Seja bem-vindo para conhecer e aprender. Hoje é

sábado, 31 de dezembro de 2011

Réveillon 2012!!! Feliz ano bissexto!!!

Aos amigos e colaboradores desejo um ano novo excelente, com todos os atributos já de praxe, como amor, saúde, paz, felicidade, sucesso, dinheiro, realizações, entre outros.

Que possamos continuar juntos trilhando o caminho do conhecimento para crescermos cultural e socialmente, mas que mantenhamos o espírito de amizade e parceria que nos une, mesmo que, neste momento, virtualmente.

Que este virada de ano seja especial para todos e seus familiares, e que a vida de todos vire, mas para muito, muito melhor!!!

http://youtu.be/q4QDQ57cDQM

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Bem Estar dá 12 dicas para você seguir e viver melhor em 2012

Beber mais água, comer a cada 3h e se exercitar são principais sugestões.
Também use camisinha e filtro solar, diminua sal e açúcar e durma melhor.

Do G1, em São Paulo


O ano chega ao fim e, com 2012, começam as promessas de mudança de vida e hábitos. Quase metade das pessoas que responderam à nossa enquete aqui no site disseram que querem emagrecer no ano que vem. Mas apenas 25% se propõem a fazer exercícios físicos e 4%, a mudar a alimentação.
Não existe fórmula mágica para perder peso, como você bem viu no programa ao longo de 2011. Mas algumas dicas ajudam e muito a sentir mais saciedade e comer menos nas refeições principais.

O endocrinologista Alfredo Halpern e a pediatra Ana Escobar citaram quatro aliados da fome: maçã, banana, sanduíche de pão integral com queijo branco e peito de peru e barrinha de cereal. Isso tudo além da água, claro.
Para iniciar 2012 com o pé direito, é preciso enxergar ainda mais adiante, ou seja, como você quer chegar a 2013. Mas, segundo Halpern, escolha metas possíveis de cumprir. Em um ano, não queira passar do manequim 46 para o 36 – emagreça devagar, com saúde. O médico destacou que a vida não deve ser uma corrida de 100 metros, mas uma maratona.
Os consultores do Bem Estar deram 12 dicas para você seguir no próximo ano, uma para cada mês. São elas: beber mais água, usar camisinha, passar protetor solar, ganhar massa muscular, parar de fumar, comer de 3 em 3 horas, perder a barriga, diminuir o sal, comer menos açúcar, caminhar mais, dormir bem e rir mais. Acha difícil lembrar de tudo? Então imprima o nosso calendário (você precisa ter o Acrobat Reader instalado).
Reduzir a gordura abdominal e as taxas de colesterol é importante para evitar doenças cardiovasculares. E a água ajuda em todas as funções do organismo: por isso, tome pelo menos 6 a 8 copos por dia, ou duas garrafinhas de 500 ml. Se conseguir chegar a quatro, melhor ainda.

Para dormir melhor, lembre-se de:
- Apagar a luz
- Só ir para a cama com sono
- Dormir sempre no mesmo horário
- Moderar o consumo de chá, café e refrigerante
- Fazer atividades relaxantes
E o bom humor também é fundamental, não só para 2012, mas para a vida toda. Saiba por que é importante rir:

- Libera endorfina, neurotransmissor do bem-estar
- Contrai o diafragma
- Aumenta a frequência respiratória, a vasodilatação, a oxigenação e a eliminação de gás carbônico (CO2)
- Acelera o metabolismo
- Reduz a dor
- Ajuda no processo de cicatrização
Confira o resultado da nossa enquete:
Enquete fim de ano (Foto: Reprodução)


 
tópicos:
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/12/bem-estar-da-12-dicas-para-voce-seguir-e-viver-melhor-em-2012.html

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Conheça mitos e verdades sobre depilação com lâmina, cera e laser.

No verão, remoção dos pelos é maior, pela exposição de braços e pernas.
Veja como é feito o banho de lua, técnica para clarear os pelos do corpo.

Do G1, em São Paulo

O verão chegou e, com ele, um incômodo maior em relação aos pelos – principalmente para as mulheres. Nesta época do ano, como braços e pernas ficam muito mais expostos, a depilação precisa ser feita com maior frequência.
Com essa necessidade, surgem também as dúvidas: será que cera quente mancha a pele? Lâmina de barbear engrossa o pelo? O que usar antes, durante e depois da depilação?
Além de tirar todas essas dúvidas, o Bem Estar desta terça-feira (27) explicou como é feito o processo a laser e o banho de lua, técnica para clarear os pelos que muitas vezes é uma alternativa à retirada (veja no terceiro vídeo desta página).
MITOS E VERDADES SOBRE A DEPILAÇÃO
Depilação pode causar manchas na pele Verdade
Depilar-se com lâmina engrossa o pelo Mito
Dói mais depilar-se no período pré-menstrual e durante a menstruação Verdade
Depilar a sobrancelha ou buço com cera quente provoca flacidez facial Mito
Mulheres sentem mais dor ao depilar a pele no inverno Verdade
É preciso passar esfoliante e higienizar a área antes da depilação Verdade
Depilação com cera pode estimular o aparecimento de varizes Mito
É bom evitar desodorante com álcool antes e depois da depilação Verdade
Antes de optar pelo laser, deve-se ficar 20 dias sem usar cera e pinça Verdade
Talco é uma boa opção para passar durante a depilação Mito
Faz mal aplicar laser em local com tatuagem Verdade

Segundo a dermatologista Márcia Purceli e a esteticista Priscila Santana, é importante preparar a pele para a depilação: esfolie o corpo uma semana antes e higienize bem a área no dia da remoção dos pelos. Evite óleos e cremes pesados, pois isso pode obstruir os poros e favorecer problemas como a foliculite.
Essa inflamação na saída do pelo (folículo) tem a aparência de espinhas e sua principal causa são os encravamentos, que não conseguem romper a epiderme. Se o pelo estiver aparecendo, retire-o com uma pinça. Caso esteja mais profundo, procure um dermatologista.
Pelos (Foto: Arte/G1)
A melhor hora para se depilar é depois do banho, com a pele limpa e livre de produtos que contenham álcool. Esses cuidados simples evitam infecções e encravamentos. Depois do procedimento, o ideal é deixar a região sem nenhum cosmético (como desodorantes, talcos e perfumes) por 12 horas. Além de desnecessários, esses produtos agridem a pele e podem estimular o aparecimento de pelos encravados ou pequenos machucados.
Após a depilação, a pele deve ser higienizada com água e sabonete neutro. Em seguida, indica-se aplicar um hidratante suave ou gel à base de calêndula ou camomila para amenizar irritações.

Em relação aos mitos e verdades sobre a depilação, as mulheres realmente sentem mais dor ao fazer depilação no inverno, no período pré-menstrual e durante a menstruação.
No caso dos dias frios, involuntariamente a musculatura se contrai, fica mais tensa e sensível. Com isso, o ato de puxar a pele torna-se mais traumático.
Já nas fases de alterações hormonais, o corpo da mulher está mais fragilizado. E a depilação passa a ser um estímulo agressivo e doloroso.
Agora, um mito muito comum é pensar que depilar a sobrancelha ou o buço deixa a pele flácida. Esse estímulo é superficial, enquanto a flacidez é normalmente causada pelo enfraquecimento das fibras de colágeno e elastina, que não são atingidas durante a depilação. Isso vale também para outras partes do corpo, como as pernas.
Outra mentira é pensar que depilação estimula o aparecimento de varizes. Elas só aparecem pela falta de capacidade da veia de retornar o sangue. Mas quem tem tendência a vasinhos dilatados deve evitar a cera quente. Isso porque esses vasos são mais superficiais e sensíveis à vasodilatação provocada pelo calor.

Um outro mito é que a lâmina engrossa os pelos. Os métodos que os puxam pela raiz, como as ceras depilatórias, podem até afiná-los ou provocar falhas na região, quando repetidos muitas vezes. Mas, basta usar uma ou duas vezes uma técnica de depilação superficial, que corte o fio rente à pele, como as lâminas, para que ele volte ao normal.
A lâmina de barbear não costuma provocar encravamentos, portanto, quem sofre com esse problema deve considerar a opção de tempos em tempos. Como o método não arranca os pelos da raiz, não prejudica o crescimento deles.
Só use cera descartável
Uma observação importante para quem gosta de cera é se certificar de que ela é descartável e não está sendo reaproveitada, o que pode ser foco de infecções. Recomenda-se que a sessão de depilação seja repetida depois de pelo menos 28 dias, que é o período que a pele leva para se recompor.
Após a depilação, principalmente do buço, é preciso passar protetor solar, mesmo que a pessoa não saia ao sol. Até quem fica no salão de beleza precisa usar filtro (de fator 15, no mínimo), pois a luz também ajuda a mancha vermelha a se tornar marrom.
Toda vez que ocorre uma infecção na pele, há uma maior produção de pigmentos no local. Essa é uma resposta natural do corpo, e a mancha surge quando há pelo encravado ou foliculite e a região é manipulada. Isso traumatiza a pele e estimula o escurecimento.
Para eliminar essas manchas, o mais indicado é o uso de cremes clareadores, receitados por um dermatologista. Também é importante evitar o sol no local. Em casos mais graves, o médico pode recomendar um peeling, que renova a pele e elimina esses sinais.
 
