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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Exercício melhora a atenção.

Publicado em 23 de Jul de 2013 por Ana Paula Ferreira 

Pesquisa conclui que a boa saúde física se relaciona ao melhor funcionamento dos sistemas nervosos autônomo e central. Entenda.

Texto: Romulo Osthues / Foto: Shutterstock / Adaptação: Ana Paula Ferreira
Apesar das conclusões das pesquisas, um dos autores alerta 
que investigações futuras ainda
são necessárias para comprovar as descobertas iniciais. 
Foto: Shutterstock
Cientistas da Universidade de Granada (Espanha) afirmam que é verdade: a boa saúde física se relaciona ao melhor funcionamento dos sistemas nervosos autônomo e central. Aqueles que praticam esportes reagem mais rapidamente a estímulos externos introduzidos aleatoriamente enquanto estão fazendo uma atividade monótona (ação chamada “atenção sustentada”). Ou seja: quanto mais você se exercita no dia a dia, mais concentrado ficará quando estiver participando de uma reunião no trabalho ou prestando atenção em uma aula. “Tanto o resultado fisiológico quanto o comportamental sugerem que o benefício principal derivado de uma boa condição física parecia estar associado ao processo implicado pela atenção sustentada”, afirma Antonio Casado, o principal autor. Ele alerta que investigações futuras ainda são necessárias para comprovar as descobertas iniciais — estas que foram realizadas com 28 homens jovens, entre 17 e 29 anos de idade.

Revista VivaSaúde edição 123

Alimentação e doenças

Pular o café da manhã faz mal ao coração, diz estudo.

Segundo pesquisa americana, homens que não fazem o desejejum regularmente têm um risco maior de infartar ou morrer por doença coronariana.

Homem tomando café-da-manhã
Alimentação: deixar de tomar café da manhã pode ser um hábito ruim para a saúde cardíaca (Thinkstock)

O café da manhã é a refeição mais importante do dia por uma série de motivos — entre eles, por fornecer ao corpo energia suficiente para começar o dia e evitar que uma pessoa tenha muita fome na hora de almoçar e, consequentemente, coma exageradamente. Uma nova pesquisa feita na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, confirma a importância do desjejum ao engrossar a lista de problemas que essa refeição ajuda a evitar. Segundo o estudo, homens que pulam o café da manhã têm 27% mais riscos de infartar ou de sofrer uma doença coronariana fatal.

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DOENÇA CORONARIANA
Também chamada de coronariopatia, é uma doença cardiovascular na qual as artérias coronárias, que levam o sangue ao músculo cardíaco, encontram-se bloqueadas parcial ou completamente. Esse bloqueio é provocado pelo depósito de colesterol e outras gorduras nas paredes das artérias. Atinge os homens, em geral, dez anos mais cedo que as mulheres, que costumam desenvolver a doença após a menopausa. Idade avançada, pertencer ao sexo masculino e ter histórico familiar da doença na família são alguns dos fatores de risco do problema — que também envolvem hábitos de vida, como tabagismo, má alimentação, sedentarismo e obesidade.
De acordo com Leah Cahill, pesquisadora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública de Harvard e coordenadora do estudo, pular o café da manhã pode levar a um ou mais fatores de risco ao coração, como obesidade, pressão alta e diabetes.
A pesquisa, publicada nesta segunda-feira no periódico Circulation, aplicou, ao longo de 16 anos, vários questionários sobre hábitos alimentares em 26.902 homens de 45 a 82 anos de idade.
Resultados — Ao final do estudo, a equipe descobriu que os participantes que tinham o hábito de pular o desjejum apresentaram um risco 27% maior de infartar ou de morrer em decorrência de uma coronariopatia, em comparação com aqueles que faziam a refeição. De acordo com o levantamento, os homens que não tomavam café da manhã tendiam a ser mais jovens, eram mais propensos a fumar, a trabalhar em período integral, e a ser solteiros e sedentários.
“Não pule o café da manhã. Essa refeição está associada a uma diminuição do risco de ataques cardíacos. Incorporar alimentos saudáveis é uma forma fácil de garantir que a refeição forneça uma quantidade de energia adequada e um equilíbrio de nutrientes saudáveis”, diz Leah. “Adicionar nozes e frutas picadas em uma tigela com cereal integral, por exemplo, é uma ótima maneira de começar o dia.”
Leia também: Café da manhã rico em proteínas reduz apetite

Em Veja Online

ANS autoriza reajuste de 9,04% para planos de saúde.

Reajuste poderá ser cobrado retroativamente, de acordo com data de aniversário do plano; serão afetados 8,4 milhões de beneficiários.

Mulher em consulta no médico ginecologista
Planos de saúde: para o reajuste, a ANS considerou também o impacto de fatores como a utilização dos sessenta novos procedimentos incluídos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde ao longo de 2012 (Thinkstock)

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta segunda-feira que estão autorizados reajustes de até 9,04% para planos de saúde individuais e familiares. O porcentual, aprovado pelo Ministério da Fazenda, é o teto válido para o período entre maio de 2013 e abril de 2014, e vai afetar os contratos de cerca de 8,4 milhões de beneficiários — que representam 17,6% dos consumidores de planos de assistência médica no Brasil.
As operadoras esperam a autorização do reajuste desde maio. Em março, fontes de seguradoras e operadoras de saúde mostravam preocupação de que a alta da inflação em 2013 pudesse fazer com que a autorização de reajustes nos planos individuais atrasasse. Isso porque a aprovação depende não só da ANS, mas também de um aval do Ministério da Fazenda. Em 2012, já havia ocorrido atraso e a aprovação saiu ao final de junho.
As companhias de saúde estão autorizadas, porém, a cobrar a diferença entre as mensalidades antigas e novas retroativamente, de acordo com a data de aniversário dos contratos. É permitida a cobrança de valor retroativo caso a defasagem entre a aplicação e a data de aniversário seja de, no máximo, quatro meses.
Leia também: ANS quer criar ouvidorias para os planos de saúde
Reajuste — Diferentemente dos planos coletivos nos quais operadoras negociam preços com empresas contratantes livremente, os planos individuais têm reajuste controlado pela ANS. O porcentual autorizado leva em consideração a média do aplicado pelas operadoras aos planos coletivos com mais de trinta beneficiários. Em nota, a ANS informou que, neste ano, foi considerado também o impacto de fatores externos como a utilização dos sessenta novos procedimentos incluídos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde ao longo de 2012.
(Com Estadão Conteúdo)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Adiar a aposentadoria diminui o risco de Alzheimer.

