistas.
Letícia Moreira/Folhapress
Anabolizantes
Quando usados por pessoas saudáveis, esses hormônios sintéticos causam, além da hipertrofia muscular, sérios danos, alerta Vladimir Modolo, do Centro de Estudos em Psicobiologia do Exercício da Unifesp. "O excesso de testosterona, no homem, diminui a produção de esperma e a capacidade de ereção e causa o crescimento das mamas; na mulher, faz crescer pelos no corpo e no rosto e engrossa a voz. Em ambos, pode causar problemas cardíacos e tumores", diz.
Aeróbico e anaeróbico
Exercícios envolvendo grandes grupos musculares, feitos de forma rítmica, como corrida, natação e caminhada, são aeróbicos -não interferem no suprimento de oxigênio para o organismo. Sua prática reduz a pressão arterial, a gordura corporal e o risco de doenças cardiovasculares. Já a musculação é exercício anaeróbico, de curta duração e alta intensidade. "Entre os benefícios estão o aumento da força e da resistência de tendões e ligamentos, redução da gordura e aumento da massa muscular", afirma Valmor Tricoli, professor da Escola de Educação Física e Esporte da USP. O ideal é praticar os aeróbicos e anaeróbicos em dias alternados. "Cada um causa mudanças adaptativas no corpo que 'brigam' entre si", diz Bernardo Neme Ide, do Labex (Laboratório da Bioquímica do Exercício) da Unicamp.
Biomecânica
Como o nome já entrega, essa ciência investiga o movimento sob aspectos mecânicos, suas causas e seus efeitos no corpo. "Nos exercícios de força, você coloca uma carga extra sobre ossos e articulações. Nessa situação, é fundamental observar o alinhamento dos segmentos -como a cabeça em relação ao tronco ou o quadril em relação aos pés- para ativar corretamente os grupos musculares envolvidos e evitar a formação silenciosa de lesões", explica Luiz Fernando Alves, formado em esportes pela USP, com especialização em biomecânica. Segundo ele, alguns ajustes biomecânicos previnem machucados e dores e aumentam a eficácia do treino. Um exemplo: em qualquer exercício feito em pé, o peso do corpo deve estar na parte anterior (frente) dos pés. Isso facilita o trabalho dos abdominais e distribui melhor a carga entre as vértebras da coluna.
Creatina
Chegou neste mês às farmácias do país um medicamento à base de creatina, aprovado para pacientes que sofrem de distrofia muscular. O remédio só deve ser vendido com apresentação de receita. Presente naturalmente nos músculos e na carne bovina, a creatina é vendida sem restrições nos EUA e usada por atletas para melhorar a performance, já que está envolvida no processo de contração muscular intensa e rápida. No Brasil, vem sendo consumida clandestinamente, mas deverá ter sua venda como suplemento liberada até o meio do ano. O suplemento, além de repor o estoque natural de creatina (queimado na atividade física), faz o atleta se recuperar mais rápido. Mas não é indicado para qualquer um, apenas para os de alto rendimento e modalidades esportivas específicas, como halterofilismo. "Acredita-se que ela aumente a massa muscular, mas, se consumida em excesso, aumenta a quantidade de água dentro do músculo. Isso pode sobrecarregar rins e fígado", explica Jomar Souza, médico do esporte e presidente eleito da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.
Descanso
O ganho de massa e força muscular ocorre após o exercício. "Durante o treino, não ganhamos, perdemos: para gerar a energia necessária às contrações, as proteínas do músculo se degradam, o que causa microlesões no tecido e um processo inflamatório. O corpo começa, então, um processo de recuperação em que, além de repor as proteínas, gera um pouco mais delas, aumentando massa muscular. Para isso, precisamos de repouso e de alimentação adequada", diz Dilmar Pinto Guedes Jr., do Cepe (Centro de Estudos da Fisiologia do Exercício) da Unifesp. É no repouso que começamos a produzir hormônios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1), que "avisa" ao corpo que ele precisa produzir moléculas de proteína, segundo Denise Vaz de Macedo, coordenadora do Labex. Dormir bem também é fundamental, para produzir o GH (hormônio do crescimento), outra substância responsável pela construção do tecido muscular. Para esse processo acontecer, os músculos exercitados não devem ser submetidos à sobrecarga por um período que varia de 24 a 72 horas. "Se a dor muscular causada pelo exercício ainda estiver incomodando, é sinal de que o processo ainda não se completou", sugere Macedo.
Explosão
O exercício de explosão exige grande quantidade de força em alta velocidade. "São bons para melhorar a performance em esportes, mas a definição e a hipertrofia não são tão significativas quanto nos exercícios convencionais de musculação", diz Bernardo Neme Ide, do Labex. Movimentos de explosão não são indicados para iniciantes.
Envelhecimento
Exercícios de força podem evitar, diminuir ou reverter parte da perda muscular que ocorre na velhice. "O aumento no volume dos músculos eleva a sua força para as atividades físicas diárias, dando ao idoso maior autonomia", diz a nutricionista Mirtes Stancanelli. "As articulações ficam mais protegidas, o equilíbrio e a postura melhoram, diminuindo o risco de quedas", diz o cardiologista José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Exercício.
Flexibilidade
A musculação em si não diminui a flexibilidade nem encurta os músculos, afirma Dilmar Pinto Guedes Jr. "O que pode atrapalhar são movimentos feitos da forma errada, levando a erros posturais que acabam diminuindo a amplitude dos movimentos de algum grupo muscular", diz.
Fadiga
Para realizar as contrações, usamos a energia estocada nas células dos músculos. Quando esse estoque acaba, por mais que o cérebro "ordene" o movimento, o músculo para de se contrair e entramos em fadiga muscular. "É um sistema de defesa do músculo, que não permite que o esforço continue após o seu limite. Se, depois disso, for feito um descanso suficiente, ele se recupera", diz Madolo. Mas Cohen alerta que, quando chegamos à fadiga, já ultrapassamos nossos limites e o risco de lesões aumenta bastante.
Fibra rápida e fibra lenta
A musculação pode priorizar o trabalho de um ou de outro tipo de fibra, dependendo do objetivo. "Uma complementa a outra", diz a professora da Faculdade de Educação Física da Unicamp Mara Patrícia Chacon-Mikahil. Fibras musculares "lentas" têm maior quantidade de nervos por unidade. "Essa característica permite que os movimentos sejam feitos com maior precisão e controle. Assim, o músculo trabalha por mais tempo, o risco de lesão é menor e o treino ainda melhora a coordenação. Evita-se, dessa forma a famosa 'roubadinha', que muitas vezes machuca os ossos e as articulações", diz Luiz Fernando Alves, treinador da clínica Força Dinâmica. Já as fibras rápidas têm menor número de neurônios ligados em cada unidade. Os exercícios, para essas, duram poucos segundos, pois elas entram em fadiga rapidamente. "Essas fibras aumentam mais de volume que as outras, mas um grande aumento da massa muscular só é conseguido com cargas elevadíssimas. Se o objetivo é a qualidade de vida, o treino deve ser feito com uma carga adequada, para que a pessoa faça mais séries e repetições", recomenda.
Hipertrofia
O aumento de massa muscular ocorre quando o músculo, após "gastar" suas proteínas para realizar as contrações, começa a produzir novas e mais proteínas. Segundo Vladimir Madolo, do Cepe, com exercícios, descanso e alimentação adequados, é possível aumentar até 50% da massa muscular naturalmente -ou seja, sem o uso de drogas anabolizantes.
Eduardo Knapp/Folhapress
Hipertensão
Segundo o cardiologista José Lazzoli, trabalhos científicos mostram que a musculação diminui a pressão arterial. Esse efeito é maior no exercício aeróbico, mas, nas duas atividades, a pressão permanece em níveis mais baixos por 24 horas. "Há um aumento fisiológico da pressão na hora da execução do exercício, mas não há risco de a musculação causar um pico hipertensivo", afirma.
Isométrico e isotônico
Isométrico é quando o músculo não muda de comprimento durante o exercício: a contração é mantida por, no mínimo, 30 segundos, sem movimento articular. Isotônico é o exercício mais usado nas aulas de musculação. A articulação se move, fazendo que o músculo se contraia e se estenda, empregando a mesma quantidade de força para mudar o seu comprimento. "É mais usado quando há lesões articulares, para fortalecer o músculo antes de retornar às atividades habituais", diz Ricardo Nahas, diretor científico da SBME.
Joelho
Exercícios de força tanto podem detonar quanto fortalecer e proteger os joelhos. Um cuidado é fazer o exercício aeróbico sempre antes da musculação, na visão do fisioterapeuta Marcelo Semiatzh, da Força Dinâmica: "O treino produz uma interferência neurológica que vai dificultar o controle da perna depois, na corrida ou na caminhada. Na cadeira extensora da sala de musculação, por exemplo, a pessoa fica estendendo a tíbia e forçando a hipertensão do joelho. Se ela sai dali para caminhar, vai reproduzir esse movimento na marcha e expor o joelho a um risco maior", argumenta Semiatzh. Na concepção dele, é importante, também, observar a rotação externa dos joelhos durante os exercícios, tentando vencer a tendência que temos de virar os joelhos para dentro quando realizamos os movimentos ou mesmo quando estamos parados de pé.
Lesões
Realizar movimentos repetitivos da forma errada, não respeitar o período de descanso para a recuperação do músculo e usar cargas muito pesadas são as principais causas das lesões relacionadas à musculação. "Um movimento que desloca a articulação para um lado errado repetido cronicamente pode fazer com que, em atividades cotidianas, como andar, a articulação posicione o sistema musculoesquelético de forma inadequada, prejudicando não só a articulação como a postura como um todo", diz Madolo. O movimento ou a postura errada podem fazer com que outro grupo muscular, não envolvido diretamente no exercício que está sendo realizado, faça movimentos compensatórios, para suportar o esforço, e acabem se lesionando.
Os movimentos repetitivos também podem fazer com que as microlesões nos músculos e nas articulações aumentem e que o processo inflamatório, que é a resposta do corpo para se recuperar dessas lesões, se torne crônico. "Além da inflamação crônica, isso pode levar à ruptura do músculo ou do tendão", acrescenta Madolo. Se as microlesões se cronificarem nos tendões, podem virar tendinite (inflamação no local) ou tendinose, que é a degeneração do tendão, segundo Nahas.