Pinça e laser
Para quem prefere a pinça, método campeão para depilação de pequenas áreas (como a sobrancelha), é necessário higienizá-la antes. O pelo é removido pela raiz e leva cerca de 20 dias para crescer. Os contras dessa alternativa é que ela é mais dolorosa, trabalhosa e pode machucar a pele. Mas pode ser feita em casa.
Já no caso do laser, antes da sessão, que deve ser feita em consultório médico, é preciso ficar pelo menos 20 dias sem usar cera ou pinça. E, antes do procedimento, devem-se raspar todos os pelos, que podem queimar a pele se ficarem expostos. Veja o vídeo acima.
Pessoas com tatuagem devem ter muito cuidado com o laser, e nunca aplicá-lo sobre o desenho ou a frase.
Veja abaixo o resultado da nossa enquete:
Enquete depilação (Foto: reprodução)


 
tópicos:
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/12/conheca-mitos-e-verdades-sobre-depilacao-com-lamina-cera-e-laser.html

Mudança climática tem relação com evolução de animais pré-históricos.

Fósseis podem ajudar a compreender como aquecimento nos influencia.
Estudo foi publicado pela revista científica 'PNAS'.

Do G1, em São Paulo

Os parentes do rinoceronte retratados na imagem são os brontotérios, que viveram entre 56 milhões e 34 milhões de anos (Foto: Carl Buell/Cortesia) 
Os parentes do rinoceronte retratados na imagem
são os brontotérios, que viveram entre 56 milhões
e 34 milhões de anos (Foto: Carl Buell/Cortesia)
Apesar de ter entrado em evidência só nos últimos anos, a mudança global é um fator determinante para a natureza desde muito, muito tempo. Nos últimos 65 milhões de anos, pelo menos seis espécies diferentes tiveram sua sorte determinada por alterações na temperatura, segundo um estudo publicado na edição online desta segunda-feira (26) da revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”.
Desde que os dinossauros desapareceram, o domínio da Terra vem sendo revezado por diferentes grupos de mamíferos, que atingiram o auge e decaíram. Essas ondas consecutivas de diversidade de espécies de mamíferos são chamadas de “faunas evolucionárias”.
“Nós mostramos que a ascensão e queda dessas faunas estão, de fato, correlacionadas à mudança climática – aumento ou diminuição das paleotemperaturas globais – e também é influenciada por outras perturbações mais locais, como eventos migratórios”, diz Christine Janis, uma das autoras do estudo, em material divulgado pela Universidade Brown, em Providence, nos EUA, onde ela trabalha.

A pesquisa pode ajudar os cientistas a entender melhor a relação entre a evolução e a mudança climática, mas não ainda deve permitir previsões específicas para o futuro, com a perspectiva de aumento constante da temperatura, sob influência humana, segundo Janis.
“Tais perturbações, relacionadas à mudança climática antropogênica, estão atualmente desafiando a fauna de todo o mundo, enfatizando a importância do registro fóssil para a nossa compreensão de como os eventos do passado afetaram a história da diversificação e extinção da fauna e, portanto, de como as mudanças climáticas do futuro continuarão a influenciar a vida na Terra”, conclui o artigo.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/12/mudanca-climatica-tem-relacao-com-evolucao-de-animais-pre-historicos.html

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Procon orienta como usar a garantia estendida oferecida nas lojas

Depois de expirada a garantia original, quem cobre o prejuízo, troca ou conserta o produto é a seguradora. E nem sempre ela é acessível ou está disposta a resolver o problema.


Casamento não tem garantia, mas os produtos que a gente compra têm. E nem sempre é fácil reclamar. Quando comprou um computador, o consultor em informática Sérgio Ferraz achou que valia à pena adquirir também uma garantia estendida, que supostamente daria direito a consertos, mesmo depois de vencida a garantia do fabricante. Pagou mais R$ 280. Foi dinheiro jogado fora, ele diz.
Veja mais dicas do Procon sobre a garantia estendida:

De acordo com o Procon de São Paulo, a garantia estendida é uma modalidade de seguro, pago pelo consumidor, regulamentado pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Consiste na manutenção do produto adquirido após o vencimento da garantia legal ou garantia contratual.
Confira uma cartilha do Procon com informações sobre a garantia estendida (documento em PDF)
Ainda segundo o Procon, o consumidor deve ficar atento para os termos da garantia e o início da sua vigência. O produto só estará segurado a partir da vigência da garantia estendida e naquilo que está devidamente descrito na apólice, ou seja, o produto poderá ter cobertura apenas em parte, como por exemplo, somente o câmbio e não o motor do veículo, ou cobertura por roubo e não por furto. A troca do produto, cancelamento da compra e, consequentemente, devolução do valor; só será possível se houver previsão.

O consumidor não é obrigado a contratar a garantia estendida. O Procon orienta que ele deve ler atentamente o contrato antes de assiná-lo, verificando se a garantia estendida atenderá às necessidades do cliente.

A bateria parou de funcionar depois de um ano, que era o prazo de validade da garantia do fabricante. Quis usar a garantia estendida, mas descobriu que ela não cobria serviço de autorizada. “Era isso que estava acordado e que eu esperava”, comentou o consultor em informática Sérgio Ferraz.
O que aconteceu com Sérgio Ferraz vem acontecendo com milhares de consumidores em todo o Brasil. A pessoa compra aquilo não existe – a extensão da garantia do fabricante. Isso porque o consumidor, em geral, não se dá o trabalho de ler o que está escrito no contrato.
“O consumidor, normalmente, tem acesso a esse contrato no ato da compra. Isso já é ilegal”, afirma Maria Rachel Coelho, consultora jurídica do Procon no Rio de Janeiro. Ela explica que aquilo que o consumidor assina e paga extra é um novo seguro que não tem nada a ver com o fabricante.
Em caso de problema com o produto comprado, depois de expirada a garantia original, quem cobre o prejuízo, troca ou conserta o produto é a seguradora. E nem sempre ela é acessível ou está disposta a resolver o problema, como aconteceu com Sérgio.
“Sem exagero, foram umas 50 ligações telefônicas que eu tive de fazer. Foi um desgaste muito grande”, contou o consultor em informática Sérgio Ferraz.
O consumidor tem de ficar atento antes de assinar o contrato. A despesa pode estar escondida no texto em letras pequenas.
“Ele tem de ser informado. Todas as informações com clareza, com didática, em língua nacional, isso tudo está determinado pela lei. Normalmente naquela correria de compras de Natal, ninguém presta atenção em nada disso”, alerta Maria Rachel Coelho, consultora jurídica do Procon no Rio de Janeiro.
Fique de olho e aproveite ao máximo a garantia que já vem com o produto comprado.

Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/12/procon-orienta-como-usar-garantia-estendida-oferecida-nas-lojas.html
 

Revista britânica afirma que novo Código Florestal atende lobby agrícola

'The Economist' aponta avanço do desmate em estados brasileiros.
Texto diz que lei permite que a Amazônia fique nas mãos de fazendeiros.

Do Globo Natureza, em São Paulo
 
Artigo publicado nesta sexta-feira (2) no site da revista semanal britânica “The Economist” afirma que apesar do Código Florestal do Brasil valer desde 1965, a lei não é respeitada e menos de 1% das multas aplicadas por irregularidades chegam a ser pagas.
A reportagem afirma ainda que o lobby agrícola tem prevalecido nas discussões sobre o novo código no Senado, “lei que todos concordam sobre a necessidade de modificações e cuja versão final a presidente Dilma Rousseff quer em sua mesa antes do Natal”.
O texto cita argumentos utilizados por parlamentares durante as discussões, que ocorreram em comissões que antecedem a votação no plenário, e faz uma definição do novo Código Florestal em discussão. “O atual projeto permite que os agricultores se esquivem de multas por extração ilegal de madeira e adiem a sua obrigação de replantar simplesmente declarando que suas violações foram cometidas antes de julho de 2008 e incluindo-os em um programa de recuperação ambiental vago e sem obrigações”, diz a revista.
A “The Economist” ouviu ainda ambientalistas brasileiros que comentam que o projeto “é uma anistia, exceto no nome” e que apesar dos pontos negativos, ele vai “oferecer benefícios como empréstimos subsidiados aos proprietários que reflorestarem mais”.
O texto da revista britânica diz também que a presidente Dilma Rousseff promete vetar qualquer anistia a desmatadores ilegais. "Mas a fachada do programa de recuperação ambiental pode lhe dar o escopo para contemporizar e é possível que ela fique tentada a fazer isso, por causa da pesada agenda legislativa. Se ela fizer, o futuro da Amazônia ficará nas mãos dos fazendeiros esclarecidos e das tribos indígenas, que se importam com o lugar mais do que o estado", diz a reportagem.
Desmatamento
A "The Economist" aponta ainda que o desmatamento continua na região chamada "Arco do desmatamento”, que abrange os estados de Rondônia, Mato Grosso e Pará.
De acordo com a publicação, a região da Amazônia Brasileira tem sido invadida por novos moradores por conta da construção de usinas hidrelétricas em rios como o Madeira e o Xingu, e dá exemplo de cidades como Jaci-Paraná, em Rondônia, que está próxima às obras da usina de Jirau. Segundo a reportagem, a população do município aumentou de 3.500 para 21 mil habitantes em dez anos e, com isso, vieram problemas como a prostituição, tráfico de drogas e elevação dos índices de violência.
A revista cita ainda o exemplo dos índios Suruí, que tem aldeias espalhadas por Mato Grosso e Rondônia e são considerados os primeiros indígenas que participam de um projeto de Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação). Em entrevista à publicação, o cacique Almir Narayamoga afirma que “ao usar a floresta, deve-se pensar sempre em médio e a longo prazo", se referindo ao impacto causado.

Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/12/revista-britanica-afirma-que-novo-codigo-florestal-atende-lobby-agricola.html

domingo, 18 de dezembro de 2011

Os protagonistas de uma discussão que deu origem à Primavera Árabe

Vendedor ambulante que se imolou deu início a protestos na Tunísia.
Funcionária pública que teria motivado suicídio chegou a ser presa depois.

Da AFP
Comente agora
Um vendedor ambulante, uma policial e uma discussão. Assim começou, no dia 17 de dezembro de 2010 em Sidi Buzi, a revolução tunisiana, que desencadeou logo depois a chamada "Primavera Árabe". Os protagonistas deste dia histórico foram atropelados pelos acontecimentos.
Quase um ano depois da revolução que derrubou Zine Abidine Ben Ali, o novo presidente tunisiano, Moncef Marzuki, prestou juramento perante a Assembleia Constituinte e logo depois se instalou no Palácio Presidencial de Cartago na terça-feira (13).
Naquele dia 17 de dezembro, pouco antes do meio-dia, ocorreu uma discussão entre Mohammed Bouazizi, de 26 anos, vendedor ambulante não autorizado, e Fayda Hamdi, agente municipal de 45 anos, que confiscou suas mercadorias. Duas horas mais tarde, o jovem ateou fogo em si mesmo em frente à prefeitura de Sidi Buzid, e as primeiras manifestações tiveram início.
Manoubia Bouazizi, mãe de Mohamed Bouazizi, que passou a ser lembrado como motivador da revolta na Tunísia, segura faixa com uma foto do filho em foto de 15 de novembro de 2011 (Foto: Fetih Belaid/AFP) 
Manoubia Bouazizi, mãe de Mohamed Bouazizi, que passou a ser lembrado como motivador da revolta na Tunísia, segura faixa com uma foto do filho em foto de 15 de novembro de 2011 (Foto: Fetih Belaid/AFP)
Atualmente, as lembranças se opõem e se misturam nesta cidade do centro-oeste do país, que continua atingida pelo desemprego e pela pobreza que iniciaram a revolução há um ano.
Fayda Hamdi voltou ao trabalho em outubro, na prefeitura de Sidi Buzid. Sentada em um escritório sem janelas, por onde passam geladas correntes de ar, permanece inativa, "sem fazer nada, como todos por aqui".
O prédio foi saqueado depois do anúncio dos resultados das eleições de 23 de outubro e os agentes municipais já não saem para patrulhar.
Acusada de ter batido em Bouazizi - uma versão que não é mais lembrada atualmente em Sidi Buzid - Fayda Hamdi passou três meses e meio na prisão até ser absolvida em abril, depois da revolução.
"Fui detida no dia 28 de dezembro. Servi de bode expiatório. O governo queria aplacar o descontentamento das pessoas, mas isso não acalmou nada e todos me esqueceram na prisão de Gafsa", conta.
Fayda possui um bonito rosto no qual se percebe certo cansaço. Seus olhos são negros e penetrantes. Cobre a cabeça com um véu cinza. Leva sempre em sua carteira duas coisas: o documento onde consta sua absolvição e uma foto sua vestindo uniforme.
Fayda Hamdi, de 45 anos (Foto: AFP) 
A funcionária pública Fayda Hamdi, de 45 anos, diz que serviu de 'bode expiatório' para regime (Foto: AFP)
"Gostava muito do meu trabalho. Fui castigada por ter cumprido com meu dever: aplicar a lei", insiste esta mulher, que tinha a fama de ser uma funcionária dura e íntegra.
Não quer falar de Mohammed Bouazizi, a única coisa que diz é que ficou muito "impressionada" quando disseram a ela que ele havia ateado fogo em si mesmo.
Seu chefe intervém, raivoso. "Ela não é culpada por ele ter se queimado! O que foi escrito é uma história incorreta, uma verdadeira obra de teatro", explica Mohammed Salah Missaudi.
Fayda Hamdi decidiu voltar as suas funções em Sidi Buzid, apesar de ter recebido outras propostas. "Se tivesse mudado de trabalho teriam dito que teria algo a me censurar". Apesar de seus 100 mil habitantes, Sidi Buzid é uma pequena cidade atingida pelos rumores.
Nem mesmo os familiares de Mohammed Bouazizi se salvaram das fofocas e, por isso, decidiram sair da cidade.
"Falaram muitas coisas falsas. Até disseram que a mãe de Bouazizi havia recebido dinheiro, que estavam aproveitando a morte de seu filho. E também quiseram manchar a reputação dele", suspira Mohammed Amri, um dos amigos do jovem vendedor morto.
Existem pessoas que fingem que ele jamais quis se imolar, que estava bêbado quando o fez. Ao ouvir estes comentários, Mohammed Amri se levanta como se tivesse sido golpeado: "isso é mentira! Ele era um rapaz sério, correto, seu único sonho era trabalhar, construir uma casa, comprar um automóvel".

Fonte: http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2011/12/os-protagonistas-de-uma-discussao-que-deu-origem-primavera-arabe.html

Último comboio com tropas dos
EUA deixa o Iraque

Na manhã deste domingo (18), 110 blindados entraram no Kuwait.
Comboio transportou cerca de 500 soldados.

Do G1, com agências internacionais*

O último comboio com tropas dos Estados Unidos deixou o Iraque na manhã deste domingo (18), quase nove anos depois de invadir o país asiático para depor o ditador Saddam Hussein.
Cerca de 500 soldados e 110 veículos blindados cruzaram a fronteira com o Kuwait – país pelo qual as tropas norte-americanas entraram no Iraque, em 2003 – às 2h30 (horário de Brasília), segundo o comando norte-americano.
Restarão ainda 157 soldados norte-americanos no Iraque, que deverão treinar as forças iraquianas e proteger a Embaixada dos EUA na capital Bagdá. Nos últimos dias, as tropas comandadas pelo general Lloyd Austin entregaram os últimos prisioneiros às autoridades iraquianas.
Na sexta-feira (16), as forças nacionais assumiram o controle da última base militar que permanecia em poder dos EUA.
Atrás de Saddam
Um ano após os atentados às Torres Gêmeas em Nova York, o presidente norte-americano à época, George W. Bush, anunciou a necessidade de defesa dos Estados Unidos e do mundo de nações como o Iraque durante a Assembleia Geral das Nações Unidas. Para justificar as futuras ações militares, Bush afirmou que o país asiático possuía armas de destruição em massa, assim como outros classificados pelo líder norte-americano como o “Eixo do Mal”.
Soldado inspeciona tanque antes de comboio se retirar do território iraquiano. (Foto: Martin Bureau / AFP Photo) 
Soldado inspeciona tanque antes de comboio se retirar do Iraque. (Foto: Martin Bureau / AFP Photo)
Sem o consentimento do Conselho de Segurança da ONU, um ano mais tarde, em 20 de março de 2003, tropas norte-americanas e britânicas entraram no Iraque, entrando pela fronteira do país com o Kuwait – nação invadida pelo exército de Saddam Hussein no início da década de 1990. Dentro de apenas 30 dias, a capital Bagdá foi dominada pelas tropas norte-americanas e da Otan, que também deu apoio às invasões.
O objetivo inicial das operações militares era procurar pelo ditador iraquiano, feito obtido somente em dezembro de 2003. Saddam foi encontrado perto da cidade de Tirkit, julgado e condenado à morte por uma corte de Bagdá em novembro de 2006. A pena por forca foi executada no final daquele ano, sendo que até um vídeo filmado por celular vazou na internet. 