Conclusões de pesquisa francesa mostram que cada ano de trabalho diminui em cerca de 3% o risco de uma pessoa ter demência.

Idosos: Computador pode ser aliado para manter boa saúde mental
Cognição: Quanto mais anos uma pessoa trabalha, menor o seu risco de sofrer alguma demência no futuro (Thinkstock)

Uma nova e extensa pesquisa feita na França fornece ainda mais evidências para a teoria de que devemos colocar o nosso cérebro para trabalhar se não quisermos sofrer com problemas de memória e raciocínio na velhice. Segundo o estudo, pessoas que adiam a aposentadoria têm um risco menor de ter a doença de Alzheimer ou outro tipo de demência ao longo dos anos.

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COGNIÇÃO
Conjunto de processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação, no reconhecimento, na memória, no juízo, na imaginação e na linguagem. O comprometimento cognitivo é uma das características mais importantes da demência, como na doença de Alzheimer.
De acordo com Carole Dufouil, cientista do Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica da França (Inserm) e coordenadora do estudo, cada ano adicional de trabalho reduz o risco de demência em cerca de 3%. Ou seja, segundo sua pesquisa, um indivíduo que se aposenta aos 65 anos, por exemplo, apresenta uma chance quase 15% menor de ter alguma demência do que uma pessoa que se aposenta aos 60.
Carole apresentou esses resultados nesta semana na conferência da Associação Internacional de Alzheimer, em Boston, nos Estados Unidos. De acordo com ela, esse é o maior estudo já realizado sobre a relação entre tempo de trabalho e risco de demência. A pesquisa foi feita com base nos dados de aproximadamente 429.000 trabalhadores. A idade média dos participantes era de 74 anos e eles haviam se aposentado 12 anos antes, em média.

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A análise não considerou pessoas que desenvolveram demência enquanto trabalhavam – assim, a equipe eliminou a possibilidade de que parte dos participantes pudesse ter se aposentado devido ao problema cognitivo.

Benefícios do trabalho — Para os autores do estudo, essas conclusões fazem sentido, já que trabalhar mantém as pessoas conectadas socialmente, desafia constantemente as suas mentes e diminui a propensão de elas serem sedentárias – fatores conhecidos por prevenir o declínio cognitivo. “Nós não ficamos surpresos com os resultados, mas com a solidez deles”, diz Carole.  Em entrevista à revista Time, ela disse que o seu estudo sugere que “as pessoas devem trabalhar até quando desejarem, porque isso pode provocar benefícios à saúde”.

Em: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/adiar-a-aposentadoria-diminui-o-risco-de-alzheimer

domingo, 21 de julho de 2013

Ministro do TCU ‘rejuvenesce’ dois anos para evitar aposentadoria e presidir corte.

Raimundo Carreiro, que foi secretário-geral do Senado, apresentou registro de 1946 para conseguir o salário integral de aposentado pela Casa; mas, após chegar ao tribunal, foi à Justiça provar que nasceu em 1948, evitando a saída compulsória em 2016.

Fábio Fabrini para o Estadão Online

Nomeado há seis anos para o Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Raimundo Carreiro envelheceu, sem truque de beleza ou matemática, só quatro de lá para cá. Depois de assumir o cargo, conseguiu na Justiça mudar sua data de nascimento de setembro de 1946 para setembro de 1948 e, assim, esticar em dois anos a permanência na corte, tida como o "céu" de políticos e servidores públicos em fim de carreira.

A manobra adia a aposentadoria do ministro, obrigatória aos 70 de idade, e lhe assegura a posse na presidência do tribunal no biênio 2017-2018, escanteando colegas de plenário.
O comando do TCU é definido anualmente numa eleição pró-forma, que ratifica acordo de cavalheiros previamente costurado. O presidente exerce mandato de um ano, renovado sempre por mais um. Pela tradição, o escolhido é sempre o ministro mais antigo de casa que ainda não exerceu a função. O próximo da fila é Aroldo Cedraz, que tomou posse em janeiro de 2007, dois meses antes de Carreiro, e sucederá a Augusto Nardes no período 2015-2016. Em seguida, será a vez de Carreiro, que, com nova certidão de nascimento, tirou a cadeira de José Múcio Monteiro. "Pode ser consequência (assumir a presidência), mas não que o objetivo seja esse", diz Carreiro.
A decisão que o "rejuvenesceu" foi obtida na Comarca de São Raimundo das Mangabeiras, município do interior do Maranhão em que cresceu, foi vereador e se tornou influente. Para remoçar dois anos, Carreiro mostrou à Justiça certidão de batismo da Igreja de São Domingos do Azeitão, lugarejo vizinho a Benedito Leite, onde veio ao mundo. Preenchido à mão e de difícil leitura, o documento registra o nascimento de "Raimundo", filho de Salustiano e Maria, em 6 de setembro de 1948, e não nos mesmos dia e mês de 1946, como no registro civil original do cartório.
Antes de migrar para o TCU, em março de 2007, Carreiro se aposentou no Legislativo usando a idade antiga, ou seja, aos 60 anos contados de 1946, e salário integral. Deixou a Secretaria-Geral da Mesa do Senado para ser empossado no TCU. A remuneração bruta alcança hoje R$ 44 mil, mas, segundo o Senado, não é paga por causa dos proventos do TCU, não acumuláveis.
Em 2008, já aposentado, Carreiro recorreu à Justiça para "corrigir" a confusão. Desta vez, lhe interessava comprovar a data de nascimento de 1948.
A sentença da Justiça maranhense saiu em março de 2009. Antes de concordar com a troca do registro, o Ministério Público rejeitou duas vezes os documentos juntados por Carreiro. Foi preciso o ministro viajar para São Raimundo e levar à audiência o padre de São Domingos, com livro de batismo e tudo. "Sabe quantos dias ele ficou para dar esse parecer? Contei: 43", recorda Carreiro, reclamando do promotor Cássius Guimarães Chai: "Ele é muito conhecido lá, porque é muito ‘cri-cri’", acrescentou o ministro.
Reforçaram o conjunto probatório os depoimentos da mãe biológica, Maria Pinheiro da Silva, que corroborou a data, e os de dois conhecidos da época de menino. Questionado se o registro de batismo é 100% certo, o padre atual, José Edivânio de Lira, explica: "Aqui é comum dar os dados de cabeça. É um pouco mais preciso, apesar da dúvida".
Origem do problema. Embora nascido nos anos 1940, Carreiro só foi registrado em cartório em junho de 1965, em São Raimundo, o que era comum no passado. Na versão dele, foi por pressão dos políticos da época, interessados em qualificá-lo para votar, que o cartório marcou 18 anos de idade, e não 16. Com a fraude, sustenta, a irmã Floracy passou a ser, no papel, apenas três meses mais velha, ou seja, sem o intervalo de uma gestação. "Ficou por isso mesmo", diz Carreiro. Na ação, ele argumentou que, embora transcorrido tanto tempo, era alvo de chacota dos familiares e, nas consultas médicas, obrigado sempre a reiterar a idade "de fato".
No TCU, a notícia da retificação provocou críticas. "O poder rejuvenesce", ironizou fonte graduada do tribunal. Além de administrar a estrutura da corte, com um orçamento anual de R$ 1,5 bilhão, o presidente não relata e julga processos, cumprindo, a seu critério, agenda recheada de negociações políticas e viagens internacionais.

