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sábado, 28 de janeiro de 2012

Trabalhar em excesso pode dobrar riscos de depressão.

Saúde mental

 

Ficar até 11 horas no trabalho diariamente pode elevar em até 2,5 vezes os riscos para o transtorno depressivo maior.

Hora extra: trabalhar 11 ou mais horas por dia pode aumentar as chances de desenvolver o transtorno depressivo maior Hora extra: trabalhar 11 ou mais horas por dia pode aumentar as chances de desenvolver o transtorno depressivo maior (Thinkstock)
Trabalhar 11 ou mais horas por dia pode mais do que dobrar as chances de se desenvolver depressão nervosa, que se caracteriza pela condição duradoura e de maior intensidade da tristeza. Segundo um estudo publicado no periódico PLoS ONE, pessoas que fazem excessivas horas extras rotineiramente têm até 2,52 vezes mais chances de adoecer do que aquelas que trabalhavam até oito horas por dia.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Overtime Work as a Predictor of Major Depressive Episode: A 5-Year Follow-Up of the Whitehall II Study

Onde foi divulgada: periódico PLoS ONE

Quem fez: Marianna Virtanen e equipe

Instituição: Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional e Universidade College London

Dados de amostragem: 1.626 homens e 497 mulheres, todos servidores públicos, com idade média de 47 anos.

Resultado: Trabalhar 11 ou mais horas por dia pode aumentar em até 2,52 vezes as chances de desenvolver transtorno depressivo maior, frente àquelas pessoas que trabalham de sete a oito horas por dia.
Durante o estudo, foram acompanhados por cinco anos 1.626 homens e 497 mulheres, todos servidores públicos, com idade média de 47 anos. Os pesquisadores, coordenados por Marianna Virtanen, do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional e da Universidade College London, descobriram, então, uma associação importante entre as horas extras no trabalho e a depressão. Essa correlação não foi afetada quando a análise foi ajustada para fatores como estilo de vida, demografia e determinados hábitos, como fumo.
De acordo com os cientistas, uma série de estudos anteriores havia chegado a resultados variados. A comparação entre esses dados, no entanto, seria complicada, uma vez que o limite para o considerado hora extra não havia ainda sido padronizado. "Embora trabalhar ocasionalmente algumas horas extras possa trazer benefícios para o indivíduo e para a sociedade, é importante reconhecer que trabalhar a mais excessivamente também está associado com um aumento nos riscos de depressão", diz Virtanen.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/trabalhar-em-excesso-pode-dobrar-riscos-de-depressao

A infraestrutura ainda é o calcanhar de Aquiles do Brasil.

Fórum Econômico Mundial


Muitos também criticam o fato de o país ainda ser um exportador de commodities.

No chão: Posto de fiscalização com cobertura de sapé em estrada de terra de Uruçuí, no interior do Piauí: falta de infraestrutura afugenta os investidores
Posto de fiscalização com cobertura de sapé em estrada de terra de Uruçuí, no interior do Piauí: falta de infraestrutura afugenta os investidores (Cristiano Mariz)
A infraestrutura do Brasil é vista como o ponto fraco do país, que foi objeto de atenção especial, neste sábado, no Fórum Econômico Mundial de Davos, a partir de seu modelo econômico de sucesso, que criou 14 milhões de empregos em menos de uma década.
"A infraestrutura é ainda um dos principais desafios para o Brasil", disse o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, para quem toda a América Latina vive o mesmo problema.
"O Brasil, provavelmente, investe 2,5% do PIB no setor, mas isso não é suficiente", disse Moreno, lembrando que é mais caro transportar um contêiner da Colômbia para o Brasil do que para o Canadá.
O secretário-executivo do ministério brasileiro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Alessandro Teixeira, recordou que há mais de duas décadas o Brasil vive um 'apagão' neste setor, tendo sido obrigado a reconstruir estradas, aeroportos e portos.
Outros desafios são a questão dos impostos cobrados no país e a reforma da Previdência Social, admitiu Teixeira.
No entanto, a sexta economia mundial, apresenta uma folha memorável: um desemprego de 4% que poderá chegar ao final de 2012 em 3,5% (13% há dez anos), uma previsão de crescimento de 4% para este ano - superior ao do ano passado, apesar da crise na Europa, que se faz sentir em outras partes do mundo -, uma inflação abaixo de 5%, dívida reduzida e exportações de 256,041 bilhões de dólares no ano passado.
O país possui um sistema econômico que soube conjugar crescimento com inclusão social, elogiam os especialistas.
No entanto, muitos criticam o fato de o país ainda ser um exportador de commodities, inclusive o chanceler Antonio Patriota. "A qualidade do comércio com a China não é a ideal, porque estamos exportando sobretudo commodities e importando produtos acabados", disse ele.
"Por isso estamos insistindo na agenda internacional e em parceiros que nos possam trazer benefícios nos setores científico, tecnológico, além de novas oportunidades econômicas", disse Patriota.
O chanceler voltou a afirmar que o país não tem vocação para se transformar em potência militar, nem nuclear. Segundo Pariota, o país defende a diplomacia e o diálogo.
"Estamos num momento em que o Brasil se afirma como força no campo econômico mundial", disse Patriota, considerando que "talvez não haja tanta necessidade mais, como no passado, de tentar convencer os líderes mundiais" da solidez da economia brasileira e da importância que assumiu no panorama geopolítico mundial.
(Com agência France-Presse)