Novos atentados na Europa
Mesmo após o início das atividades militares no Iraque, o mundo ainda testemunharia dois grandes atentados, ambos assumidos por células da Al-Qaeda. O primeiro ocorreu no início da manhã de 11 de março de 2004, quando dez bombas foram detonadas em quatro trens de Madri e em outras partes da capital espanhola. O ataque matou 191 pessoas e deixou 2 mil feridos.
Já o segundo aconteceu em Londres, na Inglaterra, quando quatro atentados suicidas deixaram pelo menos 52 mortos e mais de 700 feridos em três linhas de metrô e em um ônibus da cidade em 7 de julho de 2005. No fim daquele mês, no dia 21, outros quatro novos ataques fracassaram.
Dificuldades em Bagdá
Também não foi tranquila a estadia dos norte-americanos no Iraque, onde ocorreram atentados a prédios das Nações Unidas em Bagdá. O principal desses ataques aconteceu em agosto de 2003, quando morreu o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello.
Comboio chega ao acampamento Virginia, no Kuwait. (Foto: Gustavo Ferrari / AP Photo) 
Comboio chega ao acampamento Virginia, no Kuwait. (Foto: Gustavo Ferrari / AP Photo)
Rumo à retirada
Em 2005, uma nova Constituição foi aprovada em referendo e os iraquianos puderam votar em partidos pela primeira vez em mais de 50 anos. Até março de 2010, foram duas eleições parlamentares e ainda há impasse para a formação de um governo de coalizão.
Há três anos, um pacto de segurança assinado entre Washington e Bagdá foi a forma de oficializar a retirada das tropas norte-americanas do Iraque, que estava prevista para o final de 2011. Especialistas temem pela segurança da nação asiática com a retirada do exército norte-americano.
Saldo da guerra
Considerando óbitos até o dia 1º de dezembro de 2011, o número de mortes de civis por ataques suicidas, bombas, execuções e trocas de tiros no Iraque era estimado entre 104 mil e 113 mil, segundo a ONG Iraq Body Count.
Entre os militares, foram cerca de 4,5 mil mortes e 32 mil feridos, segundo números do Pentágono norte-americano. Pelo lado dos britânicos, foram 179 soldados mortos e outros países perderam, somados, 139 militares em combate.
Policiais e soldados iraquianos mortos somaram 20 mil durante os nove anos de conflitos e mais de 19 mil insurgentes também faleceram durante a guerra.
(*) Com informações das agências de notícias Associated Press, France Presse e Reuters.

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/12/ultimo-comboio-com-tropas-do-eua-deixa-o-iraque.html

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pílula diminui pela metade risco de câncer de ovário.

Apesar disso, o anticoncepcional pode aumentar os casos de câncer de mama. Descoberta é válida para orientar mulheres com risco para esse tipo de câncer.

Utilizar pílula anticoncepcional diminui pela metade o risco de desenvolver câncer de ovário
Utilizar pílula anticoncepcional diminui pela metade o risco de desenvolver câncer de ovário (Thinkstock)
Mulheres que tomam pílula anticoncepcional por dez anos podem diminuir pela metade o risco de ter câncer de ovário, segundo sugere um novo estudo publicado no British Journal of Cancer.


CANCÊR DE OVÁRIO
É o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, 75% dos tumores malignos apresentam-se em estágio avançado quando diagnosticados.

Entre os fatores de risco, estão os hormonais, ambientais e genéticos. Cerca de 10% das pessoas que têm esse câncer apresentam um componente genético.

Segundo estimativas do Inca, foram 3.837 novos casos em 2009.
Utilizar contraceptivos orais durante qualquer período está associado a uma redução de 15% no risco de câncer de ovário. De acordo com a pesquisa, o risco diminui proporcionalmente ao tempo de uso do anticoncepcional. Ao tomar pílula por dez anos, as mulheres tinham 45% menos risco.

Apesar disso, os especialistas afirmam que é preciso ponderar esses resultados em relação ao risco de câncer de mama, que aumenta com os contraceptivos orais. Para cada 100.000 mulheres que tomam pílula durante dez anos, há 50 casos a mais de câncer de mama e 12 casos a menos de câncer de ovário, mostra o estudo.

A gravidez também foi apontada como um fator que reduz o risco de câncer de ovário. Mulheres que tiveram bebê eram 29% menos propensas a desenvolver a doença do que aqueles que nunca engravidaram.

Para a pesquisa, os cientistas acompanharam mais de 300.000 mulheres que tomavam pílula anticoncepcional com a combinação de dois hormônios: estrogênio e progesterona. Os resultados mostraram que as mulheres que tomavam pílula durante dez anos tiveram o risco de desenvolver a doença cortado pela metade, em comparação com aquelas que usavam a pílula por um ano ou menos.

Os dados fazem parte de um estudo europeu em andamento chamado Epic (European Prospective Investigation of Cancer), que investiga como a dieta e os hábitos de vida podem estar relacionados ao câncer em mais de meio milhão de homens e mulheres.

Os resultados adicionam a pesquisas anteriores que sugerem que a pílula e a gravidez podem impactar no surgimento do câncer por conta das alterações dos níveis hormonais no organismo. De acordo com os pesquisadores, ele pode servir para orientar mulheres que tenham maior risco de ter esse tipo de câncer.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/pilula-diminui-pela-metade-risco-de-cancer-de-ovario

Baixa imunidade, estresse, genética e até TPM podem ser causas de afta.

Baixa imunidade, estresse, fatores genéticos, deficiências nutricionais e até tensão pré-menstrual (TPM) podem ser causas de afta na boca. De 10% a 25% da população mundial tem essa feridinha em algum momento da vida.
O problema, em que aparece uma bolinha branco-amarelada envolta por um círculo vermelho, é comum em crianças, pessoas que gostam de alimentos ácidos e também em quem usa aparelho ortodôntico.
Para explicar as causas e o tratamento da afta, o Bem Estar desta quinta-feira (20) recebeu a pediatra Ana Escobar e a cirurgia-dentista Helenice Biancalana.
Aftas valendo (Foto: Arte/G1)
Após comer uma fruta ou um alimento ácido, enxágue bem a boca – assim, a chance de afta diminui. E a melhor prevenção é a higiene oral e uma boa alimentação, para que o sistema imunológico fique forte.
Não dá para saber exatamente quando a afta aparece por um problema emocional ou uma deficiência no organismo. Muitas vezes, as duas questões andam juntas.
Pessoas de todas as idades podem ter esse incômodo, mas ele é mais comum em crianças e menos comum em idosos, pois com a idade a mucosa da boca fica mais grossa.
A palavra “afta” vem do grego e foi usada por Hipócrates, considerado o pai da medicina. Significa "Eu queimo, incendeio, ardo".
Indivíduos que fumam mais de um maço de cigarro por dia dificilmente apresentam afta, porque o tabaco provoca uma queratinização maior da mucosa da boca, ou seja, uma espécie de calo que impede a penetração de elementos estranhos.
Uma vez que a afta surge, não existe uma fórmula de eliminá-la. A ferida leva entre 10 e 14 dias para cicatrizar. Para aliviar, uma dica é bochechar água com um pouco de bicarbonato de sódio e cuspir -- o bicarbonato não deve ser engolido. Não é bom colocar bicarbonato diretamente na afta, pois isso pode irritá-la mais. Sal também não ajuda, porque desidrata a mucosa.
Nós fizemos uma enquete no site do Bem Estar e 48% das pessoas não fazem nada e esperam a afta passar. Os demais tentam produtos para melhorar: 17% colocam sal e 35% usam remédios.
Como muitos fatores podem causar afta, também é difícil ter um tratamento que elimine de vez esse problema.
Aparelho ortodôntico
Aparelhos bucais corrigem o posicionamento dos dentes e da mordida, evitando dores e desconforto.
Hoje, de cada cinco pacientes em tratamento com aparelhos, um é adulto. O aparato é indicado para resolver má-posição dentária e problemas na articulação temporomandibular (ATM), que podem causar dores de cabeça, ouvido, pescoço e ombros.
As crianças podem usar aparelho a partir do momento em que a troca dos dentes de leite para os permanentes terminar. Na fase adulta, não existem restrições de idade.
O aparelho fixo consiste em pequenos quadradinhos de metal, os "brackets", que são colados nos dentes com resina. Por eles, passa um fio de níquel-titânio, que faz força sobre os dentes para colocá-los na posição desejada. O tratamento, que dura em média entre dois e três anos, serve para acertar o espaçamento entre os dentes e melhorar o encaixe da mordida.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/10/baixa-imunidade-estresse-genetica-e-ate-tpm-podem-ser-causas-de-afta.html

Saiba o que é porção e o quanto comer de cada grupo de alimentos.

Cereais, frutas, verduras, carnes, leite e doces devem integrar dieta.