Um quarto do sódio ingerido no Brasil vem de comida processada.

CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO para a Folha Online

É o sal de cozinha, e não a comida industrializada, a principal fonte de sódio dos brasileiros. Ele responde por 71,5% do total do nutriente ingerido no país.
A conclusão é de estudo da Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação) com base em dados do IBGE de 2008 e 2009, obtido com exclusividade pela Folha. Os resultados têm aval do Ministério da Saúde.
Cada brasileiro consome, em média, 4,46 gramas de sódio por dia-o equivalente a 11,38 gramas de sal. O limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde é menos da metade: 5 g de sal (equivalente a 2 g de sódio).

Editoria de Arte/Folhapress
O nutriente é associado a maior risco de pressão alta e de doença cardiovascular.
Os produtos da indústria responderam por 23,8% do total da ingestão de sódio. "Essa acusação pesada em cima de nós, de que respondíamos por 80% do sódio consumido, se mostrou inverídica. Os dados do IBGE são insuspeitos", afirma Edmundo Klotz, presidente da Abia.
Segundo ele, as constatações do estudo não alteram o acordo com o Ministério da Saúde de reduzir 20.491 toneladas de sódio dos alimentos processados até 2020.
Pelo cronograma, o macarrão instantâneo deve estar hoje com 32,4% a menos de sódio, e a margarina vegetal deve chegar ao fim do próximo ano 57% menos salgada.
Eduardo Nilson, coordenador substituto de alimentos e nutrição do Ministério da Saúde, diz que Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já está recolhendo amostras e verificando rótulos para checar se o acordo está sendo cumprido.
Para o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), as metas estabelecidas são "tímidas", mantendo o consumo de sódio elevado e com pouca alteração do cenário atual do mercado.
Danilo Bandeira/Editoria de Arte/Folhapress
Sophie Deram, nutricionista do ambulatório de obesidade infantil do HC da USP, levanta uma outra questão: alimentos que ficaram fora do acordo, como alguns refrigerantes e sucos diet e light.
"São supostamente saudáveis, mas estão cheios de sal. A indústria baixou os níveis, mas há ainda muito sódio escondido", afirma.
Nilson, do ministério, diz que, em um primeiro momento, houve a necessidade de priorizar alimentos industrializados mais consumidos, mas que outras categorias podem entrar em acordo futuro.
Segundo o estudo da Abia, a maior parte do sódio foi consumida nas residências, sendo 59,7% do sal de cozinha. Outros 11,8% vieram do sal adicionado à alimentação fora de casa.
"Foi uma surpresa a indústria responder só por um quarto do sódio, e o sal de cozinha ser o grande vilão", afirma o endocrinologista Alfredo Halpern, chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do HC.
Na sua opinião, fica evidente a necessidade de campanhas públicas para a redução do sal no preparo e no consumo de alimentos. O ministério diz que já existem campanhas do gênero voltadas para mães e escolares.
"A população tem tendência de colocar muito sal nos alimentos e ainda adicionar mais quando come fora", afirma Sophie Deram, francesa.
Alguns restaurantes de São Paulo já estão retirando o sal da mesa, e só o colocam à pedido do cliente. O advogado Carlos Nunes, 56, diz que se surpreendeu com a novidade em um restaurante do Itaim (zona oeste de São Paulo).
"Colocava sal antes mesmo de experimentar a comida. Agora penso duas vezes."
A região Norte registrou o maior volume de consumo de sódio do país, com 5,41 g por habitante por dia (13,8 g de sal). Só o sal de cozinha respondeu por 10,8 g. Já no Sudeste, os alimentos industrializados foram responsáveis por 29,6% do sódio ingerido.

Surto de meningite atinge gays em Nova York.

JOANA CUNHA
DE NOVA YORK para a Folha Online

Em uma ameaça que faz lembrar o clima da proliferação da Aids nos anos 1980, uma nova onda de contaminação perturba a comunidade gay em Nova York.
Uma sequência de casos de meningite, que já matou sete homens desde 2010, contaminou mais quatro entre janeiro e fevereiro, de acordo com o Departamento de Saúde de Nova York.
Um dos caminhos do contágio, segundo as autoridades de saúde, são os aplicativos de celular usados para marcar encontros entre desconhecidos.
"Recomendamos a vacinação aos homens que tenham contato íntimo regularmente com outros homens por meio de encontros marcados pela internet, aplicativos digitais ou em festas e bares", informou o departamento.


Lançado em 2009, o Grindr é um dos mais populares. Ele oferece ao usuário fotos de rosto ou de corpo dos parceiros disponíveis na região.
Para colaborar com a campanha de prevenção da meningite, o programa deixou mensagens sobre o problema aos usuários em Nova York que acessassem o serviço.
O Scruff, outro aplicativo que oferece esse serviço, também cedeu espaço ao tema.
Aos que pretendem viajar para Nova York e participar da cena gay da cidade, é razoável se vacinar, segundo Demetre Daskalakis, do Centro Médico Langone, da Universidade de Nova York, que visita casas noturnas para aplicar as doses em interessados durante as festas.
O laboratório do departamento de saúde detectou que a meningite é bacteriana do grupo C. Há indicadores de que a variedade em circulação agora é uma alteração de outra existente em Nova York pelo menos desde 2003.
Reflexões sobre o motivo pelo qual só homens gays tenham sido contaminados são tratadas com cautela pelo receio de soarem homofóbicas.
"Não é promiscuidade, é concentração. Eles vão a bares para esse público e são uma comunidade relativamente fechada. A doença circula entre eles", disse Albert Levy, professor do New York Medical College.
Não é preciso fazer sexo para pegar meningite. Um cigarro compartilhado, um drinque ou um beijo podem levar ao contágio. A doença pode ser fatal se não for tratada rapidamente. Febre alta, dor de cabeça e pescoço rígido são alguns dos sintomas que podem aparecer entre dois e dez dias após a exposição.

sábado, 20 de julho de 2013

Estacionamento com bafômetro evita que baladeiros peguem o carro após beberem.