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/a-infraestrutura-ainda-e-o-calcanhar-de-aquiles-do-brasil

Anvisa inicia consulta pública sobre
proposta para viabilizar genéricos.

Meta é fazer remédios chegarem mais rápido ao varejo.
População terá 60 dias para sugerir mudanças no texto da proposta.

Do G1, em São Paulo
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou nesta quarta-feira (25) uma consulta pública sobre uma proposta para tornar mais rápida a chegada ao mercado de genéricos para remédios disponíveis apenas a hospitais ou vendidos de forma restrita como antibióticos, antirretrovirais e drogas contra o câncer.
A ideia da Anvisa é tornar obrigatória às fabricantes a venda de amostras desses remédios a centros de pesquisas de genéricos. Isso facilitaria o trabalho dos laboratórios para estudar os materiais que compõem as drogas para desenvolver genéricos e similares.
Para que uma medicação genérica seja aprovada pela Anvisa, são necessários testes de bioequivalência, que provam que o novo produto seja idêntico ao remédio usado como referência para o tratamento de determinada doença.
Atualmente, uma das dificuldades que os laboratórios de genéricos encontram está no difícil acesso às drogas disponíveis nos hospitais, muitas usadas para tratar doenças como Aids e câncer. Sem ter acesso aos remédios, os centros de bioequivalência encontram dificuldade para trabalhar na criação de novos genéricos.
Com a proposta, empresas teriam dificuldades menores para obter o registro para um novo medicamento, já que teriam acesso aos produtos usados nos testes de bioequivalência.
A população terá 60 dias contados a partir de hoje para apresentar sugestões ao texto. A consulta está disponível para acesso no site da Anvisa.
Estímulo à concorrência
Em entrevista ao G1, o diretor-presidente da Anvisa Dirceu Barbano afirmou que a medida pode ajudar empresas interessadas em desenvolver genéricos para medicamentos de referência que deixaram de estar disponíveis no mercado ou que já tiveram suas patentes expiradas.
Barbano explica que o objetivo principal da proposta é tornar mais claros e objetivos os critérios usados para a definição dos medicamentos de referência. "É uma questão de organização da atividade regulatória da Anvisa", afirma o diretor.
"O medicamento genérico é de qualidade e efeito idênticos aos de referência e podem chegar a custar até 35% a menos", lembra Barbano, destacando também o papel de estímulo à concorrência que a proposta trará. O benéficio poderá ser observados especialmente nos casos de doenças com poucas alternativas de terapia ou que precisem de drogas muito caras para serem tratadas, segundo a Anvisa.
O diretor também afirma que a proposta não altera o que já está definido no que diz respeito às patentes dos remédios no Brasil. "O direito à patente é estabelecido em lei. Quando expira, esse privilégio acaba", diz Barbano. "Enquanto a patente está vigente, é possível até registrar outro produto, mas jamais comercializá-lo."

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/01/anvisa-inicia-consulta-publica-sobre-proposta-para-viabilizar-genericos.html

Estudo confirma teoria mais aceita sobre origem de campos magnéticos.

Experiência simulou condições do Universo em seus primórdios.
Campos magnéticos surgiram espontaneamente, segundo o modelo.