A ruptura do músculo também pode ocorrer quando ele é submetido à uma carga para a qual ainda não está adaptado. "O excesso de peso sobre a musculatura pode causar ruptura ou distensão muscular, ruptura ou inflamação do tendão ou fratura óssea por estresse", diz Moisés Cohen. O esforço repetitivo também pode levar à fratura óssea por estresse, segundo ele.
Multiarticulares
São os exercícios que movimentam mais de uma articulação e, por consequência, mais de um grupo muscular. Estão mais próximos dos movimentos fisiológicos, que incluem várias cadeias musculares realizando forças opostas, de contração e extensão. "Os multiarticulares são mais complexos, ativam mais o circuito neuromuscular e neuromotor e facilitam a aquisição da 'memória' do movimento, já que correspondem melhor à forma com que nos movimentamos nas atividades habituais", diz Nahas.
Neuromuscular e neuromotor
O sistema neuromuscular é a ligação do cérebro com os músculos, que faz o movimento ou o gesto acontecer. "O cérebro manda a mensagem 'contrair' e os neurônios a levam até o músculo. Ela chega às terminações nervosas dos músculos e articulações, o sistema neuromotor, que responde com o movimento", diz Madolo. Ou seja, todo trabalho de musculação começa na cabeça. A forma inteligente de treinar é imaginar antes o movimento que será executado, ativando assim o sistema neuromuscular e favorecendo a postura e a execução corretas do movimento. "Além disso, pesquisas apontam que esse trabalho cerebral prévio aumenta a estimulação das fibras musculares, o que teoricamente pode aumentar o ganho de massa muscular", conta Madolo.
Osteoporose
A musculação previne e combate a perda da densidade do osso, que caracteriza a osteoporose. "Ela funciona como uma poupança: a pessoa perde menos músculo e de forma mais lenta, mantendo a boa qualidade do osso", diz Márcio Passini, presidente do Comitê de Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
Segundo ele, quem tem osteoporose deve trabalhar os abdominais e a musculatura da cintura, para fortalecer a coluna, e fazer exercícios de marcha com peso, para beneficiar o quadril --regiões mais atingidas pela perda óssea.
Proteínas
Se os músculos aumentam de volume, é preciso consumir mais proteínas. Mas nem tanto. "Quem frequenta a academia e está aumentando a massa muscular precisa consumir entre 1,4 g e 2 g de proteína por quilo de peso", diz Scantanelli. Por exemplo: quem pesa 70 kg supre essa necessidade diária com 1 xícara de leite, 1 pote de iogurte, 100 g de filé de frango, 100 g de peixe e 30 g de queijo (nada que supere um padrão normal de refeições). "O corpo não faz reserva de proteína. O excesso é eliminado pela urina, usado para produção de energia ou vai se acumular em forma de gordura", diz Denise Denise Vaz de Macedo, do Labex. Como o excesso de proteína também atua no processo de formação de cristais, pode levar à formação de pedras nos rins, segundo Scantanelli.
Propriocepção
É a capacidade de perceber a posição e o movimento do corpo no espaço e adaptar articulações e músculos para manter o equilíbrio. "Nos ligamentos, temos neurônios que informam ao cérebro que movimento articular é necessário para manter a estabilidade", diz Nahas. Fazer exercícios de força sobre uma bola, por exemplo, aumenta a capacidade proprioceptiva. Implica maior consciência corporal e senso de equilíbrio.
Postura
Certinho, certinho, ninguém é. Mas, na hora de começar um trabalho com pesos, é bom prestar muita atenção à postura. O ideal seria que, antes, a pessoa passasse por uma avaliação postural séria. "Os desvios, assimetrias e compensações posturais de cada um precisam ser considerados para que o treino seja ajustado àquele corpo e não agrave um quadro que pode levar a uma lesão crônica. É importante detectar as alterações posturais de cada pessoa, para ensiná-la a treinar de um jeito que corrija aquela condição e não sobrecarregue áreas do corpo que, por causa da postura dela, já são muito exigidas no dia a dia", diz o treinador Luiz Fernando Alves.
Peso livre
Os pesos e as barras livres são normalmente indicados para quem já tem familiaridade com musculação, porque exigem mais coordenação entre os músculos envolvidos. "É melhor estar acompanhado ao fazer peso livre porque, se houver uma falha muscular ou a pessoa não aguentar o peso, ela não pode largá- lo, como no aparelho. Alguém tem que tirar o peso", afirma Valéria Bonganha, do Laboratório de Fisiologia do Exercício da Faculdade de Educação Física da Unicamp. A barra livre permite trabalhar a coordenação muscular. Quanto maior a coordenação, maior a carga que se consegue levantar. "Isso é importante no dia a dia e para quem quer hipertrofiar", diz Valéria Bonganha.
Qualidade de vida
Apesar de ser o efeito mais visível da musculação, a questão estética é só uma das consequências, e não a mais importante, segundo Ricardo Nahas. "O fortalecimento muscular permite que realizemos melhor todas as atividades do dia a dia, ajuda a prevenir lesões nos esportes, manter a massa óssea etc.", diz. O fortalecimento muscular também é indicado para tratamento e controle de artrose. "A musculatura mais desenvolvida absorve o impacto sobre as articulações, protegendo-as", diz o ortopedista Ricardo Cury. Também facilita o trabalho do coração, por melhorar o retorno do sangue das extremidades do corpo para o coração.
Repetições
Fazer mais repetições com pesos mais leves ou menos repetições com mais carga tem efeito similar na perda de peso e gordura. Segundo Dilmar Pinto Guedes Jr., do Cepe, mais repetições com pesos leves desenvolvem mais resistência, e menos exercícios com mais carga levam à maior hipertrofia. "Para quem quer apenas manter a massa muscular, é indicado fazer mais repetições com menos pesos", diz Ricardo Cury, médico do esporte e ortopedista da Santa Casa de São Paulo.
Refeições
Não vale comer mal e achar que se garante com isotônico. "A alimentação ao longo do dia gera reservas que fazem diferença. Se a pessoa treina de manhã, é o carboidrato que comeu no jantar que faz efeito. Quando treina cheia de carboidratos, não perde massa", diz a nutricionista Cynthia Antonaccio. O ideal é repor os nutrientes na primeira hora pós-treino. "As janelas do organismo estão abertas e sedentas. Os nutrientes serão aproveitados, e não estocados em forma de gordura. E o organismo se recupera mais rápido", diz Scantanelli. Só não vale exagerar: 30 g a 60 g de carboidrato bastam.
Sobrecarga
O músculo cria novas fibras quando submetido ao esforço do peso extra. E não são só os pesos livres, caneleiras ou aparelhos que proporcionam essa sobrecarga. O peso do próprio corpo também cumpre a função. A carga máxima é o maior peso que a pessoa consegue levantar uma única vez. "No treino voltado para a saúde, a sobrecarga é de 40% a 50% da carga máxima para cada pessoa", diz Lazzoli.
SXC
Suplemento
A suplementação de vitaminas e minerais não é consenso no Brasil, mas há profissionais que a defendem. "Considero prudente incluir um polivitamínico para preencher o que as pesquisas mais recentes mostram: o brasileiro não consome o suficiente de verduras e frutas", afirma Cynthia Antonaccio. O bioquímico Júlio Tirapeg, autor de "Nutrição, Metabolismo e Suplementação na Atividade Física" (ed. Atheneu), discorda. Segundo ele, só atletas de ponta, que fazem do esporte sua profissão, devem recorrer à suplementação. "Senão, é perda de tempo e dinheiro. O suplemento faz bem quando a pessoa tem alguma deficiência nutricional."
Tônus
Rigorosamente, tônus é o mínimo de contração que o músculo tem mesmo em repouso. "Só perdemos o tônus quando morremos. Essa ideia de 'tonificar' os músculos é algo que as academias vendem, mas não quer dizer nada", afirma Madolo. A expressão começou a ser usada para dissociar a musculação dos excessos da hipertrofia. Quem não quer músculos saltados diz só querer tonificá- los. "Sempre que há trabalho de força eficaz, há algum aumento do músculo", diz ele. Tonificar, então, é usado para indicar uma hipertrofia leve ou moderada. Já a "definição muscular" é, segundo Madolo, o ganho moderado de massa.
Treino funcional
É um treino de força em que vários grupos musculares são envolvidos para a execução de cada exercício -como nos movimentos que realizamos no dia a dia ou para a prática de algum esporte. Para desenvolver força, são usados vários grupos musculares ao mesmo tempo. "O treino funcional utiliza elásticos, roldanas ou o peso do próprio corpo, que impõem uma sobrecarga menor ao corpo", diz Cohen. Segundo Cury, o trabalho global -que inclui todos os grupos musculares- diminui o risco de lesões.
Vigorexia
Querer ficar cada vez mais forte e aumentar os músculos em proporções não naturais, a qualquer custo, é doença e tem nome: vigorexia. Todo vigoréxico faz exageradamente musculação. Não necessariamente porque goste do exercício em si, mas por esse ser um meio indispensável para atingir o seu objetivo de corpo ideal. Como só os exercícios não são suficientes, por causa da imagem corporal distorcida, essas pessoas começam a utilizar drogas anabolizantes que colocam a saúde em risco e causam alterações de humor, como depressão e ansiedade", diz Madolo. A prevalência do distúrbio é maior em homens, mas o número de mulheres com vigorexia está crescendo. O tratamento é feito com terapia cognitivo-comportamental.
Varizes
Embora a musculação favoreça a circulação de retorno (que traz o sangue das extremidades do corpo de volta ao coração), o que favorece o sistema circulatório, o peso usado no exercício e a hipertrofia dos músculos também sobrecarregam esse sistema, que tem de trabalhar mais. Isso pode causar um aumento do calibre das veias e, em algumas pessoas, deixá-las saltadas, segundo Cohen.
Zinco e magnésio
O zinco, presente em carnes vermelhas, feijão e ovos, tem participação importante na renovação celular. A deficiência de magnésio pode prejudicar os exercícios, porque o mineral está envolvido na produção de energia e na contração e no relaxamento muscular. Está presente em cereais integrais e verduras verde-escuro. Segundo a nutricionista Mirtes Scantanelli, esses minerais melhoram o ganho de massa muscular porque, teoricamente, favoreceriam a restauração mais rápida das células de proteína. "Mas não há evidência de que o consumo de suplementos acelere a renovação das células", diz. Além disso, o corpo absorve e aproveita melhor esses nutrientes quando consumidos na forma de alimentos.
Colaborou Raquel Botelho 