Ação realizada em casa noturna belga pode servir de inspiração para outros empreendimentos engajados com a conscientização.
Em Estadão PME Online


Reprodução
Reprodução
Motoristas passam pelo teste antes de ir embora

Muitos países do mundo, inclusive o Brasil, encampam verdadeiras cruzadas para abolir o costume de beber antes de dirigir. Nesse sentido, uma casa noturna na Europa investiu em uma ação que gerou enorme repercussão por lá. O estabelecimento instalou cancelas em seu estacionamento. Para sair com o carro, ao invés de pagar pelo tempo utilizado na vaga, o motorista precisava se submeter ao bafômetro. E a cancela só levantava se o teste desse negativo para a ingestão de álcool.

Essa ação foi realizada na Carré, uma das casas noturnas mais badaladas do país da Bélgica, no final de semana que comemorava seu 22º aniversário. Segundo o site Springwise, que se dedica a cobrir inovações pelo mundo, a campanha contou com auxílio de uma agência de publicidade e de uma empresa de engenharia que criou um sistema.
O Responsible Young Driverscom cerca de 600 voluntários de  17 a 29 anos que agem para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de dirigir, foi o grupo que idealizou a tal da cancela para pessoas sóbrias.
Será que aqui no Brasil isso daria certo? Ou as pessoas iriam preferir estacionar na rua?

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Estudantes de Pio IX jogam futebol com 'sombrinhas' em protesto inédito.

 

Alunos(Imagem:Rômulo Maia) 

Imagem: Grasiane Sá

Alunos de Pio IX jogam com "sombrinhas", protestanto contra a falta de estrutura na quadra da U. E. Francisco Suassuna

Alunos da Unidade Escolar Francisco Suassuna de Melo, na cidade em Pio IX, fizeram uma manifestação inusitada. Utilizando guarda-chuvas (também chamado de sombrinhas), eles jogaram futebol na quadra esportiva do colégio.

O objeto era denunciar um grave problema; uma ironia ao descaso. Na partida/protesto os estudantes reivindicavam a cobertura e a modernização do espaço. A escola foi inaugurada em maio de 1960. E a quadra é a mesma de 53 anos atrás: piso de cimento, exposta o dia inteiro ao sol, traves enferrujadas e sem redes.

Também não há estrutura para a prática de outros esportes, como basquete, por exemplo. Até a realização de competições internas é prejudicada, porque não existem arquibancadas, apenas três degraus no lado leste. Os campeonatos da cinquentenária Unidade Escolar Francisco Suassuna são realizados fora da escola, na única quadra poliesportiva de Pio IX.

A construção de uma quadra poliesportiva coberta na escola já foi até anunciada. Em junho de 2010 o deputado federal Nazareno Fonteles (PT-PI) divulgou na mídia local o empenho de aproximadamente R$ 2 milhões do Orçamento de 2010 do Governo Federal para o desenvolvimento do esporte educacional.

A obra, que deveria beneficiar o antigo "Ginásio", como ainda hoje é conhecido na cidade,  estava inclusa na verba, oriunda de emenda parlamentar apresentada pelo deputado petista ainda em 2009. Três anos após o anúncio, e cansados de esperar, os estudantes ergueram seus guarda-chuvas e entraram em quadra para protestar. O problema segue sem solução.

Fonte: Rômulo Maia - Portal O Dia

 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

E o álcool mata mais do que AIDS e Tuberculose!!

Global alcohol consumption

Drinking habits

A map of world alcohol consumption
THE world drank the equivalent of 6.1 litres of pure alcohol per person in 2005, according to a report from the World Health Organisation published on February 11th. The biggest boozers are mostly found in Europe and in the former Soviet states. Moldovans are the most bibulous, getting through 18.2 litres each, nearly 2 litres more than the Czechs in second place. Over 10 litres of a Moldovan's annual intake is reckoned to be 'unrecorded' home-brewed liquor, making it particularly harmful to health. Such moonshine accounts for almost 30% of the world's drinking. The WHO estimates that alcohol results in 2.5m deaths a year, more than AIDS or tuberculosis. In Russia and its former satellite states one in five male deaths is caused by drink.

Uma comparação entre os salários dos parlamentares de diversos países

Rewarding work

A comparison of lawmakers' pay

IN TIMES of austerity awarding yourself a big fat pay rise is not generally considered a good idea. A new report that proposes a salary increase for Britain's members of Parliament while wages for ordinary Britons are stagnating, is, therefore, a sensitive matter. The report is the result of a consultation by the Independent Parliamentary Standards Authority, a regulatory body that was set up in the wake of a 2009 scandal that revealed the extent to which MPs were bending (or breaking) their own generous rules on expenses. Under the new recommendations, MPs' basic salaries would rise from £66,396 ($105,400) to £74,000 in 2015, but they would lose other lucrative perks such as final salary pensions. Britain's legislators currently earn the equivalent of around 2.7 times the country's GDP per person, on a par with many rich countries. Indeed, their basic pay is relatively parsimonious when compared with that of their compatriots elsewhere. Lawmakers in poorer countries in Africa and Asia in particular enjoy the heftiest salaries by this measure. Kenyan MPs, known for their largesse, were recently stymied in an attempt to increase their salary from $75,000 to $120,000 a year. In Thailand, the governing party's MPs are paid more than those of the opposition.
 
 

Servos e servidores

Publicidade para a Folha Online
 
Desde o surgimento do controle remoto, o poder editorial vem se transferindo para o usuário. Internet, smartphones, tablets e redes sociais criaram um mundo em que praticamente tudo é personalizado.
Há um componente vicioso, quase pornográfico-masturbatório, nesse controle. Caminha-se para o dia em que cada residência terá um conjunto de escravos digitais dispostos a fazer de tudo para divertir, tranquilizar, excitar ou alienar seus donos, por mais bizarros que sejam os anseios.