Do G1, em São Paulo
À esquerda, uma onda de choque produzida com laser; à direita, a simulação de uma onda desse tipo nas origens do Universo (Foto: A. Ravasio (LULI), A. Pelka (LULI), J. Meinecke (Oxford), C. Murphy (Oxford), F. Miniati (ETH)) 
À esquerda, uma onda de choque produzida com
laser; à direita, a simulação de uma onda desse
tipo nas origens do Universo (Foto: A. Ravasio
(LULI), A. Pelka (LULI), J. Meinecke (Oxford),
C. Murphy (Oxford), F. Miniati (ETH))
A teoria mais aceita para explicar a origem dos campos magnéticos no Universo provavelmente está correta, segundo um estudo publicado na edição desta quinta-feira (26) da revista científica “Nature”. Segundo a teoria astrofísica, os campos magnéticos galácticos surgiram espontaneamente.
A equipe internacional de cientistas usou raios laser em um laboratório francês conseguiu recriar condições parecidas com as do Universo em seus primórdios, quando as galáxias estavam se formando. Com a experiência, os especialistas demonstraram na prática um processo conhecido como bateria de Biermann.
Essa teoria prevê que um campo magnético pode surgir espontaneamente a partir do movimento de partículas carregadas. Essas partículas são abundantes no espaço na forma de gás.
O experimento descrito nesta semana conseguiu demonstrar, pela primeira vez, que simples ondas de choque assimétricas podem desencadear a corrente elétrica necessária para gerar o campo magnético.
"Esses resultados ajudam a fortalecer a compreensão que tiramos de nossa interpretação de dados astrofísicos. E a compreensão do Universo, e mais especificamente da origem da vida, é uma das grandes buscas intelectuais humanas”, afirmou Paul Drake, um dos autores, em material de divulgação da Universidade de Michigan, nos EUA, onde ele trabalha.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/01/estudo-confirma-teoria-mais-aceita-sobre-origem-de-campos-magneticos.html

Cientistas usam raios X para manter matéria a 2 milhões de graus Celsius.

Domínio da tecnologia pode levar à fusão nuclear, fonte de energia do Sol.
Em outro estudo, cientistas criaram primeiro laser de raio-X atômico.

Do G1, em São Paulo
Uma equipe internacional de cientistas publicou nesta quarta-feira (25) resultados inéditos obtidos por meio de experiências com um dos raios X mais poderosos do mundo. Nos laboratórios da Universidade Stanford, nos EUA, os cientistas conseguiram criar e examinar matéria a 2 milhões de graus Celsius. Os resultados foram publicados pela revista científica “Nature”.
O material é um plasma sólido chamado de “matéria densa e quente”, resultado do aquecimento de uma lâmina de alumínio. Isso foi feito com pulsos curtos de um tipo de raio laser com ondas muito curtas, bem mais brilhante que os raios X tradicionais. O processo durou menos de um trilionésimo de segundo.
Câmara usada para a obtenção de matéria a 2 milhões de graus Celsius (Foto: University of Oxford / Sam Vinko) 
Câmara usada para a obtenção de matéria a 2 milhões de graus Celsius (Foto: University of Oxford / Sam Vinko)
“Fazer matéria extremamente quente e densa é importante cientificamente se queremos entender as condições que existem dentro das estrelas e no centro de planetas gigantes, dentro do nosso Sistema Solar e além”, afirmou o autor Sam Vinko, da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, em material de divulgação.
O domínio da tecnologia é importante porque pode nos levar a recriar o processo de fusão nuclear, que é a fonte de energia do Sol. No futuro, os cientistas acreditam que a fusão nuclear pode funcionar como uma fonte de eletricidade mais eficiente do que as disponíveis hoje.
Ilustração de como se forma o laser de raio-X (Foto: Gregory M. Stewart / SLAC National Accelerator Laboratory) 
Ilustração de como se forma o laser de raio-X (Foto:
Gregory M. Stewart / SLAC National Accelerator
Laboratory)
Laser de raio-X atômico
Também nos laboratórios de Stanford, outro avanço importante foi registrado no campo dos raios X. Nesse outro estudo, também publicado pela “Nature”, cientistas criaram o laser de raio-X atômico.
Para chegar a esse laser, os pesquisadores partiram de pulsos de raios X poderosos – os mesmos usados na pesquisa de Vinko. Retirando elétrons dos átomos de neônio que geram o laser, eles criaram um efeito que amplificou a luz do laser em 200 milhões de vezes.
Os raios obtidos são os mais curtos e mais puros laser de raios X já feitos. Segundo os pesquisadores, a descoberta abre portas para um novo domínio das capacidades do raio-X.
“Nós conseguimos ver pesquisadores usando esse novo tipo de laser para todo tipo de coisas interessantes, como separar os detalhes de reações químicas ou observar a ação de moléculas biológicas”, afirmou Nina Rohringer, do Instituto Max Planck, em Hamburgo, na Alemanha.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/01/cientistas-usam-raios-x-para-manter-materia-2-milhoes-de-graus-celsius.html

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Governo inclui duas novas vacinas no calendário infantil.

Serão introduzidas as vacinas pentavalente e injetável contra poliomielite.
Novo calendário passa a valer a partir do segundo semestre deste ano.