Em http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/724414-cartilha-da-musculacao-inteligente-traz-dicas-e-novidades-de-a-a-z.shtml

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Obama pressiona Congresso a passar reforma imigratória depressa.

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DE SÃO PAULO

O presidente dos EUA, Barack Obama, fez uma ameaça direta ao Congresso, durante um discurso realizado em Las Vegas, nesta terça-feira, no qual enumerou o que considera prioridades em uma reforma imigratória. "Se o Congresso não agir em um tempo hábil, mandarei um projeto baseado na minha proposta e insistirei para que o votem imediatamente", disse.
Análise: Reforma pode acelerar o crescimento
Mexicanos são maioria entre ilegais nos EUA
Ontem (28), um grupo de senadores republicanos e democratas apresentou um projeto que prevê ainda maior patrulhamento das fronteiras, maior controle sobre entradas e saídas de estrangeiros e vigilância contra quem tenta trabalhar --e contratar-- ilegalmente nos EUA, propondo punições.
O plano, como Obama mesmo admitiu, coincide em muito com o da Casa Branca, que está fundamentado em quatro princípios: contínuo fortalecimento das fronteiras e facilitação da verificação do status imigratório dos cidadãos; a criação de um caminho claro para a obtenção da cidadania americana; e a modernização do sistema para imigração legal.

Jason Reed/Reuters
O presidente Barack Obama fala em Las Vegas sobre suas prioridades na reforma imigratória
O presidente Barack Obama fala em Las Vegas sobre suas prioridades na reforma imigratória
"Haverá um rigoroso debate sobre os detalhes, mas é importante reconhecermos que a fundação para uma ação bipartidária já existe", afirmou.
Para o presidente, diversos setores da sociedade americana, como empresários, sindicalistas e autoridades, concordam com a necessidade da reforma imigratória.
O democrata destacou o fato de que empresas americanas surgidas nas últimas décadas foram fundadas por imigrantes, como o Google, e clamou por uma reforma que permita que outras surjam no país, e não acabem "entregues a competidores", como China, Índia e México.
Obama disse ainda que as condições precárias de trabalho a que os ilegais são, por vezes, submetidos "não é só ruim pra eles, é ruim pra toda a economia". "Todos os negócios que estão seguindo as regras sofrem. Eles têm de competir contra empresas que estão quebrando as regras", afirmou.
Como no primeiro mandato de Obama, democratas têm atualmente maioria no Senado enquanto republicanos a têm na Câmara dos Representantes (que é equivalente à Câmara dos Deputados).

Em http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1222452-obama-diz-que-fara-projeto-de-reforma-se-congresso-se-demorar.shtml

Governo prevê gastar R$ 100 mi em projeto que dá acesso grátis à internet.


ERICH DECAT
DE BRASÍLIA

O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) disse nesta terça-feira (29) que o governo deve lançar no próximo dia 4 de fevereiro o edital com critérios para os municípios participarem do novo programa do governo Cidades Digitais.
Segundo ele, apenas para este ano, a previsão é que a pasta desembolse R$ 100 milhões na implementação do programa.
"A rede é para atender a administração pública. Vai conectar todas as dependências municipais na cidade e vai oferecer internet wi-fi. O prefeito vai decidir onde vai ser, se na praça, nos logradores que ele decidir", disse Bernardo, em Brasília, no II Encontro Nacional com novos prefeitos e prefeitas. O evento é organizado pelo governo federal.
De acordo com a secretária de Inclusão Digital do ministério, Lygia Pupatto, as prefeituras que quiserem fazer parte do programa deverão atender, inicialmente, critérios como ter no máximo 50 mil habitantes e estarem localizadas nas regiões Norte e Nordeste. Também deverão ter prioridade os municípios com menor índice de desenvolvimento municipal.
"Eles [os prefeitos] terão dois meses para mandar as propostas. Selecionadas as prefeituras fazemos um registro de preços que deverão ser utilizados. Uma empresa integradora será contratada e será responsável de entregar a infraestrutura para essas cidades", explicou à Folha Pupatto.
Segundo ela, o ministério também deve arcar com a implantação de aplicativos que serão utilizados na área de saúde, educação, gestão tributária e financeira.
"O ministério acompanha por três anos. No fim desse período, nós fazemos uma doação de encargos ao município que terá a responsabilidade de tocar", disse a secretária.
INFRAESTRUTURA
Durante a palestra aos prefeitos, o ministro Paulo Bernardo ressaltou ainda a falta de infraestrutura para a instalação de novas antenas o que dificultaria a ampliação da rede de telefonia móvel no país.
"Temos uma deficiência de infraestrutura e um dos problemas é a instalação de torres e antenas nas localidades. Está ficando cada vez mais difícil porque tem problema ambiental, a questão paisagística da cidade. Ninguém quer que a cidade fique toda espetada de torres", disse Bernardo.
Segundo ele, outro motivo de entrave são as diferentes leis municipais utilizadas atualmente . Em algumas localidades, a instalação é proibida sob o argumento de que as antenas podem trazer riscos à saúde das pessoas.
"Nas cidades médias e grandes temos mais confusão ainda porque em alguns casos temos municípios que têm legislação própria para instalação de antenas. Não existe ainda uma lei federal", disse.

Em http://www1.folha.uol.com.br/poder/1222344-governo-preve-gastar-r-100-mi-em-projeto-que-da-acesso-gratis-a-internet.shtml

Joaquim Barbosa cobra informações sobre Ficha Limpa do Judiciário


FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA

Apenas três dos mais de 90 tribunais do país cumpriram integralmente determinações do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de prestar informações sobre a existência de funcionários "fichas sujas" do Poder Judiciário, o que motivou o presidente da instituição, ministro Joaquim Barbosa, a enviar ofício para cortes de país, cobrando o cumprimento das regras estabelecidas no ano passado e determinando, para alguns dos tribunais, novos prazos para que apresentem informações.
Resolução editada em julho de 2012 pelo conselho criou a Ficha Limpa para o Poder Judiciário nos moldes da legislação que proibiu a candidatura de pessoas com condenações penais ou por improbidade administrativa proferidas por órgãos colegiados.
Sergio Lima/Folhapress
Ministro Joaquim Barbosa no plenario do STF
Ministro Joaquim Barbosa no plenario do STF
No caso da Justiça, não podem ser contratados e devem ser demitidos servidores com a ficha suja e que ocupem cargo em comissão, função de confiança ou atividades terceirizada.
O CNJ havia determinado que os tribunais informassem até a última segunda-feira a existência ou não de servidores atingidos pela resolução da ficha limpa. O prazo final para que todos fossem demitidos é no dia 9 de fevereiro.
Segundo o conselheiro Bruno Dantas, 11 tribunais chegaram a mandar informações sobre servidores em cargos de confiança, mas alguns deles não apresentaram em relação aos terceirizados.
Os três que apresentaram informações completas foram os TRTs (Tribunais Regionais do Trabalho) do Amazonas e Rio Grande do Norte e o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Roraima, segundo os quais não haveria nenhum funcionário atingido pelas regras da resolução.
O único tribunal que demitiu alguém foi o TJ-RR (Tribunal de Justiça de Roraima). Essa corte só não entrou na lista dos que cumpriram as exigências, pois faltou a informação de uma servidora que estava em licença médica. Barbosa determinou um prazo de 15 dias para que esse tribunal preste informações sobre a funcionária.
"Existe um número expressivo de tribunais, como o TSE e o STJ, que ainda não informaram. Não dá para dizer que não começaram [o levantamento], mas não temos informações", disse Dantas.
Alguns tribunais alegaram dificuldades técnicas para pesquisar sobre a vida pregressa dos servidores, como os TJs do Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Estes ganharam de Barbosa um prazo de 30 dias para prestarem as informações ao CNJ.
Outros, como o TSE, STM (Superior Tribunal Militar), nada apresentaram e terão de um prazo menor, de 15 dias.

Em http://www1.folha.uol.com.br/poder/1222465-joaquim-barbosa-pede-informacoes-sobre-ficha-limpa-do-judiciario.shtml

Contran endurece lei seca e decide não tolerar álcool em exame


FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

O motorista que tiver qualquer vestígio de álcool em exame de sangue poderá ser multado em R$ 1.915,40 e ter a carteira de habilitação suspensa por até um ano. Hoje, a margem de tolerância para aplicação das penalidades é de 0,2 grama de álcool por litro de sangue.
PM de SP é orientado a filmar motoristas embriagados

A nova regra foi definida em resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) publicada nesta terça-feira (29) no "Diário Oficial da União".
O órgão reduziu ainda a margem de tolerância no teste do bafômetro. Se antes o limite era de 0,1 miligrama de álcool por litro de ar, agora o valor caiu para 0,05 miligrama de álcool por litro de ar.