Cartunista Alpino

Mas quem é realmente o submisso na relação? É cada vez mais comum ver pessoas "viciadas" em coisas, com cara e jeito de "junkie", aprisionadas aos seus tamagochis, incapazes de abandoná-los, em uma relação que beira a dependência. Não é curioso que as chamemos de usuários?
As queixas de quem prejudica trabalho, família ou vida social para ficar mais tempo conectado são típicas: desejam sinceramente abandoná-las por um tempo ou reduzir seu uso, mas quase nenhum consegue. Afastados, muitos mostram ansiedade e sintomas de abstinência.
Redes de relacionamento, comércio eletrônico, jogos, compartilhamento e outros opiáceos sociais fazem cada vez mais parte da vida cotidiana. Se não houver um equilíbrio em seu uso, o envolvimento pode alterar a noção de identidade.
Espelho photoshopado da realidade, a personalidade digital interfere cada vez mais na pessoa que deveria refletir. Aperfeiçoado pelo avatar, é tentador confundir as fronteiras entre o papel que se representa e quem se é. Chega-se a um extremo de, como um retrato invertido de Dorian Gray, coisas horrorosas serem feitas por perfis impecáveis.
Delírios de grandeza, morbidez, crueldade e outras perversões cada vez mais comuns no mundo digital dão a impressão de que ele está mais para "oeste selvagem" do que para utopia.
Não é raro quem se comporte como se a internet funcionasse além dos limites históricos, econômicos, racionais e jurídicos.
Da mesma forma que os espelhinhos dados aos índios por seus conquistadores, muitos desses novos ambientes de relacionamento dão a ilusão de poder, à medida que aumentam a submissão, criando uma espécie de simbiose entre o usuário e seu fornecedor de alegria transitória.
Em 1936, o filósofo Walter Benjamin alertava para o perigo de que a reprodução tecnológica criasse uma impaciência que acabaria por destruir a "aura" da arte e eliminar a humildade necessária para compreendê-la. Ele não imaginou que essa deferência fosse transferida do quadro para a moldura que o abriga.
Ao cultuar as redes e os dispositivos tecnológicos em vez do conteúdo que abrigam, qualquer aura mística é redirecionada para os aparelhos e os aplicativos. Esse novo ritual não tem nada de arte nem de religião -é puro fetiche. Seu uso não encoraja o conhecimento nem estimula a descoberta. Pelo contrário, fixa suas vítimas a objetos e as escraviza.
Revoltado com o excesso de ordem e de controle da sociedade do "Admirável Mundo Novo", um de seus personagens desabafa sua insatisfação com o mundo hermeticamente limpo: "Não quero conforto. Quero a poesia, quero o perigo real, quero a liberdade, quero a bondade, quero o pecado", resumindo a fascinante complicação que nos torna demasiadamente humanos.

Luli Radfahrer é professor-doutor de Comunicação Digital da ECA (Escola de Comunicações e Artes) da USP há 19 anos. Trabalha com internet desde 1994 e já foi diretor de algumas das maiores agências de publicidade do país. Hoje é consultor em inovação digital, com clientes no Brasil, EUA, Europa e Oriente Médio. Autor do livro "Enciclopédia da Nuvem", em que analisa 550 ferramentas e serviços digitais para empresas. Mantém o blog www.luli.com.br, em que discute e analisa as principais tendências da tecnologia. Escreve a cada duas semanas na versão impressa de "Tec" e no site da Folha.

Segurança é primordial, mas muita coisa ainda tem que mudar.

Policiais de SP recebiam até R$ 300 mil do tráfico, diz investigação.

 
DE SÃO PAULO para a Folha Online

A investigação desencadeada pelo Ministério Público de São Paulo e pela Corregedoria da Polícia Civil apontam que policiais envolvidos com o tráfico de drogas recebiam entre R$ 200 mil a R$ 300 mil anualmente para passar informações para as quadrilhas dos traficantes.
O grupo ainda recebia uma quantia mensal que ainda está sendo averiguada pela polícia. Ao todo, 13 mandados de prisão foram expedidos contra os policiais envolvidos, mas apenas sete foram cumpridos até a tarde de hoje. Entre os presos, estão dois delegados.
O chefe do setor de inteligência do Denarc (departamento de narcóticos), Clemente Castilhone Junior, está entre os presos. O advogado dele, João Batista Augusto Júnior, afirmou que seu cliente não tem envolvimento com os crimes que estão sendo investigados. No entanto, ele não teve acesso ao processo e não quis dar mais informações sobre o caso.
A operação de hoje é resultado de uma investigação iniciada em outubro do ano passado, contra o Wanderson Nilton Paula Lima, o Andinho, preso desde 2002. Ele está atualmente na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, mas, segundo as investigações, ainda comanda o tráfico na região de Campinas (a 93 km de São Paulo).
Escutas telefônicas usadas durante as investigações, levaram à identificação dos policiais envolvidos. Eles são investigado por formação de quadrilha armada, extorsão, extorsão mediante sequestro e corrupção. Parte dos policiais detidos durante a operação de hoje, no entanto, não pertenceria à quadrilha, mas vazou informação da ação desencadeada para a prisão dos suspeitos.
Os investigadores, coordenados pelo Gaeco (grupo de promotores que investiga o crime organizado) de Campinas, também cumpriram dois mandados de busca e apreensão no Denarc e em no 10º DP de Campinas.

Médicos X Estrutura X população

Número de médicos não segue crescimento de infraestrutura de saúde.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, nos últimos cinco anos, total de equipamentos teve alta de 72,3%, leitos subiram 17,3% e unidades de atendimento, 44,5%, enquanto a oferta de profissionais cresceu apenas 13,4%; entidades de classe discordam.