É difícil saber qual a quantidade contida em uma porção. É uma fatia, uma xícara, um copo, uma concha, uma colher de sopa? Para cada alimento, existe um padrão estabelecido por nutricionistas e médicos, baseado no valor calórico.
Uma porção de manteiga, por exemplo, equivale a meia colher de sopa. Uma unidade de pão francês é uma porção, uma fatia média de queijo branco também, assim como uma xícara de chá de leite (de preferência, desnatado), uma concha de feijão e quatro colheres de sopa de arroz.
Para explicar melhor o assunto e destacar o quanto é recomendado comer por dia de cereais, frutas, verduras, óleos, carnes, ovos e doces, o Bem Estar desta quarta-feira (26) recebeu o endocrinologista Alfredo Halpern e a doutora em nutrição e professora da Universidade de São Paulo (USP) Sonia Tucunduva, que ajudou a elaborar o Guia Alimentar do Ministério da Saúde, publicado em 2006.
Comida grupos (Foto: Arte/G1)

 

Segundo os convidados, os grupos mais difíceis de serem consumidos na quantidade indicada são o dos legumes e verduras e o do leite e derivados.
Já os ovos devem ser, em média, três por semana, de preferência cozidos. É importante lembrar que vários alimentos, como bolos e algumas massas, já contêm ovos no preparo.
E, no caso das frituras como o frango a passarinho, é preciso secar bem a carne antes de comê-la.
Sugestões de porção
1 por dia
Açúcares e doces: 1 colher de sopa de doce de leite
Óleos e gorduras: 1 colher de sopa de óleo de soja ou azeite de oliva
Carnes e ovos: 1 bife grelhado de carne vermelha (65 g)
Feijão e sementes: 1 concha de feijão
3 por dia
Frutas e sucos: 1 banana (85 g), 22 uvas Niágara (100 g) ou 8 uvas Itália e Thompson e 1 maçã
Legumes e verduras: 15 folhas de alface (120 g), 1,5 colher de sopa de cenoura ralada crua e 2 colheres de sopa de couve-manteiga refogada
Leite e derivados: 1 copo (dos de requeijão) de iogurte natural, 1 xícara de leite desnatado e 1 fatia (50 g) de queijo minas
6 por dia
Cereais, raízes, batata e massas: 4 colheres de sopa de arroz branco, 1 pão francês, 2 fatias de pão de forma, 3 colheres de sopa de batata inglesa corada, 2,5 colheres de sopa de farinha de mandioca e 3,5 colheres de sopa de macarrão cozido
Porções para o café
Suco de laranja – três quartos de um copo dos de requeijão
Leite – uma xícara de chá
Bolo de chocolate – uma fatia fina
Pão francês – uma unidade
Pão de queijo (mini) – três unidades
Queijo branco – uma fatia média
Queijo muçarela – uma fatia média (transparente)
Presunto – uma fatia média (transparente)
Peito de peru – uma fatia média (transparente)
Mortadela – uma fatia média
Manteiga – meia colher de sopa
Geleia de fruta – uma colher de sopa
Goiabada – um pedaço médio
Ovo mexido – dois ovos
Porções para o almoço
Arroz – quatro colheres de sopa
Feijão – uma concha
Alface – 15 folhas
Tomate – quatro fatias
Pepino – quatro colheres de sopa
Filé de frango grelhado – um filé médio
Suco de abacaxi – meio copo dos de requeijão
Superpontuadores
Determinados alimentos podem pontuar em mais de um grupo, ou seja, entrar na conta mais de uma vez. Por isso, é importante ficar atento. São eles:
- Picanha gorda – pontuam em carnes e ovos + óleos e gorduras
- Açaí com granola – pontuam em frutas e sucos + cereais, raízes, batata e massas
- Vitamina de fruta com leite – pontuam em frutas e sucos e leite e derivados
- Pão com geleia – pontuam em cereais, raízes, batata e massas + açúcares e doces
- Feijoada – pontuam em carnes e ovos + feijões e sementes + óleos e gorduras
- Pizza de abobrinha – pontuam em cereais, raízes, batata e massas + leite e derivados + legumes e verduras
- Cereal matinal com leite – pontuam em cereais, raízes, batata e massas + leite e derivados
- Banana com aveia – pontuam em frutas e sucos + cereais, raízes, batata e massas
- Macarrão com atum – pontuam em cereais, raízes, batata e massas + carnes e ovos
- Salada com molho – pontuam em legumes e verduras + óleos e gorduras

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/10/saiba-o-que-e-porcao-e-o-quanto-comer-de-cada-grupo-de-alimentos.html

terça-feira, 25 de outubro de 2011

SERÁ?

EUA desmantelam B53, última 'superbomba' nuclear de seu arsenal.

Poder destrutivo é centenas de vezes maior que o da bomba de Hiroshima.
Ato se alinha a planos de Obama para diminuir nº de bombas existentes.

A última bomba B53 dos Estados Unidos, com poder destrutivo centenas de vezes maior do que a bomba atômica jogada sobre Hiroshima na II Guerra Mundial, está sendo desmantelada nesta terça-feira (25) na planta nuclear Pantex, perto de Amarillo, no Texas.
Esse desmantelamento completa o programa planejado pelo Administração Nacional de Segurança Nuclear um ano antes do prazo previsto, segundo o próprio órgão governamental, e está alinhado com os planos do presidente Barack Obama em diminuir o número de bombas nucleares existentes.
De cor cinza, 4.500 kg de peso e do tamanho de uma caminhonete, o dispositivo tinha o poder de "apagar" da face da Terra uma zona metropolitana inteira ao ser lançada com seus nove megatons de potência de um bombardeiro B-52.
O desarmamento desta bomba é "significativo em razão de se tratar da última deste tipo de armas multimegatônicas que as potências nucleares costumavam construir durante a Guerra Fria", disse Hans Kirstensen, diretor do projeto de informação nuclear da Federação de Cientistas dos Estados Unidos.
"O mundo será um lugar mais seguro após a desmontagem desta arma", disse Thomas D'Agostino, diretor da Administração Nacional de Segurança Nuclear, em um comunicado divulgado pela Pantex.
A bomba nuclear B53 é vista em um depósito da Pantex (Foto: Reuters//National Nuclear Security Administration) 
A bomba nuclear B53 é vista em um depósito da Pantex (Foto: Reuters//National Nuclear Security Administration)
 
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/10/eua-desmantelam-b53-ultima-superbomba-nuclear-de-seu-arsenal.html

 

Comitê dos EUA recomenda que meninos tomem vacina contra HPV.

Vírus é sexualmente transmissível e pode levar a câncer.
Uso já é recomendado para as meninas.

 Um comitê assessor do governo americano recomendou esta terça-feira que os meninos sejam vacinados contra o vírus do papilomavírus humano (HPV), uma doença sexualmente transmissível que pode evoluir para o câncer.

 

Todos os meninos de 11 a 12 anos deveriam tomar a vacina, cujo uso já é recomendado para as meninas, segundo o Comitê Assessor sobre Práticas de Imunização (ACIP, na sigla em inglês), dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
"A vacina contra o HPV será uma proteção contra certas questões de saúde relacionadas com o HPV e com o câncer nos homens, e a vacinação dos homens com HPV também pode proporcionar uma proteção indireta nas mulheres, mediante a redução da transmissão do HPV", informou o comitê em um comunicado.
Se os CDC aceitarem as recomendações do painel, será solicitada cobertura a todas as companhias de seguros sem que o paciente tenha que compartilhar os gastos.
Mudança
As últimas recomendações representam uma mudança no aconselhamento que os médicos costumavam dar. Até o momento, eles indicavam a vacinação dos meninos e rapazes até os 21 anos, mas agora a pretensão seria de que a prática se tornasse rotineira, embora não seja obrigatória.
Anne Schuchat, diretora do Centro Nacional de Imunização e Doenças Respiratórias dos CDC, o nível relativamente baixo da vacinação entre as meninas foi uma razão chave para a mudança.
"A vacina contra o HPV não está sendo muito solicitada entre as adolescentes", disse, considerando que a taxa de imunização é "decepcionante".
O comitê considerou em que, além de reduzir a carga sobre as mulheres e as meninas, a vacina contra o HPV permitirá prevenir o câncer anal e as verrugas genitais em meninos e homens.
"A vacinação masculina é mais eficaz quando a cobertura das mulheres é baixa", explicou.
Boato
A vacina contra o HPV virou o centro das atenções no país no mês passado, quando a pré-candidata à presidência dos EUA pelo Partido Republicano, Michele Bachmann, disse durante um debate ter ouvido falar que poderia causar atraso mental.
No entanto, não foram documentados casos do tipo pelas autoridades sanitárias e Schuchat reiterou que até agora foram distribuídas no país quase 40 milhões de doses da vacina contra o HPV, que é considerada segura.
Os efeitos colaterais mais comuns são uma leve inflamação no local da injeção, dor de cabeça e febre leve ou moderada, afirmou.
O HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum, e tem mais de 40 subtipos, alguns dos quais podem causar câncer cervical e verrugas genitais. Mas normalmente, o HPV não causa sintomas.
Segundo os CDC, pelo menos 50% dos homens e mulheres sexualmente ativos contrairão HPV em algum momento de suas vidas.
Geralmente o organismo humano consegue eliminar a infecção sozinho em dois anos, mas certos suptipos do vírus, conhecidos como cepas oncogênicas, podem evoluir para o câncer e precisam ser acompanhados de perto.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/10/comite-dos-eua-recomenda-que-meninos-tomem-vacina-contra-hpv.html

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

 


Nova chance para os pulmões

Procedimento aumenta a capacidade respiratória de portadores de enfisema, doença que costuma atingir os fumantes

Mônica Tarantino
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Uma nova modalidade de tratamento está chegando ao País para aliviar os sin­tomas dos portadores de enfisema grave, uma doença crônica que progressivamente debilita a capacidade respiratória e prejudica a qualidade de vida. Vinte por cento da po­pulação mundial acima de 65 anos convive com o problema, a maioria fumante (o tabagismo é o mais importante fator de risco).