Eduardo Anizelli-10.fev.2012/Folhapress
Polícia Militar faz blitz da lei seca na zona oeste de São Paulo; regras para os motoristas ficou mais rígida
Polícia Militar faz blitz da lei seca na zona oeste de São Paulo; regras para os motoristas ficaram mais rígidas
Foram mantidos, no entanto, os limites de álcool em exame de sangue e no bafômetro que configuram crime: a proporção continua de 6dg/L (decigramas de álcool por litro de sangue) e 0,34 miligrama de álcool por litro de ar, em exame de bafômetro.
SINAIS
A resolução do órgão regulamentou ainda que sinais podem ser apontados para indicar embriaguez do motorista.
Lei sancionada no final do ano passado pela presidente Dilma Rousseff definiu que a embriaguez pode ser provada por depoimento de policial, vídeos, testes clínicos e testemunhos de terceiros.
O agente fiscalizador deverá analisar, por exemplo, se o motorista apresenta sinais de sonolência, olhos vermelhos, vômito, soluço, desordem nas vestes e odor de álcool no hálito.
A autoridade deverá anotar ainda sinais de agressividade, arrogância, exaltação, ironia, dispersão ou se o motorista está falante, por exemplo.
A mudança na lei sancionada por Dilma no ano passado passou o valor da multa de R$ 957,70 para R$ 1.915,40, valor que pode dobrar em caso de reincidência em 12 meses.
Antes da mudança, era considerado crime dirigir sob a influência de drogas e álcool -a proporção é de 6 dg/L (decigramas por litro) de sangue-, mesmo sem oferecer risco a terceiros, e o índice só poderia ser medido por bafômetro ou exame de sangue.
Como ninguém é obrigado legalmente a produzir prova contra si mesmo, é comum o motorista se recusar a passar por esses exames, ficando livre de acusações criminais.
Além disso, a interpretação da lei vigente feita em março pelo Superior Tribunal de Justiça dizia que só bafômetro e exame de sangue valiam como prova. Na prática, isso enfraqueceu a lei seca.
Com a nova regra, o limite de 6 dg/L se torna apenas um dos meios de comprovar a embriaguez do motorista. O crime passaria a ser dirigir "com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência".
Ao condutor será possível realizar a contraprova, ou seja, se submeter ao bafômetro ou a exames de sangue para demonstrar que não consumiu acima do limite permitido pela legislação.
Ficam mantidas a suspensão do direito de dirigir por um ano para quem beber qualquer quantidade e o recolhimento da habilitação e do veículo.

Em http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1222214-contran-endurece-lei-seca-e-elimina-tolerancia-de-alcool-em-exame.shtml

A lição de Buenos Aires ensina como interromper a contagem regressiva para outro massacre disfarçado de acidente

O governador Tarso Genro reagiu à tragédia na boate Kiss acionando o trabuco que dispara só palavrórios: “Quero garantir que o inquérito seja exemplar, que dele possam decorrer, a partir de iniciativas do Ministério Público, modificações legislativas nos planos federal, municipal e estadual, para que isso nunca mais aconteça”. Tradução: vem aí mais um “rigoroso inquérito”. Toda investigação assim adjetivada nasce com cara de brava. Mas é mansa. Arrasta-se preguiçosamente por alguns meses e morre de inanição.
Foi sempre assim no Brasil. E assim será desta vez ─ a menos que Santa Maria se mire no exemplo de Buenos Aires e trate de ensinar ao país que lágrimas não bastam. A Argentina começou a descobrir essa verdade na noite de 30 de dezembro de 2004, quando um incêndio de características similares ao da boate Kiss destruiu a discoteca Cromagnon, em Buenos Aires, matou 194 pessoas, quase todas por asfixia, e feriu outras 1.432. Os sepultamentos coletivos exumaram a indignação represada. E os cortejos fúnebres logo se desdobraram em manifestações de rua.
Convocados por parentes das vítimas aglutinados na organização Nâo se Repita, engrossados por multidões de buenairenses, os atos de protesto impediram que o horror fosse esquecido e os responsáveis pelo homicídio culposo em massa escapassem da Justiça. O prefeito Aníbal Ibarra, por exemplo, sonhava com a Casa Rosada quando a Cromagnon começou a arder. O descaso e a miopia conivente dos órgãos fiscalizadores o transformaram no alvo de um processo de impeachment que o despejou da prefeitura em 2006. A propósito: o prefeito de Santa Maria é César Schirmer, do PMDB.
Hoje, o argentino que perseguia a presidência da República é apenas mais um deputado estadual. Rumina a obscuridade no mesmo limbo que hospeda Omar Chabán, um dos reis da noite portenha até aquele dia 30 de dezembro. As investigações constataram que o dono da discoteca havia autorizado a venda de um volume de ingressos três vezes maior superior ao que permitia o espaço físico. Também por ordem de Chabán, as portas de emergência foram fechadas “para evitar a entrada de penetras”. Condenado a 20 anos de prisão, conseguiu reduzir a pena para 10 anos e nove meses.
Quando sair da cadeia, vai surpreender-se com as mudanças na paisagem. Sob intensa fiscalização municipal, dezenas de discotecas desapareceram. As que sobreviveram tiveram de sujeitar-se a rígidas normas de prevenção de incêndios. Campeões da ganância desembolsaram fortunas na compra de requintados equipamentos exigidos pela legislação modernizada. As vítimas da Cromagnon ao menos não morreram em vão.
Que se faça por aqui o que foi feito em Buenos Aires. O resto é conversa fiada. Se o Brasil não assimilar a lição argentina, nada interromperá a contagem regressiva para a próxima chacina disfarçada de acidente.

Em http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/a-licao-de-buenos-aires-ensina-como-interromper-a-contagem-regressiva-para-outro-massacre-disfarcado-de-acidente/

Punição “pífia”

Problemas do Direito
Conselheiro do CNJ, Wellington Saraiva usou o twitter nesta manhã para criticar o Direito Penal brasileiro que, segundo ele, é benevolente com réus e despreza as vítimas e suas famílias.
Saraiva diz que, se condenados por homicídio culposo, os responsáveis pelo incêndio de Santa Maria não serão presos e poderão cumprir a pena prestando serviços comunitários e pagando cestas básicas.
Num dos posts, Saraiva fala que devido à “benevolência de nossa lei e jurisprudência criminal” a punição para os culpados deve ser “pífia”.
Por Lauro Jardim
 
Em http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/judiciario/conselheiro-do-cnj-fala-em-punicao-pifia-para-culpados-pelo-incendio-em-santa-maria/

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Videogame mostra hábitos alimentares saudáveis e que ajudam a perder peso.

Rio -  A obesidade é um problema cada vez mais grave no Brasil. De acordo com a última pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde, praticamente a metade (48,5%) dos brasileiros está acima do peso. Destes, 15,8% são considerados obesos. Pensando nisso, a equipe de desenvolvedores da Ludo Educa Jogos criou um videogame chamado ‘Coma Bem’, que ensina hábitos alimentares saudáveis.

“A ideia do jogo é mostrar que é fácil fazer uma boa dieta com uma seleção de alimentos equilibrada”, explica o coordenador da equipe e professor do Instituto de Química da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Élson Longo.

Para começar o jogo, a pessoa escolhe um personagem, do sexo masculino ou feminino. Depois, o jogador deve pegar os alimentos saudáveis que caem na tela, como alface, berinjela ou frango, e evitar os gordurosos, como refrigerantes, fritas ou hambúrgueres. Para cada escolha correta, são adicionados cinco pontos ao placar. Para cada decisão equivocada, são subtraídos dez.

Ao todo, o jogo tem cinco níveis. Conforme avança, a pessoa recebe dicas sobre como ter uma dieta equilibrada. Evitar frituras e fazer as refeições em intervalos de três horas são alguns dos conselhos oferecidos. “Temos recebido a visita de muitas crianças que ainda não foram alfabetizadas. Por isso, vamos sonorizar as mensagens que trazem as dicas de alimentação para que todos consigam absorvê-las”, antecipa Longo.

Para jogar, acesse www.ludoeducajogos.com.br.

Um bom café da manhã é o 1º passo

Para o professor Élson Longo, uma das medidas mais importantes para evitar a má alimentação é um café da manhã completo. “Quando pulamos o café, ficamos menos seletivos na hora do almoço e escolhemos alimentos gordurosos. Um bom café da manhã é essencial para fazer boas refeições durante o dia”, afirma Longo.

Orientações

- Consuma alimentos ricos em fibras;

- Evite gorduras à noite. Se ingeridas perto da hora de dormir, o corpo tem dificuldades de digeri-las e elas se acumulam nos vasos sanguíneos;

- Coma o mínimo de açúcares possível (pães, grãos, guloseimas etc.);

- Prefira a carne do peixe, a mais rica em proteínas. Em seguida, escolha a de aves. Por último, escolha a carne vermelha nas refeições;

- Ingira pelo menos duas frutas por dia.

Em http://odia.ig.com.br/portal/cienciaesaude/videogame-mostra-h%C3%A1bitos-alimentares-saud%C3%A1veis-e-que-ajudam-a-perder-peso-1.537869

Setor elétrico: a batalha da comunicação.

No inicio de 2013 os níveis de água dos reservatórios das hidrelétricas atingiram patamares semelhantes aos alcançados no racionamento de 2001/2002.

Heitor Scalambrini Costa*

A questão energética definitivamente esta incorporada no debate da sucessão presidencial. Ela o foi na eleição de 2002. Assunto que rendeu após o racionamento de longos 8 meses, pela barbeiragem do governo FHC, que preferiu obedecer aos ditames do FMI quanto ao ajuste fiscal, ao invés de investir na geração e transmissão de energia. Sem dúvida a falta de energia para atender as necessidades da população com o corte imposto de 20%, contribuiu decisivamente para a derrocada do seu candidato, indicado para sucedê-lo.

Em 2008, voltou em destaque. E o País passou “raspando” de um novo racionamento. Em 2010, 2011 e 2012 as interrupções temporárias no fornecimento de energia proliferaram Brasil afora. Nunca antes na história recente tivemos tantos “apagões” e “apaguinhos”, atingindo as varias regiões do Sul ao Norte, do Leste ao Oeste, caracterizados por uma grande freqüência e longa duração no tempo. São Pedro, equipamentos com defeitos, mão de obra desatenciosa, foram alguns dos responsáveis aos olhos do governo federal.

Agora, no inicio de 2013 os níveis de água dos reservatórios das hidrelétricas atingiram patamares semelhantes aos alcançados no racionamento de 2001/2002. O alerta amarelo foi acionado, e voltou-se a discutir o porque do sistema elétrico brasileiro viver aos sobressaltos.

Nestes episódios recorrentes já se passaram 12 anos desde o maior racionamento da história brasileira, e verificou-se neste período que as tarifas não pararam de aumentar, e a qualidade dos serviços oferecidos à população, deterioraram.

Todavia, os sucessivos governos, não admitiram e nem admitem que as estratégias adotadas no setor foram erradas, no mínimo equivocadas. Culpa a situação de crise, como sendo a responsabilidade de outros. E até é culpabilizado aquele que ocupa um cargo junto a Deus, o santo das chuvas. É brincadeira!