13 de julho de 2013 | 16h 18


Bruno Deiro e Rodrigo Burgarelli - O Estado de S.Paulo Online
Nos últimos cinco anos, a infraestrutura de saúde no Brasil cresceu em ritmo mais acelerado do que o número de médicos que atendem a população. No período, o total de equipamentos de saúde registrados pelo governo federal teve alta de 72,3%. O número de leitos hospitalares subiu 17,3% e o de estabelecimentos de saúde, 44,5% no Brasil. A oferta de médicos, porém, cresceu apenas 13,4% - ou seja, menos do que os principais índices de infraestrutura de saúde.
Os dados dizem respeito às redes pública e privada e foram compilados pela reportagem com base no sistema DataSUS, banco de dados oficial do Ministério da Saúde que contém as informações de todos os estabelecimentos registrados no órgão, como hospitais, consultórios, clínicas e postos de saúde. Entre os equipamentos relacionados no levantamento, constam qualquer tipo de aparelho de saúde existente nos locais, como raio X e endoscópio.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os números mostram que a falta de médicos é hoje o principal gargalo para que várias novas unidades de saúde comecem a funcionar. "No começo do ano, fizemos uma chamada nacional para médicos brasileiros irem para a periferia das grandes cidades e para o interior. Havia 13 mil vagas em unidades de saúde já estruturadas, mas faltavam médicos para abrir. E foram obtidos apenas 4 mil profissionais", afirmou Padilha ao Estado.
Os números do DataSUS mostram que, de fato, os equipamentos de saúde continuam concentrados nos Estados mais ricos - São Paulo, por exemplo, tem três vezes mais equipamentos por habitante do que o Maranhão. Entretanto, os locais onde houve o maior crescimento nos equipamentos de saúde registrados pelo DataSUS foram os Estados do Norte - Roraima, Rondônia, Acre e Pará mais do que dobraram a quantidade de aparelhos desde 2008.
Como esses são os locais em que hoje há um menor número de médicos, é na Região Norte que há mais equipamentos por profissional. Isso, entretanto, não significa que não falte infraestrutura nesses locais. Já em cidades como São Gonçalo do Rio Baixo, a 84 km de Belo Horizonte (MG), apesar do programa de médico de família, moradores precisam viajar para ir a um hospital.
Críticas. As entidades médicas, no entanto, defendem que não há falta de profissionais. O principal problema, segundo os representantes de classe, é a falta de uma carreira estruturada para os médicos na rede pública, além da necessidade de melhoria nas condições de trabalho nos locais mais remotos.
Cid Célio Jayme Carvalhaes, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), afirmou que o aumento numérico verificado não significa uma infraestrutura mais desenvolvida nessas regiões. "Um dos principais problemas, que vale tanto para número de médicos quanto para a estrutura, é a distribuição desigual", disse. "Os hospitais entre a região da Avenida Paulista até o Jabaquara têm mais tomógrafos do que a França inteira. Enquanto isso, em alguns bairros na zona leste da cidade não há nenhum."
O dirigente, um dos líderes do protesto realizado por associações médicas que reuniu cerca de 5 mil em São Paulo no dia 3, manteve a posição da entidade de que o problema não é a carência de médicos. "Quase um terço dos médicos do País está em São Paulo, e isso não garante a qualidade de atendimento no Estado", afirmou Carvalhaes.
Para o dirigente, a grande diferença entre o crescimento no número de equipamentos disponíveis e o de novos profissionais não sugere que haja um excedente de estrutura parada. "O aumento impressionante no número de equipamentos revela apenas uma maior exploração comercial em lugares onde já há atendimento."
Cidade no Pará tem apenas 1 médico para 29 mil pessoas
Gurupá, no Pará, é a cidade brasileira que registra o menor número de médicos por habitantes do País, segundo o DataSUS. Apenas um médico atende no município, que tem cerca de 29 mil habitantes. Uma cidade no interior de São Paulo revela o tamanho da disparidade regional - Águas de São Pedro tem uma população dez vezes menor do que Gurupá, mas 15 médicos para atendê-la. O município com mais médicos por habitante é Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Lá, há um profissional para cada 176 moradores. A média brasileira é de um médico para cada 658 habitantes. / R.B.

Breves comentários:

Rapaz...veja que coisa...todos sabemos que a estrutura do SUS é precaríssima, números são coisas estáticas e a realidade é mais cruel do que isto nos mostra. Para comprovarmos isto é só irmos a vários postos de saúde nas periferias das grandes cidades, e olha que nem estou falando das inúmeras cidades do interior deste país.
Sabemos que o povo sofre para marcar consultas, para fazer exames é uma eternidade, cirurgias então...ufa..loucura, faltam médicos qualificados, que estejam bem dispostos a realmente trabalharem, e para tanto têm que ter boas remunerações, mas também serem mais presos aos respectivos bairros, municípios, estados, pois os médicos também gostam de mordomias das grandes cidades.
Lógico que o tema é polêmico, afinal o contaponto de que estamos carecas de saber que há muitos profissionais que atendem seus pacientes como números para alcançarem a meta daquele posto, sem o mínimo necessário, ou seja, o tal do atendimento humanizado, médicos que sempre querem ganhar salários exorbitantes sem muito desgaste, ou seja, o amor à profissão está cada vez mais ficando mercantilizado. Agora, bem verdade é que não podemos generalizar, pois muitos profissionais gostam do que fazem e procuram fazê-lo da melhor forma possível, e por muitas vezes, mesmo em grandes centros, esbarram em falta de tudo - infraestrutura, medicamentos, exames básicos, aparelhagem básica, materiais insumos básicos, etc, e isto somado ao excesso de pessoas (por uma falta de política de saúde e quantitativo de hospitais) a serem atendidas, e à falta de muitos médicos (especialistas pelo menos), surge então o caos atual.
A ideia de aplicar o revalida já nos últimos anos acadêmicos é muito boa, pois outro batente é o número cada vez mais elevado de faculdades de medicina, onde, sem o devido controle, formam, por vezes, profissionais não tão qualificados e preparados como se deviam, aumentando vertiginosamente os casos de erros e problemas médicos de todas as esferas, que podem gerar pequenos contratempos ou óbitos. Na mesma toada a ideia de aumentar o tempo especialmente das residências é primordial, pois a prática acompanhada é importante (desde que realmente acompanhada e não substituída), especialmente em hospitais públicos e na própria localidade do formando.
Qualificar melhor os profissionais em geral (médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, odontólogos, etc) é fundamental, assim como melhorar o quantitativo per capta, a distribuição equitativa, as especializações, planos de carreira bem estruturados, jornadas compatíveis, incentivos à pesquisa, melhorar e ampliar as infraestruturas, distibuindo-as equitativa e proporcionalmente, controle e fiscalizações sérios dos Ógãos competentes do Governo, entre outros, são pontos a serem buscados para que saiamos deste abismo propiciado também pela pressão dos grandes empresários da área particular, pois igual aos da educação, vivemos um momento diverso de antigamente, ou seja, já nascemos com a ideia premissa de que o serviço particular é o melhor e está tudo bem.

sábado, 13 de julho de 2013

Brasil vai testar implementação de terapia que evita infecção por HIV.