Iara Lemos Do G1, em Brasília

Polio (Foto: Pedro Alves/SES-MT) 
Vacinação contra a pólio, via oral, em Mato Grosso,
no ano passado (Foto: Pedro Alves/SES-MT)
O governo federal anunciou, na tarde desta quarta-feira (18 de janeiro de 2012), a introdução de duas novas vacinas no calendário básico de vacinação infantil. Serão introduzidas, a partir do segundo semestre, a vacina injetável contra a poliomielite (conhecida como Salk) e a vacina pentavalente, que reúne em uma única dose imunizações contra cinco doenças.
Segundo o Ministério da Saúde, as duas novas vacinas serão utilizadas a partir do mês de agosto. A dose injetável contra a pólio, contudo, será aplicada apenas nas crianças que estão iniciando o calendário de vacinação.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a introdução da vacina injetável contra a pólio, feita com o vírus inativado, reduz riscos de possível contágio pela doença. No ano passado, informou, foram registrados dois casos suspeitos de paralisia supostamente causados pela aplicação da vacina oral (conhecida como Sabin). "Com a aplicação da dose injetável, o risco é quase nulo", afirmou.
Ao todo, serão 8 milhões de doses da nova vacina, que já começaram a ser compradas pelo governo a partir de dezembro de 2011.
Por enquanto, a aplicação da dose injetável não irá retirar do calendário de vacinação as doses orais, já aplicadas nas campanhas de imunização. Segundo o governo, será aplicado um esquema sequencial, com as duas vacinas até que a doença seja totalmente erradicada. A imunização injetável será aplicada aos 2 e aos 4 meses de idade, e a vacina oral será usada nos reforços, aos 6 e aos 15 meses de idade.
"Vamos adotar como uma fase de transição a vacinação combinada", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. "É uma fase de transição porque daqui a 10 anos, ou sabe-se lá quanto tempo for, a pólio for eliminada do mundo, não vai ter mais vacinal oral sendo produzida. E o Brasil está se preparando para isto", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde.
Já a vacina pentavalente reunirá em uma única dose imunizações contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenza tipo B e hepatite B. Atualmente, a imunização para estas doenças é oferecida em duas vacinas separadas.
Novo calendário
Outra mudança será feita no calendário básico de vacinação a partir do segundo semestre. Antes, a criança precisava ser vacina do nascimento até os seis meses, sem intervalo, e com doses de imunizações diferenciadas contra as doenças. Veja o calendário completo com as mudanças.

Agora, a vacina BCG e contra a Hepatite B será feita ao nascer e depois somente com dois meses, onde receberão a dose da nova vacina pentavalente e da poliomelite inativada. Todas as
As outras duas vacinas que antes eram aplicadas aos dois meses - vacina oral Rotavírus Humano e vacina pneumocócida 10 - seguirão mantidas de forma igual no calendário. As segundas doses das vacinas de poliomielite inativada e da pentavalente serão realizadas aos quatro meses.
A vacina pentavalente ainda terá uma terceira dose de aplicação, aos seis meses. Neste período, a criança também receberá a dose da vacina oral contra a poliomelite e a vacina pneumocócica 10.

"Ao fato de estarmos introduzindo a pentavalente reduz uma picada a mais nas crianças, e isto faz com que a nova picada da vacina ativada não seja um esforço a mais na vacinação das nossas crianças", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Gastos em saúde
Alexandre Padilha comentou ainda pesquisa divulgada nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou que as famílias brasileiras responderam por 56,3% das despesas com consumo final de bens e serviços de saúde no país entre 2007 e 2009. Segundo o ministro, o resultado representa um "desafio" para o governo investir mais.
"É um desafio para o nosso país. Em primeiro lugar para a gente invetir mais nas áreas públicas, não só nas ações curativas mas preventivas, para que as famílias possam reduzir seus gastos com saúde. Temos de cada vez mais investir em ações de prevenção e ações curativas que possam reduir os custos para as famílias brasileiras", afirmou.
Padilha evitou falar dos vetos da presidente Dilma Rousseff à lei que define os gastos públicos em saúde, conhecida como regulamentação da "Emenda 29" - mudança constitucional aprovada em 2000 que previa os gastos mínimos por parte de União, estados e municípios na área.
Entre os pontos excluídos, um previa que o governo investisse mais caso o Produto Interno Bruto (PIB) fosse revisado para cima. O ministro se limitou a dizer que o governo segue em busca de formas para aumentar os investimentos em saúde.
"O debate sobre financiamento para saúde vai continuar. Como poderemos ter mais recursos para a saúde. O debate continua, assim como o aprimoramente da saúde", afirmou Padilha.

Fonte: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/01/governo-inclui-duas-novas-vacinas-no-calendario-infantil.html

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Do clima à fome. Da fome à guerra.

Cientistas comprovam a relação entre o El Niño e a ocorrência de guerras civis em países pobres.