Mas, o mais importante para o governo de plantão é manter sua imagem fictícia, e incólume junto à população (ou na verdade os eleitores?). E qual é esta imagem? No presente caso, a da presidenta como rigorosa gestora, administradora competente, tocadora de obras públicas, a mãe do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e a excepcional especialista na temática da energia. “Colou” naquela que ocupa o cargo público de maior relevância, a grande “expert” em assuntos energéticos, sendo até escolhida como primeira mulher a ocupar o cargo de Ministra de Minas e Energia. Com isto, se esperava garantir junto à população traumatizada com o racionamento da época do FHC, a credibilidade de que no Brasil não haveria mais problemas com a energia.

Ledo engano. A realidade foi mais forte que os criadores de ilusão, os marqueteiros. Todavia não jogaram a toalha, e na corrida a reeleição presidencial, voltaram com tudo, querendo vender “gato por lebra”.

No segundo semestre do ano passado à presidenta em rede nacional de rádio e televisão em duas oportunidades abordou sobre a questão energética enfaticamente. A primeira em um dia emblemático para os brasileiros, as vésperas do 7 de setembro – Dia da Independência. Em tom triunfal e apoteótico anunciou o corte nas tarifas de energia elétrica. A presidenta invocou o talento, o esforço e a coragem de seu governo em tomar esta medida, que, diga-se de passagem, ela mesma contribuiu para a explosão tarifária, tanto no cargo de ministra de Minas e Energia, como da Casa Civil, e agora como presidente do Brasil.

No segundo pronunciamento, no dia 23 de dezembro de 2012 em cadeia nacional, além das tradicionais desejos de boas festas, ela mais uma vez afirmou que a conta de luz residencial e a das empresas vão ficar menores. Pura jogada de marketing, pois todos os analistas do setor elétrico, que estão fora do governo, não cansam de afirmar que o governo federal com uma mão diminuirá as tarifas e com a outra neutralizará esta redução, com a introdução do encargo denominado “risco hidrológico”, as bandeiras tarifárias e no repasse do custo da energia das termelétricas (até 5 vezes maior que as hidrelétricas, nos reajustes anuais previstos nas revisões tarifárias.

Neste 23 de janeiro de 2013, a Presidenta em novo pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão voltou a abordar o tema energético. Agora, depois de muita reza para que chovesse, e descartada a iminência de um racionamento. E mais uma vez, como uma “questão de honra” e em tom bombástico, não só garantiu que as tarifas serão reduzidas, acusando os pessimistas de sempre, como também anunciou a antecipação do desconto na conta de luz, que passará a vigorar a partir do dia 24 de janeiro.  O tom triunfalista predominou na fala de sua excelência, fazendo até lembrar do velho refrão usado pela ditadura militar “Brasil: ame-o ou deixe-o”. Já se disse que "uma mentira muitas vezes repetida, torna-se uma verdade". Vamos aguardar quantas vezes mais será repetida que as tarifas elétricas vão diminuir. Uma vez mais, o marketing das falas presidencial subestima a inteligência e a capacidade de discernimento dos brasileiros.

E nesta batalha da comunicação não adianta a oposição à direita estrebucha,r acusando que se está praticando o populismo energético, etc e tal. Pois não devemos esquecer que tudo começou com FHC e continuou com Lula e Dilma. Durma com esta bronca!
* Heitor Scalambrini Costa é professor da Universidade Federal de Pernambuco

Em http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/voz-do-leitor/noticia/2013/01/24/setor-eletrico-a-batalha-da-comunicacao-71128.php

Excesso no consumo de sal pode prejudicar a visão.

Hipertensão arterial aumenta risco de alterações vasculares no fundo de olho.

Excesso no consumo de sal pode prejudicar a visão stock.xchng/Divulgação
Hipertensão pode prejudicar os vasos sanguíneos da retina Foto: stock.xchng / Divulgação

A hipertensão arterial é uma das doenças que mais afeta os brasileiros. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, os casos de pressão alta tiveram um aumento significativo nos últimos cinco anos, passando de 21,6% em 2006 para 23,3% em 2010. Um dos fatores apontados como causa é o consumo exagerado de sal na alimentação, que além de facilitar a evolução da doença também pode prejudicar seriamente a visão, problema que muitos desconhecem. Segundo especialistas, a hipertensão pode prejudicar os vasos sanguíneos da retina, levando o indivíduo a desenvolver até mesmo uma cegueira.
De acordo com o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Marcus Sáfady, todo cuidado é pouco para prevenir possíveis complicações.
— O ideal é que as pessoas fiquem atentas à quantidade de sal na alimentação, pois a prevenção é sempre o melhor remédio para combater qualquer tipo de doença. A hipertensão arterial pode causar alterações vasculares no fundo de olho, sendo a principal e mais grave, a oclusão vascular, que pode levar a uma baixa de visão importante — explica.
Ainda segundo o médico, o chamado exame de fundo de olho permite que alterações nos vasos da retina (região onde as imagens são formadas), sejam identificadas logo no estágio inicial, evitando sua progressão e melhorando o prognostico. De acordo com o especialista, é importante a medida regular da pressão arterial e, quando alterada, a consulta com o clinico geral é importante para definir o tratamento.

Em http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/01/excesso-no-consumo-de-sal-pode-prejudicar-a-visao-4022900.html

Mensalão, o musical


Nelson Motta - O Estado de S.Paulo
 
Com grandes espetáculos, cenários luxuosos, elencos competentes e salas lotadas em longas temporadas, os musicais se tornaram o sucesso do momento no teatro brasileiro.

Em tese, qualquer tema pode inspirar um musical, bastam boas músicas e letras e uma historinha para costurar tudo. Até o mensalão daria um musical.

A abertura seria a cena verídica (relatada por José Casado) do encontro de Lula e Zé Dirceu com Roberto Jefferson para celebrar o acordo do PT com o PTB. Com bons vinhos e largos sorrisos, eles chegam para o jantar festivo na casa de Jefferson. Depois do lauto repasto, dos risos e das garrafas vazias, passam à biblioteca para o café, conhaque e charutos.

Desabado no sofá vermelho, com o olhar já meio turvo, Lula é surpreendido por Jefferson, que começa a cantar acompanhado ao piano por sua professora de canto lírico:

" Eu sei que vou te amar/ por toda a minha vida eu vou te amar/ Em cada despedida eu vou te amar/ desesperadamente eu sei que vou te amar …"

Os convidados emudecem, a voz do barítono ressoa na sala, com gestos largos e interpretação grandiosa, olho no olho de Lula, Jefferson canta a música inteira com intensa emoção e termina com a voz embargada, enquanto uma lágrima furtiva rola pela face de Lula.

Trinta políticos de vários partidos, com ternos brilhantes, gravatas medonhas e cabelos acaju invadem a cena cantando e dançando para Lula e Jefferson: "Ei, você aí/ me dá um dinheiro aí/ me dá um dinheiro aí..."

Segue dueto de Jefferson e Zé Dirceu em "Vou festejar":

Jefferson: "Chora, não vou ligar/ chegou a hora/ vais me pagar/ pode chorar, pode chorar."

Dirceu: "É o teu castigo/ brigou comigo/ Sem ter por quê".

Jefferson: "Eu vou festejar/ vou festejar/ o teu sofrer/ o teu penar."

Os dois juntos: "Você pagou com traição/ a quem sempre lhe deu a mão." (bis)

Dirceu canta "Segredo", de Herivelto Martins, para Jefferson: "Teu mal é comentar o passado/ ninguém precisa saber do que houve entre nós dois/ o peixe é pro fundo das redes/ segredo é pra quatro paredes/ primeiro é preciso julgar pra depois condenar."

Joaquim Barbosa bate o martelo. Black out.

Coisa de pele


Dora Kramer - O Estado de S.Paulo
 
O vice-presidente da República e presidente de honra (?) do PMDB, Michel Temer, nesta semana falou para todo mundo ouvir que processos, denúncias e suspeições não afetam a credibilidade de Renan Calheiros como candidato à presidência do Senado.

Candidatura esta, diga-se, até agora presumida por clandestina.

Temer disse mesmo acreditar que Calheiros fará uma gestão "belíssima", da qual sairá enaltecido, redimido de todos os pecados caso se conduza de maneira "correta, adequada".

Isso em público, situação em que não traduz o que entende por correção e adequação.

No particular, contudo, o vice-presidente tem sido mais claro sobre as razões pelas quais, na sua visão, o companheiro de partido vai se cobrir de glórias apesar de todos os pesares.

O êxito, segundo argumenta para desestimular candidaturas alternativas tanto no Senado quanto na Câmara onde o atual líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, carrega passivo semelhante, decorrerá justamente dos pesares.

Na interpretação dele, exposta em conversas cujos interlocutores pedem reserva para não entrar em atrito com Temer, as denúncias não os prejudicam. Internamente, ao contrário, criam uma espécie de identificação com os que vivem ou poderiam vir a viver situações parecidas.

Ou seja, a maioria estaria disposta a eleger representantes que conhecem e sentem na pele "o problema". Assim, teriam mais chance de ser "compreendidos" quando, e se, a adversidade batesse à porta.

Os presidentes da Câmara e do Senado, como se sabe, têm um poder enorme. Podem influenciar na criação de CPIs, na abertura de processos por quebra de decoro, funcionar como advogados de defesa de seus pares junto à opinião pública e dar por encerrados assuntos inconvenientes.

Por essas e várias outras, o prestígio da presidente da República e do Supremo está nas alturas enquanto o Legislativo se afunda na má fama.

Primeira pedra. O colégio de líderes partidários para a sessão legislativa que se inicia em fevereiro não será composto, como na passada, de ilustres desconhecidos. Deve ter Anthony Garotinho no comando do PR, Eduardo Cunha à frente do PMDB e José Guimarães (ex-chefe do assessor flagrado em aeroporto com dólares escondidos na roupa de baixo) na liderança do PT. A notoriedade das excelências não decorre de imaculada reputação, é fato. Mas, moral para criticá-los quem há de ter?

Se a dita maior liderança política de todos os tempos apadrinha gente infratora (de Rose a ministros demitidos por envolvimento em denúncias), tenta induzir voto de ministro do STF, acha que os condenados do mensalão "não têm do que se envergonhar", a trinca acima citada está dentro do padrão e, portanto, apta para liderar.