 
DE SÃO PAULO
Uma pesquisa coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz vai avaliar uma forma de implementar no país o uso do medicamento antirretroviral Truvada como forma de evitar a transmissão do HIV em populações mais vulneráveis.
Serão recrutados, a partir do fim de agosto, 400 homens que fazem sexo com homens: 200 no Rio e 200 em São Paulo. O estudo será feito em parceria com a Faculdade de Medicina da USP e o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids de São Paulo.
De acordo com a infectologista Brenda Hoagland, que coordena o estudo na Fiocruz, o medicamento será fornecido aos voluntários por um ano.
A eficácia e a segurança do Truvada para evitar a infecção por HIV já foi demonstrada. Um estudo multicêntrico cujos resultados foram publicados em 2010 e no qual houve participação de voluntários do Brasil, mostrou que a terapia reduziu o risco de infecção em até 94,9%. A pesquisa incluiu 2.499 homens em 11 centros de estudo.
Uso profilático de antirretroviral diminui infecção por HIV em até 94,9%
O objetivo agora, diz Hoagland, é avaliar, numa situação de vida real, como seria a melhor forma de implementar o uso da droga como profilaxia. "Já sabemos que o remédio é eficaz. Queremos demonstrar na realidade do Brasil como oferecer essa profilaxia."
É preciso ver, por exemplo, se os pacientes vão usar o medicamento todos os dias conforme o indicado. Uma falha na administração do remédio pode deixá-los mais vulneráveis à infecção, por exemplo. O melhor local para distribuição dos comprimidos também precisa ser avaliado, segundo a infectologista.
Um risco do uso profilático do antirretroviral é o caso de um paciente se tornar soropositivo durante o uso do remédio e descobrir só mais tarde. Quando ele der início ao tratamento antirretroviral, poderá já ter começado a desenvolver resistência ao tratamento.
No ano passado, a FDA (agência reguladora de medicamentos nos EUA) aprovou a indicação do Truvada como terapia profilática contra o HIV.
EUA aprovam remédio que evita infecção por HIV
No Brasil, no entanto, o remédio ainda só tem aprovação como terapia para quem já está infectado, o que precisaria mudar para que ele fosse adotado como terapia profilática. O antirretroviral, que combina as substâncias tenofovir e a emtricitabina, também não é distribuído aos soropositivos na rede pública no Brasil.
A pesquisadora da Fiocruz diz que as conclusões do estudo que começa agora, esperadas para 2016, devem ajudar o governo a embasar sua decisão sobre a adoção dessa terapia.
Para o infectologista Caio Rosenthal, do Instituto Emílio Ribas, a terapia preventiva é um dos caminhos para que a transmissão do HIV acabe. "Se todos com HIV estiverem em tratamento, com carga viral indetectável, e quem estiver em risco se proteger, não vai haver hospedeiro para o vírus."
A terapia profilática não substitui o uso da camisinha.

Em http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/07/1306911-brasil-vai-testar-implementacao-de-terapia-que-evita-infeccao-por-hiv.shtml

Série de exercícios intensos seduz com ideia de boa forma em sete minutos.


RODOLFO LUCENA
DE SÃO PAULO para a Folha Online

Conquistar o máximo de resultado com o mínimo de investimento é o sedutor apelo de uma série de exercícios que vem ganhando fama na internet recentemente.
Trata-se de um programa desenvolvido por dois especialistas em treinamento do Human Performance Institute, de Orlando (EUA), voltado para quem tem pouco tempo e não está disposto a investir em academia nem em equipamentos de exercício.
Depois de analisarem uma série de estudos sobre treinamento e boa forma, Brett Klika e Chris Jordan publicaram na edição de maio/junho da revista técnica "Health & Fitness Journal" um artigo apresentando um tipo de treinamento de "alta intensidade" com "uso do peso corporal".
Além de explicar a base científica do plano, o estudo propõe combinar exercícios aeróbicos (como corrida no lugar) com exercícios de resistência/força (como flexão de braço). Cada um é realizado por 30 segundos, em alta intensidade (tentando o máximo possível de repetições), e o intervalo de recuperação é de apenas 10 segundos.
Noves fora, o pacote todo dura apenas "aproximadamente sete minutos", conforme o texto descreve. O circuito pode ser repetido duas ou três vezes, dependendo do condicionamento do atleta e do tempo disponível.
Foi o que bastou para ser apelidado de "treino científico de 7 minutos" em texto no "New York Times" e, a partir dali, em uma fieira de lugares, do internético "Huffington Post" ao britânico "Daily Mail", e em publicações especializadas em boa forma.
Há vídeos gratuitos mostrando como executar a série e aplicativos com cronômetros digitais para monitorar a execução da tarefa.
Não se trata, porém, de uma série para prover força ou resistência específica para um esporte, destacam os autores: "Esse tipo de programa oferece uma boa opção para ajudar pessoas ocupadas a melhorar a saúde e enfrentar o estresse".
Monitorado pela treinadora Vivian Casagrande, 37, mestre em bioquímica do exercício pela Universidade de São Paulo, testei o pacote. Para garantir que eu fizesse os exercícios o mais rápido possível, Casagrande cronometrava as sequências e, nos intervalos, me avisava qual seria o exercício seguinte.
A primeira constatação: não é um circuito de apenas sete minutos. O tempo mínimo, no papel, é de sete minutos e 50 segundos, mas basta piscar ou pensar na morte da bezerra para que a transição dure mais que dez segundos.
Levei dez minutos e 20 segundos para completar a sequência, sem conseguir uma boa execução. Isso porque a série inclui alguns exercícios unilaterais; devem ser executados uma vez com cada perna, o que aumenta o tempo do circuito.
CONTRAINDICAÇÕES
Mesmo assim, entrar em forma com um programa de exercícios de menos de 15 minutos que não custa nada é altamente sedutor. Há, porém, diversas contraindicações, como assinalam os criadores do circuito: "É preciso cuidado ao propor treinamento de alta intensidade para pessoas mais velhas ou obesas, candidatos destreinados, com lesões anteriores ou problemas de saúde; os exercícios isométricos não são recomendados para quem tem hipertensão ou problemas cardíacos".
Para Casagrande, os exercícios, "são muito complexos para serem feitos sem orientação e supervisão". No teste, por exemplo, tive trabalho para fazer direito o exercício que combina flexão de braço e rotação do corpo.
O próprios autores alertam: "Ao tentar fazer tudo da forma mais rápida possível, o aluno corre o risco de fazer os exercícios de forma inadequada, aumentando a chance de lesão". De um jeito ou de outro terminei a série com os músculos pulsando, o corpo suado e a boa sensação de ter o dever cumprido.