LETÍCIA SORG
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TRAGÉDIA  CÍCLICA Moradores fogem da fome causada pela seca na Somália. A falta de chuvas na região foi prevista, mas o alerta não evitou a crise humana  (Foto: Boris Roessler/dpa/Corbis/Latin Stock)
As tristes imagens que tornaram a Somália uma catástrofe mundial no início da década de 1990 voltaram ao noticiário em meados de 2011. As fotos de crianças severamente desnutridas e de milhares de refugiados não deixam dúvidas sobre a gravidade da seca no Chifre da África, região de condições políticas precárias. Além da seca e da fome, a população já convive há duas décadas com uma guerra civil.
Que as consequências dos conflitos militares são mais graves em regiões com condições climáticas extremas é um fato comprovado há tempos. Um grupo de cientistas, no entanto, foi mais longe. Seu estudo, publicado na revista Nature, mostra o que muitos suspeitavam: as condições climáticas também podem agravar ou criar guerras locais. “O clima pode ser o último empurrão para a eclosão de uma guerra civil”, disse Solomon Hsiang, líder do grupo de pesquisa do Instituto da Terra da Universidade Colúmbia, em Nova York.
No Chifre da África, a atual seca é consequência do fenômeno La Niña – resfriamento de parte das águas do Oceano Pacífico. Em outras partes do mundo, porém, é geralmente associada a outro fenômeno, de características opostas, o El Niño – aquecimento das águas do Pacífico. Com os dois fenômenos em mente, Hsiang e seus colegas analisaram a variação climática de 175 países e a ocorrência de conflitos civis entre 1950 e 2004. Notaram não só que as guerras eram mais frequentes nos anos do El Niño, mais quentes e secos, como também costumavam eclodir no segundo semestre, junto com os efeitos do fenômeno climático. Encaixam-se nesse padrão a retomada da guerra civil no Sudão, em 1983, depois de dez anos de armistício; os conflitos no Haiti, após o golpe de Estado de 1991; e o início da guerra civil na República Democrática do Congo, em 1997.

Em 2010, os cientistas já haviam alertado sobre o risco de que, se não voltasse a chover, o Chifre da África teria de se preparar pa-ra a fome. As águas não vieram, e estima-se que 30 mil crianças já tenham morrido de inanição. A Organização das Nações Unidas considera a atual crise a mais grave dos últimos 60 anos. Mas não se trata de um problema novo. Somália, Etiópia, Sudão, Eritreia, Quênia e Uganda sofrem com a fome há décadas. Nem inesperado: a crise atual foi prevista com meses de antecedência por cientistas e agências meteoroló-gicas. Embora os ciclos de resfriamento e aquecimento das águas do Pacífico repitam-se há milhares de anos, a maioria dos países ainda não consegue lidar com as consequências dos períodos de seca. Entre elas, para aqueles mais instáveis politicamente, pode ser incluído o risco de um aumento da violência.Cientistas já desconfiavam que as alterações no clima poderiam estar ligadas a graves problemas sociais. O livro Late victorian Holo-causts (Holocaustos do fim da era vitoriana), de Mike Davis, relaciona o El Niño às fomes do fim do século XIX. Mas é a primeira vez que conseguem estabelecer uma ligação estatística entre o clima e as guerras civis no mundo contemporâneo. Em média, a ocorrência do El Niño dobra o risco de um conflito civil nas áreas tropicais, mas o efeito parece ser mais significativo para os países mais pobres. “O El Niño geralmente torna o clima mais quente e seco, o que é muito ruim para a agricultura”, diz Hsiang. “E as perdas na produção agríco-la afetam especialmente os países mais pobres, que dependem mais desse setor.” Com oferta menor de alimentos, a disputa por recursos naturais se acirra, o que pode levar muitos a trocar o debate político pacífico pelas armas.
Em países mais ricos e com instituições políticas mais sólidas, como a Austrália e o Brasil, o El Niño não chega a ameaçar a paz social. O clima seria então apenas um último – mas importante – fator para a ocorrência de uma guerra. A conclusão é significativa quando o pla-neta caminha para um clima mais quente e mais seco. Não é possível comparar diretamente os efeitos do El Niño – um fenômeno abrupto e cíclico – com os do aquecimento do planeta – gradativo e permanente. Mas o mundo precisa estar atento para a possibilidade de novos conflitos gerados pela seca e pela escassez de alimentos.

Fonte (adaptado): http://revistaepoca.globo.com

Última década foi a mais quente desde 1850, diz ONU.

Na África do Sul, onde foi realizada a COP17, a Organização Meteorológica Mundial divulga relatório para reforçar as provas de que o aquecimento global existe.

REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA EFE
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Em Durban, na África do Sul, manifestantes do Greenpeace fazem protesto contra o novo Código Florestal brasileiro (Foto: John Robinson / Greenpeace / AP)
A Organização Meteorológica Mundial (OMM), entidade ligada às Nações Unidas, divulgou em 29 de novembro de 2011, na África do Sul, um novo estudo sobre o aquecimento global com três constatações importantes: a década de 2002 a 2011 é a mais quente desde 1850; 2011 é o 10º ano mais quente da história; e 13 dos 15 anos mais quentes da história ocorreram desde 1997. A divulgação foi feita em Durban, na África do Sul, onde representantes dos 192 países da ONU debateram na 17ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP17) a possibilidade de um acordo mundial sobre o clima ser obtido.
A OMM fez a divulgação dos dados tentando comprovar a tese – contestada em diversas partes do mundo, fundamentalmente pela direita dos Estados Unidos – de que o mundo está ficando mais quente e que a humanidade precisa frear este processo. "Nossos dados científicos são sólidos, demonstram que o mundo está se aquecendo e que este aumento de temperatura é atribuído às atividades humanas", afirmou em comunicado o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.
Segundo o relatório, as temperaturas registradas na Terra em 2011 estão entre as mais altas desde que as medições começaram a ser realizadas em 1850. De acordo com o cálculo provisório da organização, durante 2011 (entre janeiro e outubro) a temperatura do ar na superfície da Terra e do mar se situou em 0,41 graus centígrados acima da média anual do período entre 1961 e 1990. "Este é o 10º ano mais quente desde que começaram os registros em 1850", ressalta o documento. Além disso, o período 2002-2011 se iguala ao 2001-2010 como a década mais quente registrada até o momento, com 0,46 graus centígrados de aumento de temperatura.
O relatório indica que 2011 se revelou como o mais quente durante o fenômeno meteorológico "La Niña", fase fria do ciclo natural global do clima denominado El Niño-Oscilação do Sul (ENOS), cuja fase quente é conhecida apenas como "El Niño". Neste ano, o clima mundial foi bastante influenciado por uma manifestação intensa da "La Niña", originada no Pacífico tropical no segundo semestre de 2010, que costuma acarretar um esfriamento de entre 0,10 e 0,15 graus centígrados. Esta "La Niña", uma das mais fortes dos últimos 60 anos, está associada às secas sofridas na África oriental, nas ilhas do Pacífico equatorial central e no sul dos Estados Unidos, e às cheias no sul da África, Austrália oriental e Sul da Ásia.
Outra realidade abordada pelo relatório é que devido ao calor, "a extensão do Mar Ártico foi em 2011 a segunda menor registrada, com o volume mais baixo em termos absolutos". Baseado nestes dados, o subsecretário-geral da OMM, Jeremiah Lengoasa, disse durante a apresentação do relatório que "a mudança climática é real" e que "as temperaturas continuarão subindo". Lengoasa afirmou que "os 13 anos mais quentes aconteceram, sem exceções, durante os 15 anos transcorridos desde 1997". Já Jarraud destacou que "a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera alcançou novos níveis máximos". "Essa concentração está se aproximando muito rapidamente de níveis que poderiam refletir um aumento de 2 a 2,4 graus centígrados na temperatura média mundial, o que de acordo com os cientistas, poderia desencadear mudanças irreversíveis e de amplo alcance em nosso planeta, assim como em nossa biosfera e oceanos", acrescentou.
Nenhuma área do planeta se livrou das altas temperaturas. A fria Rússia, por exemplo, registrou um aumento de 4 graus centígrados acima da média. O relatório afirma que o calor também chegou com força na América Central, que tem o ano mais quente em pelo menos 140 anos, enquanto a Espanha também teve o período janeiro-outubro mais quente já registrado. Além disso, as inundações castigaram várias áreas do mundo em 2011, como o Brasil, onde as chuvas causaram "um dos piores desastres naturais da história do país" no Rio de Janeiro, de acordo com a OMM.
A versão final do texto, referente aos primeiros dez meses de 2011, será publicada em março, uma vez seja analisada a evolução da temperatura em novembro e dezembro de 2011. O relatório da Organização Meteorológica Mundial se baseia em dados procedentes de estações de estudo do clima, navios, boias e satélites.

Fonte (adaptado): http://revistaepoca.globo.com

Conheça a Deep Web e a ‘internet invisível’.


por Altieres Rohr |
categoria Coluna
Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem.