A enfermidade deteriora os alvéolos, estruturas pulmonares que realizam as trocas gasosas com o sangue. Isso torna mais lenta e difícil a eliminação do ar contido no órgão. Com o tempo, os pulmões ficam cada vez mais dilatados, o que aumenta a falta de ar e o cansaço. A técnica que agora começa a ser usada no Brasil é feita para murchar a parte do pulmão mais atingida pela doença. Dessa maneira, cria-se mais espaço no tórax para o órgão se expandir durante a inspiração.

O método consiste na colocação de pequenas válvulas nos canais que levam o ar até os pulmões, os brônquios. A missão desses dispositivos, feitos de silicone e nitinol (uma liga de níquel e titânio), é desviar o ar inspirado para as áreas do órgão menos atingidas pelo enfisema. “Quando a pessoa inspira, a válvula se fecha e impede que o ar entre nas regiões comprometidas. Quando a pessoa expira, a válvula se abre para permitir também o escape do ar contido nessas áreas”, explica o médico e pesquisador Hugo Goulart de Oliveira, Chefe do Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde o dispositivo foi testado e aprimorado por nove anos. O tratamento foi avaliado em outros seis países. Atualmente, a técnica está disponível em mais de 20 países na Ásia e Europa.
Até agora, pacientes em estado grave eram tratados com remédios broncodilatadores, reabilitação respiratória e cilindros de oxigênio para dar mais fôlego àqueles que muitas vezes não conseguem sequer levantar da cama. Nos casos severos, as alternativas eram a internação para ventilação artificial ou o transplante. Havia uma terceira possibilidade, que era a cirurgia de redução de volume pulmonar. “Porém ela tem alto risco de mortalidade”, diz o pneumologista Oliveira. Por essa razão, nos Estados Unidos, menos de 100 operações desse tipo são feitas por ano.
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OPÇÃO
Rey usará válvulas para ter fôlego e ficar independente do cilindro de oxigênio
Diante desse quadro, a colocação das válvulas é uma luz no fim do túnel. “Elas não curam o enfisema, mas melhoram imensamente a qualidade de vida de doentes bem selecionados”, diz o cirurgião torácico Luis Carlos Losso, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcellos, de São Paulo, um dos hospitais paulistanos de primeira linha que começam a realizar o procedimento. Uma das condições é que a enfermidade não tenha acometido gravemente todo o pulmão. Bem indicada, a técnica proporciona a recuperação de até 25% da capacidade respiratória.

O aposentado carioca Oscar Taubkin, 73 anos, é um dos 64 brasileiros submetidos ao novo método na fase em que sua realização era supervisionada pela equipe gaúcha. Ele recebeu três válvulas no pulmão direito. “Eu não conseguia mais sair de casa”, conta. “Dois dias depois de pôr as válvulas, fui a uma churrascaria e no mesmo mês viajei à Europa.” O procedimento de Taubkin foi pago pelo convênio, mas isso ainda não é regra.

A nova opção para os pacientes de enfisema por enquanto não está disponível na rede pública e tem custo elevado. “O que se espera é que o governo faça as contas e entenda que vale a pena pagar pelas válvulas para reduzir as internações e complicações”, diz o paulistano Arnaldo Salgueiro Rey, 47 anos, que passará pelo procedimento esta semana. Para tratar seu enfisema, surgido há 14 anos em consequência de uma deficiên­cia genética rara, ele toma medicamentos, usa oxigênio e fez redução pulmonar. “As válvulas me ajudarão a viver mais livre, sem carregar um equipamento para respirar”, diz Rey. 
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Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/168018_NOVA+CHANCE+PARA+OS+PULMOES

Vitaminas sob suspeita.

Estudo revela que o consumo indiscriminado de cápsulas de vitaminas e minerais pode elevar a mortalidade entre mulheres acima de 55 anos.

Mônica Tarantino
 
Mais de um terço da população adulta de países ricos toma suplementos vitamínicos regularmente por conta própria. Mas, em vez de proteger, ingerir doses de vitaminas e minerais sem ter alguma carência nutricional que justifique o consumo pode ter efeito contrário e contribuir para um aumento de risco de morrer. O alerta foi feito na semana passada por pesquisadores de várias instituições liderados pelo cientista Jaakko Mursu, da Universidade de Kuopio, na Finlândia, e da Escola de Saúde Pública da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. Eles acompanharam 38 mil mulheres americanas na faixa etária de 55 a 66 anos por cerca de duas décadas para chegar a essa conclusão. Durante as entrevistas iniciais para conhecer o perfil das voluntárias de um estudo para medir o impacto do consumo de suplementos na saúde dessa população e na sua mortalidade, Mursu e seus colaboradores descobriram que 63% das participantes do projeto tomavam algum tipo de suplemento vitamínico ou mineral para prevenir doenças crônicas. Com o passar do tempo, esse índice chegou a 85%.

A análise dos dados coletados levou os cientistas a concluir que se automedicar com vitaminas e suplementos sem necessidade traz sérios malefícios. “Descobrimos que tomar multivitamínicos e as vitaminas B6 e ácido fólico (ou B9), ferro, magnésio, zinco e cobre implica em uma elevação do risco de morte”, disse o cientista Mursu à ISTOÉ. Nas análises finais do trabalho, os pesquisadores viram que a suplementação com multivitamínicos e ferro foi a que mais fez subir os percentuais associados ao risco de morrer.

A explicação para os resultados é que a maioria desses compostos se torna nociva em quantidades elevadas. Isso aumenta as chances de reações que facilitam o desenvolvimento de doenças como câncer e problemas cardiovasculares. Os autores supõem que vitaminas e minerais produzam efeitos similares nas taxas de risco de mortalidade entre os homens, mas isso ainda não foi pesquisado. O trabalho foi publicado na última edição da revista científica americana “Archives of Internal Medicine”.

Os achados da pesquisa, chamada de Estudo Iowa (porque foi realizada com mulheres do Estado do Iowa, nos EUA), somam-se a uma série de trabalhos consistentes realizados e em andamento que colocam em xeque a crença dis­seminada de que não faz mal engolir de vez em quando alguns comprimidos multivitamínicos. Em 2007, por exemplo, uma investigação com 181 mil participantes apontou uma taxa de morte 5% maior entre os adeptos do consumo de vitaminas antioxidantes (A, E, C e betacaroteno).

Na prática, é um tema que envolve pontos de vista opostos entre correntes da medicina, interesses da indústria farmacêutica e a atração exercida pelos poderes protetores da saúde atribuídos a essas substâncias e enaltecidos pela publicidade. Respostas definitivas virão por meio de um esforço da medicina para empreender profundas revisões de ensaios clínicos publicados e para fazer novas investigações. Mas como agir enquanto prevalece a dúvida? “Aconselhamos quem usa suplementos a reconsiderar se deve continuar ingerindo-os. Deem atenção à dieta. Suplementos raramente são necessários, e sua introdução na alimentação deve ser justificada por um motivo médico”, sugere o finlandês Mursu.
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Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/168015_VITAMINAS+SOB+SUSPEITA 

Mudanças no clima já afetam litoral norte de SP.

Além da elevação da maré, inundações e deslizamentos de terra devem ocorrer com maior frequência, aumentando áreas de risco, dizem cientistas.