União estável. As invasões dos sem terra já não alcançam a repercussão de antes nem causam grandes preocupações. Basta ver a reação à ocupação das dependências do Instituto Lula, em São Paulo, para reivindicar qualquer coisa em busca de um protagonismo há muito perdido.

Assessores mandaram dizer que o ex-presidente ficou "chateado", quando seria de se esperar algo mais por se tratar de flagrante atentado à lei.

Mas, aceitemos que tal indiferença seja proposital para evidenciar a perda de importância dos atos da turma de Stédile e companhia. O governo do PT, em seu descaso para com atos dessa natureza conseguiu esvaziar o movimento.

Consolidou, contudo, duas situações nefastas: os danos concretos aos donos de propriedades invadidas - cujos prejuízos vão mais além da mera "chateação" -_ e a legalização da ilegalidade.

Google divulga relatório de transparência

Por Anna Carolina Papp

No segundo semestre de 2012, a empresa recebeu mais de 21 mil pedidos de dados de usuários; Brasil fica 6º, com  1.211 pedidos

SÃO PAULO – Entre julho e dezembro do ano passado, vários governos do mundo solicitaram ao Google informações sobre seus usuários 21.389 vezes – um aumento de 70% em comparação a 2009. Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 23, no relatório de transparência da empresa.
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Desta vez, o Brasil foi o sexto no ranking, com 1.211 solicitações – sendo 66% delas atendidas de forma parcial ou integral. Foi uma pequena diminuição em relação ao semestre anterior, em que o Brasil enviou ao Google 1.566 solicitações e foi o terceiro país que mais pediu dados de usuários à empresa. No segundo semestre de 2009, o Brasil havia ficado com o primeiro lugar, com 3.663 pedidos.
Os Estados Unidos, com 8.438 pedidos, estão no topo do ranking desde o primeiro semestre de 2010. Lá esse tipo de ação é mais frequente devido a recursos legais de notificação extra-judicial, que permitem que agências  solicitem dados de usuários sem envolver a Justiça.
Segundo o relatório do Google, 68 % das solicitações dos Estados no último semestre foram feitas por meio deste recurso, sendo apenas 22% delas decorrentes de pedido judicial, com base em “causa provável”.
Google Transparency screenshot
Mais transparência. “Esperamos que mais empresas e governos se juntem a nós neste esforço de divulgação de dados similares”, diz o relatório. O Google já fez apelos como este anteriormente, mas, até agora, apenas o Twitter teve uma iniciativa parecida, divulgando o seu primeiro relatório de transparência em julho do ano passado.
O Facebook, no entanto, ainda não publicou divulgou nenhum relatório similar. Sobre a questão, a empresa afirmou:
“Nós não temos nenhum plano imediato de divulgar um relatório; no entanto, temos trabalhado diligentemente em ferramentas significativas de transparência, como ‘Diretrizes para a aplicação da lei’ no ‘Centro de Ajuda’ e nosso trabalho [...] para garantir a privacidade de nossos usuários. Enquanto continuamos a avaliar nossos planos nesta área, dedicamos nossos esforços para cada pedido de auditoria que recebemos a fim de garantir o estrito cumprimento da lei.” (mais informações aqui)
O Google divulga os pedidos de remoção de conteúdo separadamente. Em 2012, foram mais de 50 milhões de solicitações.
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Leia mais:
• Twitter lança relatório de transparência
• Remoção sem volta


Em http://blogs.estadao.com.br/link/google-divulga-novo-relatorio-de-transparencia/

Nove franquias que custam o mesmo ou menos que um carro popular.

Opções custam até R$ 30 mil, mas especialista recomenda cuidados na escolha do negócio
ESTADÃO PME


Felipe Rau/Estadão
Felipe Rau/Estadão
 
Consultor afirma que franqueado precisa ‘se apaixonar’ pelo dia a dia da operação do negócio
O setor de franquias segue em constante crescimento e desperta o interesse de quem tem planos de empreender. Mas se o problema está no valor do investimento inicial, o Estadão PME listou nove redes que propõem um investimento de até R$ 30 mil, o valor de um carro popular. Vale lembrar que o interessado deve levar em conta que há sempre a taxa de franquia a ser quitada pelo futuro empresário.

Mas antes de escolher o negócio, o empreendedor precisa ter certeza que realmente se trata do negócio ideal. Para chegar a essa certeza, os especialistas aconselham a visitar outras franquias, conhecer a operação e conversar com outros franqueados antes de assinar o contrato. Também é importante se informar sobre as regras do franchising para conhecer os direitos e deveres do franqueado.
De acordo com Luis Henrique Stockler, sócio-diretor da consultoria ba}Stockler, especializada no segmento, o franqueado precisa ‘se apaixonar’ pelo dia a dia da operação e não apenas pelo produto que o negócio vende para o consumidor. A situação é essencial para o sucesso da franquia.

:: Confira nove negócios que exigem investimento de até R$ 30 mil ::
BagNews - A sacola é uma embalagem reciclável e funciona como um veículo de propaganda
Faturamento médio mensal: R$ 20 mil
Taxa de franquia: R$ 10 mil a R$ 16 mil
Taxa de implantação: R$ 13 mil
Investimento: R$ 23 mil a R$ 29 mil
Site: www.bagnews.com.br
The Kids Club - Inglês para crianças a partir de 2 anos
Faturamento médio mensal: R$ 5 mil
Taxa de franquia: R$ 14 mil
Capital de giro: R$ 2 mil a R$ 5 mil
Investimento: R$ 16 mil a R$ 19 mil
Site: www.thekidsclub.com.br
Home Angels - A rede  foi criada para prestar assistência emocional e física para idosos
Faturamento médio mensal: R$ 14,7 mil
Taxa de franquia: R$ 15 mil a R$ 25 mil
Taxa de implantação: R$ 1,5 mil a R$ 3 mil
Capital de giro: R$ 1 mil a R$ 2 mil
Investimento: R$ 17,5 mil a R$ 30 mil
Site: www.homeangels.com.br
Mr. Kids - Empresa especializada na venda de produtos infantis através de vending machines
Faturamento médio mensal: R$ 4.320
Taxa de franquia: R$ 5 mil
Taxa de implantação: R$ 8.960
Capital de giro: R$ 1 mil
Investimento: R$ 14.960
Site: www.mrkids.com.br
Dr. Jardim - Franquia de manutenção de piscinas e jardins
Faturamento médio mensal: R$ 13,7 mil
Taxa de franquia: R$ 10 mil a R$ 15 mil
Taxa de implantação: R$ 1,5 mil a R$ 3 mil
Capital de giro: R$ 1 mil a R$ 2 mil
Investimento: R$ 12,5 mil a R$ 20 mil
Site: www.drjardim.com.br
Seu Professor - é um sistema que auxilia no aprendizado escolar e na resolução de dúvidas do Ensino Médio ou Fundamental
Faturamento médio mensal: R$ 25 mil
Taxa de franquia: R$ 12 mil
Capital de giro: R$ 2 mil a R$ 4 mil
Investimento: R$ 14 mil a R$ 16 mil
Site: www.seuprofessor.com.br
AutoSpa Express -  Franquia de estética automotiva e lavagem ecológica delivery
Faturamento médio mensal: R$ 6 mil
Capital para instalação: R$ 4,9 mil
Investimento: a partir de R$ 4,9 mil
Site: www.autospaexpress.com.br
Dr. Faz Tudo - Empresa de manutenção rápida de imóveis que atende localmente
Faturamento médio mensal: R$ 13,7 mil
Taxa de franquia: R$ 15 mil a R$ 25 mil
Capital de giro: R$ 1 mil a R$ 2 mil
Investimento: R$ 17,5 mil a R$ 30 mil
Site: www.drfaztudo.com.br
Tutores - Franquia de educação complementar voltada para o reforço escolar multidisciplinar.
Faturamento médio mensal: R$ 20 mil
Taxa de franquia: R$ 15 mil a R$ 25 mil
Capital de giro: a partir de R$ 2 mil
Investimento: R$ 20 mil a R$ 30 mil
Site: www.tutores.com.br

Em http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,nove-franquias-que-custam-o-mesmo-ou-menos-que-um-carro-popular,2589,0.htm

Professora crise

Discute-se a atitude do governo brasileiro em relação ao Fórum Econômico de Davos. Alguns acham errado afastar-se do "clube dos ricos", onde se reúnem países e instituições com grande poder, num momento em que a crise na Europa afeta o mundo inteiro. Outros dizem que seria perda de tempo marcar presença num fórum já tão esvaziado.
Do outro lado da cena mundial, o Fórum Social Temático em Porto Alegre também sofreu baixas, ignorado pelo MST, sem a presença da CUT e da Abong, pressionado por disputas partidárias que envolvem instituições de todos os níveis, governamentais ou não. A oposição social ao mundo capitalista também vive a sua crise.
Dizer que a crise é global, de toda a civilização, já é comum. Mas ainda persiste, em muita gente, a ilusão de estar blindado, de que só os outros são afetados. O passo seguinte é aproveitar a crise "alheia" para fortalecer sua posição e obter vantagem na disputa do poder. Quem não age assim é considerado bobo, que perde as oportunidades e deixa "passar o cavalo selado".
Essa atitude atrasa o Brasil em seu desenvolvimento e na liderança que pode exercer no mundo, na transição civilizatória que já se iniciou. Propaganda e antipropaganda é o que mais fazem governos e oposições. Simulação de resultados e maquiagem de números é um constante espetáculo de antiplanejamento, do qual ninguém tem exclusividade, pois cada um comete os mesmos erros em sua esfera de poder.
Como sair disso?
As soluções não se restringem ao âmbito institucional. Toda a sociedade precisa mudar: comportamento, produção, consumo, valores. Mas os governos devem fazer ao menos um esforço.
Nesta semana, anunciou-se em São Paulo um acordo entre o prefeito Haddad e o governador Alckmin para ações conjuntas. Não tardaram análises mostrando interesses políticos por trás do acordo.
Quero expressar meu desejo sincero de um entendimento real que traga benefícios aos moradores da maior cidade brasileira. Às vezes, é preciso um "cessar-fogo" na política para destravar a ação econômica e social. Quanto mais tréguas houver, mesmo restritas e regionais, maior chance teremos de superar a polarização que o embate rebaixado na política impõe ao país.
Muitos de nós sonhamos, em 2012, que ao menos um pequeno avanço acontecesse no plano internacional, por ocasião da Rio+20. Não foi possível, o retrocesso da política interna aprofundou o da política externa.
Crises são sempre difíceis e dolorosas, mas também trazem ensinamentos que, às vezes, podem mudar os rumos e a qualidade da história. E, nesse momento, ela parece apelar a todos nós: aproveitem, aprendam. E não demorem.
Marina Silva, ex-senadora, foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula e candidata ao Planalto em 2010. Escreve às sextas na versão impressa da Página A2, em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marinasilva/1220181-professora-crise.shtml

Índia gasta US$ 1 bi para sanar problema da falta de privadas.