Site escondido e anônimo vende drogas e armas. (Foto: Reprodução)
É verdade que existe de “tudo” na internet. Mas existem muitos conteúdos que já são difíceis de encontrar, se é que será possível encontrá-los. Eles constituem o que já foi chamado de “web invisível” ou “deep web” (web profunda), mas que poderia também ser chamado de “internet invisível”, já que nem todas as informações circulam puramente no protocolo HTTP, da web. Ou seja: apenas o seu navegador de internet não é suficiente para ver esses sites.
Um exemplo que ficou conhecido é o site Silk Road, descoberto na metade de 2011. O site vendia drogas de todo tipo para vários lugares do mundo. O endereço do site era ianxz6zefk72ulzz.onion e só podia ser acessado por internautas que estivessem usando o programa The Onion Router – Tor (por isso o final “.onion”). Para complicar um pouco mais, o site usava o sistema de pagamento BitCoin, um tipo de “moeda criptográfica”.
Com um endereço desses e tantos requerimentos, o site evidentemente não estava preocupado com marketing.
De forma semelhante, existem muitas outras comunidades fechadas na internet. Sites que mudam de forma quando códigos são inseridos no lugar certo, sites de compartilhamento de arquivos escondidos em páginas que mais parecem a Wikipedia. Sites que exigem cadastro, mas a função de cadastro está sempre desativada.
Essas são páginas que intencionalmente escondem seu propósito verdadeiro e ficam eternamente restritas. Não existe uma receita para ter acesso.
Protocolo "darknet" é usado por redes anônimas e descentralizadas. (Foto: Divulgação)
Protocolos e programas
Há conteúdos que se escondem em protocolos feitos especialmente para driblar a censura e o monitoramento. Além do Tor, já citado e usado pelo Silk Road, existe ainda a Freenet e softwares de compartilhamento de arquivos como o Share e o Perfect Dark, desenvolvidos no Japão com o intuito de dar a seus usuários anonimato durante a troca de dados.
Para usar o Perfect Dark é preciso um mínimo de 40 GB de espaço livre em disco e uma velocidade de upload de 100KB/s – uma taxa que as conexões banda larga no Brasil alcançam com dificuldade, quando alcançam. Dados de endereço IP e fontes de dados são todos codificados e distribuídos de forma descentralizada na rede para dificultar a ação da polícia e outras autoridades que estiverem investigando os usuários do compartilhador.
Apesar disso, pelo menos três usuários do Perfect Dark já foram presos no Japão. O desenvolvedor do software, no entanto, mantem-se em anonimato. O programa só é distribuído pela Freenet – ou seja, não existe um site oficial disponível na internet “pública”. Quem pesquisar por Perfect Dark em mecanismos de pesquisa vai, no máximo, encontrar referências na Wikipédia. A maioria dos resultados, porém, será apenas para um jogo lançado em 2000 para o videogame Nintendo 64.
Página se dedica a mostrar como os mecanismos de pesquisa podem encontrar mais informações. (Foto: Reprodução)
Mecanismos de pesquisa
Os mecanismos de pesquisa não têm em seus bancos de dados todas as páginas de internet. Pelo menos 1/3 da web, dizem alguns, não é pesquisada quando você procura algo no Google, por exemplo. Em parte isso se deve aos sites mencionados anteriormente – páginas que exigem cadastro ou acesso especial. Outros sites intencionalmente bloqueiam mecanismos de pesquisa ou têm seu conteúdo em formato que é difícil de pesquisar, como imagens.
Algumas dessas deficiências são supridas por mecanismos de pesquisa específicos. Mas mesmo esses mecanismos não conseguem encontrar tudo. O enigmático site Searchlores foi criado para “ensinar” pessoas dedicadas a usarem todos os recursos de pesquisa disponíveis.
Existe ainda outro fenômeno: quanto mais dados são colocados na internet, mais difícil é encontrar algo específico. Com o tempo, as páginas que antes estavam nos primeiros resultados de uma pesquisa vão desaparecendo entre os milhares de resultados e encontrá-los se torna uma tarefa difícil ou até impossível.
Talvez seja verdade que a internet não “esquece” nada. Mas é indiscutível que, com o tempo, apenas pessoas muito dedicadas são capazes de encontrar algumas informações, quando estas forem substituídas por outras.
A melhor maneira de esconder algo que está na internet pode não ser tirá-la do ar – uma atitude normalmente fracassada que pode acabar gerando ainda mais publicidade para aquilo que se quer esconder. A melhor forma de esconder algo é colocar mais conteúdo de natureza semelhante no ar, garantindo que o conteúdo anterior seja difícil de encontrar.
Esses fatores, que vão das limitações tecnológicas dos mecanismos de pesquisa aos conteúdos intencionalmente escondidos e protocolos de comunicação inacessíveis sem um sistema configurado corretamente, permitem que exista uma “internet” realmente invisível do ponto de vista da maioria. Mas ela está lá.
O que está invisível, porém, não é um “inteiro”. São fragmentos sem ligação entre si. Não existe uma forma de ter acesso a essa “internet”, mas sim a algumas de suas pequenas partes – e mesmo assim é apenas para quem conhece as pessoas certas e tem o conhecimento técnico necessário. O alcance completo do que está por aí ninguém sabe.