 

ALEXANDRE GONÇALVES - O Estado de S.Paulo
O aquecimento global já afeta o litoral norte de São Paulo. Além de elevar a maré, o fenômeno torna mais comuns eventos climáticos extremos. Catástrofes como deslizamentos e inundações deverão ocorrer com mais frequência na região. O alerta foi dado pela Rede Litoral, grupo que integra cientistas de diversas instituições no Estado e em Minas.
Paolo Alfredini, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), analisou dados registrados desde 1944 nos marégrafos do litoral norte. Descobriu que a maré baixa tem crescido sete centímetros por década. Ele não tem dúvidas quanto ao papel desempenhado pelo aquecimento global nas transformações. E prevê, para o próximo século, uma taxa de elevação da maré de um centímetro por ano.
A frequência de chuvas torrenciais também preocupa. A pesquisadora Graziela Balda Scofield, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec-Inpe), reuniu os dados de 1970 a 1999 de sete pluviômetros distribuídos na região costeira do litoral norte.
Graziela criou um modelo computacional para analisar a evolução das chuvas e identificou um provável aumento no número de fenômenos de maior intensidade na região.
A pesquisadora afirma que não é possível atribuir, de forma inequívoca, a mudança ao aquecimento global, embora a hipótese seja plausível.
Há fortes indícios de uma intensificação dos fenômenos climáticos. Em Caraguatatuba, o modelo apontou uma diminuição no número de dias com chuvas no ano, mas a precipitação total permaneceu estável. Na prática, ocorreram mais eventos com chuva intensa no ano. Resultados semelhantes foram obtidos para as demais cidades: São Sebastião, Ubatuba e Ilha Bela.
Desastre. Os municípios do litoral norte estão prensados em uma faixa estreita de terra entre a Serra do Mar e o Oceano Atlântico, descreve Marcos Eduardo Cordeiro Bernardes, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei). "A elevação do nível do mar e a intensificação das chuvas, que fazem transbordar os rios que descem a serra, tornam as cidades vulneráveis", diz.
Ele está estudando o impacto dos eventos climáticos na dinâmica da água e dos sedimentos levados pela correnteza ou pela maré. Sua pesquisa tentará responder, por exemplo, o impacto das mudanças em um possível assoreamento do Rio Juqueriquerê, único navegável na região.
Apenas 5% das regiões costeiras no litoral norte não apresentam risco algum de desastre natural. O porcentual constitui uma primeira aproximação, fruto dos cálculos de estudiosos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). O pesquisador do ITA, Wilson Cabral de Souza Junior, pretende agora estimar a vulnerabilidade específica - que pode variar de baixa a alta - nas regiões onde há algum risco (ou seja, 95% do território).
Souza Junior coordena um grupo que tenta estimar os custos financeiros e humanos dos eventos climáticos extremos. Outra equipe do instituto procura identificar como os materiais e estruturas utilizados em obras de engenharia na região reagem às intempéries decorrentes do aquecimento global.
Propostas. "Há também um terceiro grupo que pretende formular propostas e políticas que possam ser aplicadas na região para minimizar o risco", explica Wilson, que também atua como coordenador geral da rede. "Mas o trabalho ainda é incipiente."
Bernardes não tem dúvida de que a rede só se justifica se produzir conhecimento capaz de ser traduzido em políticas públicas. "Estamos tentando estabelecer uma colaboração com as prefeituras do local", afirma.
Emilia Arasaki, da Poli-USP, também considera importante o diálogo com as autoridades locais. "Mas é um enorme desafio para os políticos: algumas decisões necessárias não são populares, como remover moradores de uma área de risco."
O grupo já realizou três workshops. Dois deles dentro das instituições de pesquisa que apoiam a rede e um, em Caraguatatuba. O próximo, que ocorrerá nos dias 24 e 25 de novembro, será em São Sebastião (SP). A ideia é atrair para o debate gestores públicos e associações da sociedade civil.
'A questão é quando vai acontecer algo ruim'
A aposentada Maria José da Silva, de 65 anos, mudou-se há 26 anos para Caraguatatuba, no litoral norte paulista. Queria tratar achaques do coração e dos ossos. Seu trabalho é sentar sob um toldo na calçada e vigia carros de médicos, dentistas e enfermeiros no posto de saúde do bairro Casa Branca. Sua casa está no sopé de um morro que técnicos consideram área de risco, mas garante que não tem medo: "Não vai acontecer nada não."
Emanoel Gomes de Carvalho discorda. Ele já trabalhou na Defesa Civil do município e hoje atua no Grupo de Auxílio Civil (GAC), organização que colabora com as autoridades locais em situações de emergência. Ele acredita que o futuro reserva desastres graves. "Áreas de risco são assim. A questão não é se vai acontecer algo ruim, mas quando algo ruim vai acontecer", afirma. Emanoel conhece bem a região e guiou cientistas da Rede Litoral que queriam conhecer áreas vulneráveis da cidade.
Ele aponta que quase todas as pessoas que vivem em áreas consideradas de risco convencem-se de que não há problema algum. A emprega doméstica Valdineia Anerth, de 36 anos, é vizinha de Maria José. Quando começa a chover à noite, recebe sempre uma ligação da sogra: "Vem dormir aqui em casa com as crianças. Tenho medo que a casa de vocês caia." Mas ela nunca vai. "Não tenho medo", diz.
Mas o pesquisador Paolo Alfredini, da Escola Politécnica da USP (Poli-USP), teme o que pode acontecer. Ele recorda a tragédia de 1967, quando um deslizamento em Caraguatatuba deixou 436 mortos e cerca de 3 mil desabrigados. "Isso ocorreu quando Caraguatatuba tinha 15 mil habitantes", recorda. "Hoje a cidade tem 100 mil, grande parte vivendo em áreas de risco."
Ele espera que os estudos da Rede Litoral sirvam para evitar tragédias semelhantes ou de ainda maiores proporções. / A.G.
Caraguatatuba foi em boa parte destruída por uma catástrofe causada pelas chuvas em 1967. Mais de 40 anos depois, áreas de risco afetadas na época estão novamente ocupadas por invasões. São os casos do Bairro do Rio do Ouro, Caputera e Benfica.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,mudancas-no-clima-ja-afetam-litoral-norte-de-sp,789598,0.htm

domingo, 23 de outubro de 2011

Além da biologia: pesquisador britânico fala sobre como saúde pode ser afetada por fatores sociais e econômicos.

Em entrevista ao site de VEJA, Michael Marmot, autor do famoso estudo Whitehall, pioneiro em determinar a relação entre o surgimento da doença e os aspectos sociais associados a ela, diz que crise não é desculpa para diminuir investimentos em saúde.