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PATRÍCIA CAMPOS MELLO
ENVIADA ESPECIAL A NOVA DÉLI

Nada de estádios grandiosos ou aeroportos. O grande programa de infraestrutura da Índia tem como objetivo construir 15 milhões de privadas por ano.
Na Índia, mais de 60% da população não tem privada. São mais de 600 milhões de pessoas que fazem suas necessidades ao ar livre, no mato, ou, quando moram em cidades, usam um cubículo na casa --limpo manualmente por pessoas de castas inferiores.
"Nosso maior desafio é tornar a Índia livre de defecação ao ar livre ", disse à Folha Jairam Ramesh, ministro do Desenvolvimento Rural da Índia. "Nossa meta é conseguir eliminar o problema em dez anos", acrescentou.
Para isso, o governo está gastando US$ 1 bilhão por ano para construir privadas e rede de esgotos e também dá US$ 200 às famílias pobres que queiram construir instalações sanitárias em suas casas.
Cerca de 400 mil crianças indianas morrem todos os anos de diarreia, consequência de falta de higiene e de esgoto. A falta de privadas é ainda questão de segurança: muitas mulheres são atacadas enquanto fazem suas necessidades no mato.
"Há muito mais conscientização hoje em dia. As mulheres não aceitam mais se casar quando a casa de seus sogros (onde a maioria vai morar) não tem privada", afirma o ministro.
As privadas nas casas pobres são diferentes das ocidentais --são um buraco no chão de louça, ligado ao encanamento, e não se usa papel higiênico, apenas água.
Com a "ofensiva das privadas", o governo quer também acabar com os chamados "manual scavengers" --indivíduos de castas mais baixas que, há séculos, se dedicam à tarefa insalubre de limpar, com uma escova, os excrementos das pessoas que não têm privada, coletar em carrinhos e jogar em lugares afastados dos vilarejos.
Em troca, recebem menos de um dólar ou um prato de comida. "Há mais templos neste país do que privadas", chegou a dizer Ramesh.

Em http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1220263-india-gasta-us-1-bi-para-sanar-problema-da-falta-de-privadas.shtml

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013


Como combater os perfis falsos nas redes sociais?


Estratégias para prevenir e preservar sua identidade na internet e estratégias para combater perfis falsos.


Texto: Patrícia Peck Pinheiro
Advogada especialista em Direito Digital e sócia fundadora do escritório Patricia Peck Pinheiro Advogados.



Um dos incidentes que mais cresce na internet é o de "identity thief", ou melhor, "furto de identidade", que na lei brasileira seria tipificado como "falsa identidade" previsto pelo artigo 307 do Código Penal. Tem sido alto o número de solicitações para remoção de perfil falso nas redes sociais. Mas o que pode ser feito para prevenir ou combater este tipo de ameaça que faz com que aumente a insegurança digital?
A primeira estratégia de prevenção envolve o registro prévio da identidade. Ou seja, para evitar que alguém se passe facilmente pela pessoa ou pela marca, o ideal é criar rapidamente o seu perfil nas principais redes sociais. Em seguida, com isso, deve-se divulgar que aquele é o perfil oficial. Parece simples, mas ainda muitas empresas negligenciam esta atitude preventiva. Acabam só fazendo o registro depois que já foram vítimas de um perfil falso.
No âmbito corporativo, é importante destacar que faz parte da estratégia de prevenção não apenas o registro do perfil oficial, mas principalmente o registro da Marca no INPI. Apesar de ser uma recomendação básica e simples, ainda há muitas empresas que lembram de registrar o domínio quando fazem seu site, mas esquecem de formalizar a proteção de sua marca no Brasil e em outros paises. A empresa que possui marca registrada pode-se valer da proteção legal conferida pela Lei 9.279/96, artigo 130, inciso III e artigo 189, inciso I.
Mesmo não tendo a marca registrada a empresa pode ainda pleitear a proteção com base no no art. 1166 do Código Civil Brasileiro: "a inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado."
Além disso, a proteção ao nome empresarial decorre do direito fundamental garantido pela Constituição Federal, no artigo 5º, XXIX: "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País".
A segunda estratégia é a monitoração. Ou seja, qualquer pessoa hoje deve ficar vigilante com o que aparece sobre si mesmo que possa afetar sua reputação digital. Deve fazer buscas periódicas para ver se encontra algo que possa ser ilegitímo, equivocado ou mesmo ilícito. Este exercício contínuo de olhar o que aparece associado ao nome ou a marca - inclusive fazendo buscas por imagens e dentro das redes sociais - ajuda a evitar riscos e a agir rápido em caso de haver algum tipo de incidente.
A terceira estratégia é a do diálogo e transparência. Se a pessoa ou marca identificar que há um perfil criado em seu nome por outra pessoa, deve fazer uma primeira abordagem amigável no perfil para entender a intenção do mesmo e comunicar que o perfil oficial está criado, propondo a migração daquela comunidade para o perfil oficial. Neste ponto, no tocante às empresas, deve-se diferenciar alguns tipos de casos que merecem atenção específica: a) perfil criado por consumidor; b) perfil criado por colaborador; c) perfil criado por fornecedor ou parceiro; e d) perfil criado por terceiro (qualquer outra pessoa sem vínculo algum com a empresa).
Dependendo de quem criou o perfil e do contexto do conteúdo associado, pode ser necessário realizar uma abordagem focada no serviço de atendimento ao cliente e comunicação (SAC), ou no relacionamento com equipes (RH), ou em notificação extrajudicial ou ação judicial (Jurídico).
Dependendo da resposta, ou da ausência dela, aí passa-se a tratar a permanência do perfil falso como sendo um incidente que deve ser reportado ao provedor do serviço de rede social. Cada um deles possui um canal próprio de denúncia, que é a primeira alternativa caso não haja solução amigável entre as partes. Ali, a partir da denúncia, normalmente o perfil que infringe os termos de uso é removido rapidamente.
Os Termos de Uso do Facebook dizem o seguinte: "(.) Proteção dos direitos de outras pessoas: Nós respeitamos os direitos de outras pessoas, e esperamos que você faça o mesmo. Você não deve publicar conteúdo ou tomar qualquer atitude no Facebook que infrinja ou viole os direitos alheios ou a lei. Nós podemos remover qualquer conteúdo ou informações publicadas por você no Facebook se julgarmos que isso viola esta declaração ou nossas políticas. Se você violar repetidamente os direitos de propriedade intelectual de outras pessoas, desativaremos sua conta quando julgarmos apropriado. Você não deve marcar usuários nem enviar convites por e-mail para não usuários sem o consentimento deles. O Facebook oferece ferramentas de denúncia social para permitir que os usuários comentem sobre a marcação".(.).
No entanto, se isso não ocorrer, aí cabe o envio de notificação extrajudicial e de ajuizamento de ação declaratória de obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada para que o Juiz determine a retirada do perfil do ar. Esta ação pode ainda ser convertida também em um pedido de ressarcimento de danos causados pela não remoção do mesmo desde a ciência formal do provedor do serviço (realizada através da denúncia em seu canal oficial e envio da notificação).
"RESPONSABILIDADE CIVIL. INTERNET. REDES SOCIAIS. MENSAGEM OFENSIVA. CIÊNCIA PELO PROVEDOR. REMOÇÃO. PRAZO. A velocidade com que as informações circulam no meio virtual torna indispensável que medidas tendentes a coibir a divulgação de conteúdos depreciativos e aviltantes sejam adotadas célere e enfaticamente, de sorte a potencialmente reduzir a disseminação do insulto, minimizando os nefastos efeitos inerentes a dados dessa natureza. Uma vez notificado de que determinado texto ou imagem possui conteúdo ilícito, o provedor deve retirar o material do ar no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de responder solidariamente com o autor direto do dano, em virtude da omissão praticada. Nesse prazo de 24 horas, não está o provedor obrigado a analisar o teor da denúncia recebida, devendo apenas promover a suspensão preventiva das respectivas páginas, até que tenha tempo hábil para apreciar a veracidade das alegações, de modo a que, confirmando-as, exclua definitivamente o perfil ou, tendo-as por infundadas, restabeleça o seu livre acesso. O diferimento da análise do teor das denúncias não significa que o provedor poderá postergá-la por tempo indeterminado, deixando sem satisfação o usuário cujo perfil venha a ser provisoriamente suspenso. Cabe ao provedor, o mais breve possível, dar uma solução final para o conflito, confirmando a remoção definitiva da página de conteúdo ofensivo ou, ausente indício de ilegalidade, recolocando-a no ar, adotando, nessa última hipótese, as providências legais cabíveis contra os que abusarem da prerrogativa de denunciar." Recurso especial a que se nega provimento.". STJ - RECURSO ESPECIAL Nº 1.323.754 - RJ (2012/0005748-4) - Rel. MINISTRA NANCY ANDRIGHI - DJ: 19 de junho de 2012.
Os canais oficiais para denunciar perfil falso são:
Youtube - Para denunciar um vídeo impróprio deve-se clicar no link "Sinalizar" abaixo do vídeo ou nos demais casos acessar https://support.google.com/youtube/bin/request.
Twitter - https://support.twitter.com/groups/33-report-abuse-or-policy-violations
Facebook - https://www.facebook.com/report/
Na Califórnia, já há lei específica para penalizar quem cria perfil falso ou usa identidade falsa na web. Esta conduta tem sido tratada como grave em muitos países pois gera quebra de confiança na rede e aumenta a insegurança digital, pois quando as relações são não presenciais é fundamental acreditar que a pessoa do outro lado da interface gráfica é quem ela diz ser. Por isso, deve-se ter uma estratégia de proteção de Nome, Marca e Reputação Digital bem implementada, que envolve uma atuação conjunta da área de Comunicação, Jurídico, SAC e RH. Afinal, a exposição digital indevida gera danos bem reais!