Demétrius Daffara /Editoria de Arte/Folhapress

Pacotes bancários têm alta de 111% em 5 anos.

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DO "AGORA"
Em cinco anos, o preço dos pacotes de serviços bancários aumentou até 111%, percentual muito acima da inflação do mesmo período.
A alta foi identificada na comparação entre os mesmos pacotes dos bancos em 2008 e 2013. Sem a inflação do período, o aumento é de 79%.
Levantamento do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) analisou 14 cestas de serviços vendidos em 2008 e 2013 e apontou que seis deles tiveram alta, entre 38% e 111%, enquanto a inflação foi de 32,34%. Só dois pacotes tiveram redução de 14% e 21%.
A pesquisa foi feita com os seis maiores bancos do país, com mais de um milhão de clientes. Em maio de 2013, o número de pacotes de tarifas disponíveis passou de 35 para 78.
Segundo a pesquisa, desde 2008, muitos pacotes foram substituídos e o valor cobrado aumentou consideravelmente.
Há cinco anos, as instituições ofertavam em média seis pacotes de tarifas, incluindo universitários e contas eletrônicas. O preço médio das opções básicas era de R$ 9,57 e o pacote com o maior valor era de R$ 30,53.

Editoria de Arte/Folhapress
RESPOSTA
O Itaú disse que busca manter a melhor relação custo-benefício para o cliente e que, desde 2000, tem extrato detalhado com a quantidade de serviços utilizados e contratados.
O Bradesco informa que algumas tarifas foram realinhadas em função de aumento dos custos operacionais.
O Santander disse que, nos últimos cinco anos, os pacotes passaram por modificações para respeitar e atender às novas necessidades.
O Banco do Brasil disse que tem um extrato de serviços que permite a consulta de tarifas usadas e a utilização do pacote de serviço. Os demais não responderam.
(JULIANO MOREIRA)

Em: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/07/1310050-pacotes-bancarios-tem-alta-de-111-em-5-anos.shtml 

Após TelexFREE e BBom, mais 16 empresas são investigadas.

  • Todas são suspeitas de atuar em esquemas de pirâmide financeira
Daiane Costa 
Luiza Xavier
Luciana Casemiro
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Atualizado:

Consumidor deve desconfiar de ganhos altos e rápidos, proporcionais à entrada de novas pessoas no grupo, diz Ministério da Justiça
Foto: Adriano Machado / Bloomberg
Consumidor deve desconfiar de ganhos altos e rápidos, proporcionais à entrada de novas pessoas no grupo, diz Ministério da Justiça Adriano Machado / Bloomberg
RIO — Uma força-tarefa de promotores e procuradores do Ministério Público Federal e Estaduais de todo o Brasil investiga outras 16 empresas suspeitas de prática de crime financeiro, além de TelexFREEe e BBom, que já tiveram as atividades suspensas e os bens bloqueados pela Justiça. De acordo com a procuradora da República em Goiás, Mariane Guimarães Oliveira, os nomes das companhias, que atuam em todo o país, serão preservados até que as investigações sejam concluídas:
— Enquanto não soubermos quais empresas são legais, peço aos consumidores que não saiam investindo em marcas que não conhecem. E, ao receber alguma tipo de oferta para se tornar divulgador, que busque informações sobre a empresa em órgãos de defesa do consumidor.
A Justiça Federal em Goiás também apura se a BBom tem negócios com a TelexFREE, a partir de investigação da Polícia Federal que aponta indícios de que as duas pirâmides realizaram transações com pessoas em comum e de que a BBom recebeu dinheiro da TelexFREE.
A BBom está com os bens bloqueados desde quarta-feira passada, quando a Justiça Federal em Goiás acatou o pedido para bloqueio dos bens da empresa Embrasystem (que usa os nomes fantasias Unepxmil e BBom), em ação cautelar movida por dois procuradores e um promotor. De acordo com a investigação, até o fim do ano passado, antes da criação da BBom, as empresas do grupo não movimentavam mais que R$ 300 mil por ano. Em pouco mais de seis meses, o fluxo financeiro cresceu mais de 300%. Estão bloqueados mais de cem veículos, além de R$ 300 milhões em contas do grupo.
Empresas negam ligação
No caso da BBom, o produto que supostamente sustentava o negócio é um rastreador de veículo. Como em outros casos emblemáticos de pirâmide financeira, o produto serve como isca para recrutar novos associados. Os interessados associavam-se mediante pagamento de taxa de cadastro de R$ 60 e de um valor de adesão que variava entre R$ 600 e R$ 3 mil. Além disso, os associados tinham que atrair novos integrantes e pagar uma taxa de R$ 80 por 36 meses. O mecanismo de bonificação aos associados era calculado sobre as novas adesões. Quanto mais gente aderia à rede, maior a premiação prometida.
A TelexFREE está com as atividades suspensas desde o último 18 de junho, por determinação da juíza Thaís Khalil, do Tribunal de Justiça do Acre, estado no qual possuía uma grande rede dos chamados divulgadores. A partir da decisão, a empresa não pode mais cadastrar novos associados, nem pagar os já cadastrados. A TelexFREE também está sendo investigada pelo o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça (MJ), que instaurou processo administrativo contra a empresa por indícios de formação de pirâmide financeira e ofensa ao Código de Defesa do Consumidor. Nessa semana, o MJ determinou à Polícia Federal abertura de inquérito para apuração de eventuais crimes.
— O consumidor deve desconfiar de ganhos altos e rápidos, proporcionais à entrada de novas pessoas no grupo — ressalta Amaury Oliva, diretor do DPDC.
Horst Vilmar Fuchs, um dos dez advogados da TelexFREE, informou que a empresa está tomando “diversas medidas” para recuperar o direito de atuar no país. E negou qualquer relação com a BBom:
— Não vão encontrar prova da existência dessa ligação. Podem vasculhar todas as contas.
Por meio de nota, a BBom garantiu ser uma empresa lícita e negou ter negócios com a TelexFREE. Disse ainda que já deslocou equipe jurídica a Goiás para apresentar defesa e pedir a cassação da decisão de bloqueio das contas e bens da empresa.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/defesa-do-consumidor/apos-telexfree-bbom-mais-16-empresas-sao-investigadas-9023409#ixzz2YyVdFi65
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