Natalia Cuminale, do Rio de Janeiro

"A questão é: qual o sentido de tratar as doenças das pessoas, mas depois mandá-las de volta para a mesma situação que as deixa doentes?" — Michael Marmot, professor da University College London e presidente da Comissão de Determinantes Sociais da Saúde na Organização Mundial da Saúde
A saúde não se limita ao fator biológico — ela é influenciada por condições sociais, ambientais e econômicas. Michael Marmot, professor da University College London, é um dos responsáveis por consolidar esse conceito. Ele liderou durante 30 anos pesquisas sobre as desigualdades relacionadas à saúde da população. Marmot é o principal autor do famoso estudo Whitehall que, em sua primeira fase, iniciada em 1967, acompanhou a vida de 18.000 funcionários públicos da Grã-Bretanha por cerca de 10 anos (o estudo Whitehall II foi iniciado em 1985). O estudo mostrou que pessoas que tinham um nível hierárquico inferior de trabalho tinham uma taxa de mortalidade três vezes maior do que quem estava em posição superior na hierarquia. Um fato que, segundo ele, pode ser replicado para todas as classes sociais.
"Qual o sentido de tratar as doenças das pessoas, mas depois mandá-las de volta para a mesma situação que as deixa doentes?", pergunta Marmot. Ele cita Glasgow, na Escócia, onde a expectativa de vida para os homens mais pobres é de 54 anos - enquanto os moradores mais ricos vivem até os 82 anos. Uma diferença de 28 anos. "As pessoas pensam: se todo mundo ao meu redor morre aos 54 anos, por que vou parar de fumar, limitar o consumo de bebida ou o consumo de calorias?", diz Marmot. Uma relação direta entre a condição social de um indivíduo e sua fisiologia.
Discutir estratégias para reduzir essa desigualdade é o tema da Conferência Mundial de Determinantes Sociais da Saúde, que ocorre no Rio de Janeiro até esta sexta-feira. Representantes de mais de 100 países do mundo, entre ministros e pesquisadores, se reúnem para estabelecer metas e melhorar os indicadores sociais de cada país. Promovido pela Organização Mundial da Saúde, o evento conta com a participação da presidente da entidade, Margaret Chan, do ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, e mais 60 ministros de outras nações.
Marmot, que preside a Comissão de Determinantes Sociais da Saúde na Organização Mundial da Saúde, e também é diretor do Instituto Internacional de Sociedade e Saúde, está no Rio para participar da Conferência e concedeu entrevista ao site de VEJA. "Não digo nada que eu não possa justificar baseando-me em evidências", diz o pesquisador.
Para o senhor, qual a importância de uma conferência como esta? É comum que, ao pensar em saúde, as pessoas pensem em assistência à saúde. É a primeira coisa que vem a cabeça da população e também dos governantes. A Comissão de Determinantes Sociais da Organização Mundial da Saúde, da qual fui presidente, trouxe um conjunto de evidências do mundo inteiro que mudou esse conceito. Está claro que você não precisa apenas de assistência à saúde para ser saudável. A saúde de um indivíduo vai além disso. Depende de aspectos sociais e ambientais. Quando uma pessoa fica doente,ela precisa de atendimento. Mas não é a falta de atendimento que causa a doença. Por exemplo, alguém que tem dor de cabeça, mas não tem aspirina. A deficiência de aspirina não é causa da dor de cabeça. Ela é causada por outra coisa. A questão é: qual o sentido de tratar as doenças das pessoas, mas depois mandá-las de volta para a mesma situação que as deixa doentes? Sabemos que as circunstâncias que as pessoas nascem, crescem e envelhecem, como o acesso a dinheiro e recursos, levam a essas condições na vida cotidiana. Alguma coisa deve ser feita.
Você é pioneiro na pesquisa científica sobre a relação entre o surgimento da doença e os aspectos sociais associados a ela. O que se sabe sobre isso até agora? Eu fiz – e continuo fazendo – um estudo longitudinal com funcionários públicos britânicos. É uma população muito interessante de se estudar. Eles excluem as pessoas muito pobres e também os muito ricos. Descobrimos uma gradiente social, ou seja, uma relação entre o nível hierárquico de trabalho e a saúde dos trabalhadores. Funcionários do governo que tinham cargos altos tinham uma saúde melhor do que aqueles com cargos medianos – e estes tiveram melhores resultados do que quem trabalhava em cargos piores. Por que isso importa? Quem disser que isso ocorre por culpa da pobreza, está equivocado. Porque o meu estudo na Grã-Bretanha não está falando de pessoas que vivem no limite da pobreza, com menos de U$1,25 por dia. O que encontramos neste estudo feito com funcionários públicos pode ser replicado para qualquer lugar do mundo — desde Porto Alegre até a Uganda, dos países mais ricos aos mais pobres. É claro que temos que nos preocupar com a extrema pobreza. Mas a preocupação não deve parar por aí. A igualdade de condições também é importante para a saúde das pessoas. A ideia é dar a toda população as mesmas condições de qualidade de vida e de saúde que têm as pessoas do topo da sociedade.
Como o status econômico pode afetar a fisiologia de uma pessoa? Diria que de duas formas. Uma delas é que pessoas com maior nível de instrução são mais ativas fisicamente, menos propensas a fumar e a se tornarem obesas, entre outros hábitos saudáveis. Então, com a educação, as habilidades e o conhecimento, você tem a atitude de controlar a sua vida e pensar no futuro. Tem o luxo de planejar o futuro. Em Glasgow, a expectativa de vida para os homens mais pobres é de 54 anos, enquanto os moradores mais ricos vivem até os 82 anos. Uma diferença de 28 anos. Há um exemplo de um conhecido em Glasgow que disse: “Eu não tenho plano de pensão para quando eu me aposentar”. Ao perguntar por que não, ele disse saber que não viveria tanto tempo. Se eu pensar que todo mundo ao meu redor morre aos 54 anos, por que vou ligar para parar de fumar, limitar o consumo de bebida ou o consumo de calorias? Ao olhar para as causas de morte em Glasgow, nós vemos que muitas têm a ver com drogas, envenenamento, suicídio e mortes violentas — são todas causas psicossociais. E essa é a outra forma. Em outras palavras, as pessoas sentem-se estressadas. Elas não têm o controle de suas próprias vidas e abusam de drogas e de álcool. Se por um lado, há um comportamento de risco, por outro há os causados por estresse, que também têm um efeito claro em relação à biologia.
Como a crise financeira mundial pode afetar as pessoas nesse sentido? De várias formas, em alguns países a qualidade de vida caiu. Nos últimos 12 meses, a inflação subiu cerca de 5% e os salários cresceram 1,2%. Ou seja, as pessoas ficaram quase 4% mais pobres somente neste ano. A crise financeira significa que as pessoas sentem-se pobres, elas estão pobres e as desigualdades aumentam.  Não apenas nas áreas econômica e social, mas também na saúde.
Como evitar esse cenário? Existem algumas recomendações. Investir no desenvolvimento da primeira infância, em educação, garantir o emprego e condições de trabalho, ter o mínimo de dinheiro para sobreviver, acesso à saúde e prevenção.
Como investir nesses fatores quando o problema é a falta de dinheiro? É uma questão de visão. Sabemos que para cada dólar gasto no desenvolvimento infantil, há um retorno de sete dólares. O que significa menos delinquência, menos crime, menos desemprego. É fato que não vai retornar amanhã, mas virá a longo prazo. O pensamento a curto prazo é extremamente perigoso para um governo. A crise financeira não pode ser uma desculpa para interromper o investimento em saúde. Você não pode parar de investir em desenvolvimento infantil e educação e justificar isso com a falta de dinheiro. Porque com isso viriam crises ainda piores. Não podemos arcar com isso.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/alem-da-biologia-pesquisador-britanico-fala-sobre-como-saude-pode-ser-afetada-por-fatores-sociais-e-economicos

Mudança climática e desmatamento poderão causar prejuízos irreversíveis na Amazônia.

Estudo analisou dados de satélite e identificou as regiões mais sensíveis à influência humana e à alteração dos regimes de chuva.

Marco Túlio Pires
O desmatamento na região amazônica e a falta de chuvas poderá transformar, permanentemente, parte da floresta em savana O desmatamento na região amazônica e a falta de chuvas poderá transformar, permanentemente, parte da floresta em savana (iStockphoto)
A floresta amazônica e outras regiões tropicais poderão sofrer alterações abruptas por causa das mudanças climáticas, passando de florestas densas a savanas, e de savanas a estados com total ausência de árvores, segundo estudo realizado por cientistas da Universidade de Wageningen, Holanda, e publicado no periódico Science.

A equipe da cientista brasileira Marina Hirota mostra a fragilidade de florestas tropicais e savanas em função da quantidade de cobertura arbórea e de chuvas em três continentes: África, Austrália e América do Sul. Dentre as áreas mais sensíveis está a região amazônica. Os autores utilizaram os resultados dessas relações para prever onde florestas e savanas são mais vulneráveis a mudanças nos regimes de chuva.

De acordo com a pesquisa, o sul da Amazônia, conhecido como "arco do desmatamento", por causa da pressão que a ocupação humana exerce na região, poderá deixar de ser floresta para se transformar permanentemente em savana. A região é afetada pela constante remoção ilegal de árvores. A transformação, sugere o estudo, é potencializada por causa das mudanças climáticas.

Saiba mais

SAVANA
A savana é uma região cuja vegetação predominante é de árvores esparsas, arbustos isolados e gramíneas. O cerrado brasileiro é um tipo de savana.
TIPPING POINTS
Os "tipping points" são pontos geralmente sem volta, quando um ambiente entra em transição para se transformar em outro, uma savana em deserto, por exemplo.
De acordo com a pesquisa, a vegetação mundial se alterna entre três tipos: florestas, savanas e estados com ausência de árvores, com picos de aproximadamente 80%, 20%, e menos de 5% de cobertura arbórea, respectivamente. "Nossa teoria afirma que as florestas podem se transformar diretamente em uma savana, o que chamamos de tipping points, ou pontos de inflexão do sistema. Quando isso acontece, geralmente não há mais volta", diz Marten Scheffer, um dos autores da pesquisa. "Ficamos surpresos com a maneira como os dados apoiaram essa teoria dos estados alternativos."

Irreversível - O estudo também mostra os lugares do planeta onde há potencialmente os maiores riscos de colapso e as maiores oportunidades de recuperação da floresta. "Conforme um sistema se aproxima de um 'tipping point', ele se torna altamente vulnerável", diz Scheffer. "Perturbações relativamente pequenas, tais como um ano ligeiramente mais seco ou um desmatamento de pequena escala, podem disparar um transição crítica para outro estado de equilíbrio”.
Mas existe uma possibilidade de reverter o processo. Os resultados revelam que locais sem nenhuma cobertura arbórea poderiam se tornar savanas, por exemplo, por meio de técnicas de manejo. "A cobertura arbórea é um dos aspectos que mais definem a paisagem dos ecossistemas", diz Milena Holmgren, uma das autoras do estudo e especialista em ecologia vegetal. “No entanto, é surpreendente quão pouco entendemos as condições que determinam a existência de florestas, savanas ou desertos”.

A especialista explica que o volume das chuvas é um dos poucos fatores conhecidos. "Desertos são encontrados em lugares mais secos e as florestas em lugares mais úmidos. Entretanto, o que ocorre em condições intermediárias vem sendo debatido por muito tempo”.

Amazônia - Um dos maiores desafios dos cientistas que estudam a região amazônica é compreender os potenciais impactos das mudanças climáticas na floresta. “Nosso estudo mostra que a floresta é mais vulnerável climaticamente em áreas em que a interferência humana negativa é muito alta", explica a pesquisadora Marina Hirota.

Ela se uniu à equipe de Wageningen após finalizar seus estudos no Brasil sobre a fragilidade da Amazônia associada às mudanças climáticas. "Esse tipo de informação pode ser utilizada em tomada de decisões, a partir da avaliação dos riscos e das oportunidades ligadas aos ecossistemas tropicais que ainda cobrem grandes porções do nosso planeta”.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/mudanca-climatica-e-desmatamento-poderao-causar-prejuizos-irreversiveis-na-amazonia

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