Em http://revistavisaojuridica.uol.com.br/advogados-leis-jurisprudencia/79/como-combater-os-perfis-falsos-nas-redes-sociais-estrategias-274897-1.asp
Causas do infarto que você ainda não sabe (mas precisa saber).
Além da dieta e do estilo de vida, a patologia pode ser causada por uma série de outras situações, algumas bastante inusitadas. Saiba o que é mito e o que é verdade e fique de olho!
por FERNANDA DE ALMEIDA | colaborou CRISTINA ALMEIDA


Sentir dor no peito, que pode se espalhar pelo queixo, com dormência nos braços ou nas costas são sinais clássicos de que a pessoa está tendo um infarto. A doença pode ser definida como a parada súbita da circulação do sangue no coração ou em uma das artérias coronárias. A dor que se sente é causada exatamente pela falta de sangue que, não conseguindo passar pelas veias, impede a oxigenação do coração. Os principais motivos dessas obstruções são o sedentarismo, os maus hábitos alimentares, a obesidade, o colesterol alto, a pressão alta, o estresse e o tabagismo.
Apesar disso, o que muita gente não sabe é que existe uma série de outros fatores inesperados que também podem causar um infarto, e eles abrangem problemas com a vizinhança, uso de medicamentos e suplementos e muito mais. A VivaSaúde conversou com alguns especialistas para elucidar o que é mito e o que é verdade nos desencadeadores dessa patologia. Confira!
Antibióticos podem provocar o problema
MITO — Os medicamentos, em si, não têm influência direta no risco de infarto. O que Marcelo Sampaio, cardiologista do Instituto Dante Pazzanese (SP), explica é que os antibióticos podem causar diferentes tipos de lesão, entre elas a renal, o que consequentemente pode aumentar o risco de infarto. “Mas não se pode afirmar que os antibióticos sejam fatores de risco dessa doença”, diz.
Emoções fortes são boas, mas ter equilíbrio é melhor
VERDADE —
O coração emocional está diretamente relacionado com o coração físico. Emoções podem influenciar e aumentar o risco de infarto. “Não é à toa que muitos torcedores fanáticos de futebol, por exemplo, morrem durante copas do mundo e finais de campeonatos”, afirma Wajngarten. Nesses casos, o infarto geralmente acontece sem o entupimento da artéria, é consequência do susto, do imprevisível, da emoção forte. “Existe uma doença chamada Síndrome do Coração Partido que se refere justamente aos infartos em pessoas com coronárias saudáveis, mas que sofreram algum tipo de perda afetiva”, diz Sampaio.
Terapia para combater o câncer nada influencia no problema
MITO —
Qualquer tratamento quimioterápico ou radioterápico — comumente usado em tratamento para variados tipos de câncer — aumenta as chances de infarto. “Faz parte da escolha de tratamento para um paciente com câncer saber se ele já tem alguma tendência a sofrer infarto, porque esse risco será aumentado com certos tipos de procedimentos”, explica Sampaio.
É bom evitar a suplementação de minerais
MITO —
Desde o início das pesquisas relacionadas às causas do infarto, acredita-se que o excesso de ferro seja um dos fatores de risco. Essa seria também uma das explicações para que a mulher jovem tivesse menos chances de ter infarto depois de menstruar, pois perdia sangue e com ele o nutriente. “Mas atualmente sabe-se que por meio da suplementação não existe uma quantidade significativa de consumo do ferro para que essa se torne uma prática de risco”, afirma Sampaio. O cardiologista explica ainda que o acúmulo prejudicial de ferro caracteriza a doença chamada Hemocromatose, que pode levar ao infarto.

ILUSTRAÇÕES: AMANDA MATSUDA
Vale mais um bom vizinho que um amigo
VERDADE —
Não há dúvidas de que o ambiente em que se vive possa influenciar no risco de infarto. Estar insatisfeito, irritado, cansado e sentir-se exigido pela vizinhança, por exemplo, tende a sobrecarregar o funcionamento do coração e das artérias, podendo elevar a pressão e, consequentemente, conduzir a um infarto. Além disso, “A vida na cidade aumenta as chances da doença por uma série de fatores, inclusive a poluição — muitas pesquisas mostram isso”, afirma Mauricio Wajngarten,cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).

ILUSTRAÇÕES: AMANDA MATSUDA
Seu chefe ainda vai lhe dar motivo para uma síncope!
VERDADE —
Um estudo realizado pelos britânicos, em 2005, avaliou funcionários públicos e descobriu que as pessoas que achavam que seus chefes não consideravam seus pontos de vista ou que não se sentiam fazendo parte da tomada de decisões, eram mais propensas a desenvolver doenças cardíacas do que os demais funcionários. Há ainda outros estudos que relacionam a tensão no trabalho com o aumento de 23% no risco dessas doenças, incluindo o infarto. “As causas são as mesmas de qualquer tensão nos relacionamentos, quando não vai bem pode gerar uma carga de estresse e aumentar os riscos do infarto”, explica Wajngarten.
Psoríase é fator de risco
MITO —
Na verdade, a doença e o infarto possuem uma de suas raízes em comum: o estresse. Por isso, é comum que pessoas que tenham psoríase sofram também de obstrução arterial, mas não se pode afirmar que uma doença aumente o risco da outra. Apesar disso, Wajngarten alerta que “cada vez mais estudos comprovam que existe uma relação da psoríase com o infarto quando há um estado de inflamação crônico”.

ILUSTRAÇÕES: AMANDA MATSUDA

Clima com baixas temperaturas deixam as pessoas mais suscetíveis
VERDADE —
Pode parecer estranho, mas a verdade é que em temperaturas mais extremas — seja muito frio ou muito calor — o corpo é mais exigido e isso pode sobrecarregar o trabalho das artérias, atrapalhando seu bom funcionamento e causando o infarto. “No caso do inverno, há uma vasoconstrição das artérias, além de a pessoa beber e comer mais, desencadeando maiores possibilidades da doença”, finaliza Wajngarten.

Parar o uso de “Aspirina” indicada pelo médico
VERDADE —
O Ácido Acetilsalicílico foi descoberto há mais de um século e é o medicamento mais prescrito para pacientes cardiopatas em todo o mundo. Segundo o cardiologista Ricardo Pavanello, do setor de coronariopatias do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), ele é utilizado como antiagregante plaquetário, isto é, age combatendo a formação de trombos (coágulos sanguíneos) que são, em associação à aterosclerose (placas de gordura), a causa do entupimento das artérias do coração e do cérebro. Esta é a razão por que o medicamento é utilizado como anticoagulante. “O medicamento também possui efeito anti-inflamatório, e seu uso contribui para a estabilização das placas de gordura, protegendo o sistema arterial. Portanto, suspender, por conta própria, uma terapia que busca prevenir complicações cardiológicas, pode, sim, causar um infarto”, declara o especialista.
Mantenha o corpo livre de inflamações
VERDADE –
“Determinadas inflamações podem contribuir para acentuar o processo de infarto”, confirma José Monassa Pittella, coordenador do departamento de coronária do Instituto Nacional de Cardiologia (RJ). As bactérias das inflamações rompem as placas de gordura das artérias fazendo com que sejam liberadas substâncias no sangue e isso facilita a coagulação e, em alguns casos, a obstrução da passagem, gerando o infarto.

A saúde bucal independe da do coração
MITO —
“A saúde bucal influencia o corpo humano como um todo. Quanto mais problemas dentários, mais chances de ter infarto”, enfatiza Sampaio. A justificativa se assemelha ao item sobre infecção, já que a gengivite é justamente causada pela ação de bactérias. São elas que podem atrapalhar a camada interna protetora das artérias e fazer com que haja acúmulo de gordura no sangue, causando obstrução e, consequentemente, o infarto.
Ter níveis de colesterol baixo (HDL) protege o coração
MITO —
O que se sabe é que o risco de infarto aumenta quando o paciente tem um nível alto do mau colesterol (LDL). Mas ainda não há provas definitivas que comprovem que mesmo com o LDL dentro da normalidade, mas com o colesterol bom (HDL) abaixo do indicado, a pessoa tenha mais chances de ter a doença. Sampaio argumenta que “uma série de estudos tem focado no tema para verificar se o baixo bom colesterol pode ser considerado uma causa, mas como ainda não há definições científicas, trata-se de um mito”.
Tristeza não se relaciona com a patologia
MITO —
A depressão pode ser definida como uma doença do corpo como um todo, ou seja, que acomete o paciente tanto física quanto psicologicamente. Por isso, esta doença pode gerar processos inflamatórios, mau funcionamento de diferentes órgãos, estresse, entre outros sintomas que podem gerar o infarto. “A depressão pode, por exemplo, engrossar o sangue e produzir hormônios que causam a vasoconstrição, que é a diminuição da área de passagem do sangue pelas artérias, fatores que influenciam no risco do infarto”, diz Sampaio.
Mau funcionamento dos rins aumenta a chance da doença
VERDADE —
A função dos rins é justamente filtrar o sangue, se ele não trabalha bem, faz com que o sangue que circula não esteja completamente saudável. “Problemas renais podem causar acúmulo de gordura nas veias e causar o infarto. Mas é importante lembrar que não necessariamente essa relação acontecerá, depende de cada indivíduo”, explica Pitella.
Diabetes é o maior vilão do funcionamento cardíaco
VERDADE —
Assim como hipertensão e tabagismo, o diabetes é considerado um dos maiores vilões do infarto. Por se tratar de uma doença sistêmica, que age diretamente sobre as placas de gordura de todo o corpo, provoca alterações que lesam a parede das artérias, expondo o sangue que se contamina e pode coagular. “Sem dúvidas há uma vinculação direta de causa e efeito”, afirma Pitella.

 Em http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/117/causas-do-infarto-que-voce-ainda-nao-sabe-mas-precisa-276096-1.asp

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