Fonte: http://g1.globo.com/platb/seguranca-digital/2012/01/16/conheca-a-deep-web-e-a-internet-invisivel/

Lista abusiva de material escolar tem até esponja de lavar pratos. Saiba o que não pode ser exigido.

Cesta com material escolar: itens de uso coletivo não podem ser pedidos nas listas
Cesta com material escolar: itens de uso coletivo não podem ser pedidos nas listas Foto: Arquivo
Extra Online
O Procon-RJ divulgou nesta segunda-feira a relação de itens que não podem ser exigidos em listas de material escolar, por serem considerados abusivos. Segundo o órgão, até esponja de lavar prato, tinta de impressora e sabonetes são pedidos por algumas escolas, apesar de não terem qualquer finalidade pedagógica.
Os colégios também não podem exigir marcas específicas de material escolares. Também é vetada a obrigação de fazer a compra em lojas pré-determinadas ou na própria escola. Segundo o órgão de defesa do consumidor, “toda e qualquer situação que impede o consumidor do direito de escolha é indevida”. O Procon-RJ alerta, entretanto, que é aceitável a venda de material didático das próprias escolas, que sejam produzidos na apenas instituição e usados durante o ano letivo, como apostilas.
Por outro lado, materiais relativos a infra-estrutura, como copos descartáveis, papel higiênico e água potável, são vetados, por serem de responsabilidade da instituição. No caso de papel, a escola só pode pedir uma resma por aluno, mais do que isso já pode ser considerado exagero.
Veja a lista com os itens que não podem ser pedidos aos pais na hora da matrícula, segundo o Procon-RJ:
- Álcool hidrogenado
- Algodão
- Bolas de sopro
- Canetas para lousa
- Copos descartáveis
- Cordão
- Creme dental
- Disquetes
- Elastex
- Esponja para pratos
- Estêncil a álcool e óleo
- Fita para impressora
- Fitas decorativas
- Fitilhos
- Giz branco e colorido
- Grampeador
- Grampos para grampeador
- Lenços descartáveis
- Medicamentos
- Papel higiênico
- Papel convite
- Papel ofício colorido
- Papel ofício (230 x 330)
- Papel para impressoras
- Papel para copiadoras
- Papel de enrolar balas
- Pegador de roupas
- Plásticos para classificador
- Pratos descartáveis
- Sabonetes
- Talheres descartáveis
- TNT (tecidos não tecido)
- Tonner


Fonte: http://extra.globo.com/noticias/economia/lista-abusiva-de-material-escolar-tem-ate-esponja-de-lavar-pratos-saiba-que-nao-pode-ser-exigido-3680223.html

domingo, 15 de janeiro de 2012

Em vez de dieta, crie hábitos saudáveis para emagrecer.

Além de diminuir peso de maneira mais fácil, criar um novo hábito por vez prolonga os benefícios de uma boa alimentação e de atividades físicas.

Vivian Carrer Elias
Hábitos saudáveis: diferentemente de começar uma dieta maluca, ganhar hábitos significa conquistar qualidade de vida por muito tempo
Hábitos saudáveis: diferentemente de começar uma dieta maluca, ganhar hábitos significa conquistar qualidade de vida por muito tempo (Getty Images/iStockphoto)

Perder muito peso de uma só vez é errado. Pior, é ineficiente a longo prazo. O esforço feito é desproporcional e ninguém consegue manter um carga alta de exercícios ou uma dieta rigorosíssima por muito tempo. Em poucos meses, todo o esforço é desperdiçado e o ponteiro da balança volta a subir. O segredo, em lugar de programas radicais de emagrecimento, é criar hábitos duradouros e transformar alimentação saudável e exercícios em hábitos possíveis de serem mantidos e seguidos.
É possível conquistar hábitos saudáveis com pequenas medidas. Aos poucos, além de emagrecer, a saúde melhorará e esses benefícios durarão por muito mais tempo. É preciso, no entanto, saber que nada é tão simples como parece: desenvolver novos hábitos saudáveis demora e exige muita paciência e disciplina. Assim como manter uma dieta, começar uma nova vida com hábitos saudáveis é difícil e, com o tempo, pode causar desânimo e desistências. Planejar-se e começar aos poucos são duas regras de ouro no início, já que mudar radicalmente a rotina provoca um grande impacto. Estabeleça uma meta e, para alcançá-la, adote um hábito novo a cada semana ou a cada mês — a frequência depende da sua vontade e do quanto os hábitos não saudáveis estão enraizados em sua vida.
"Revisar os hábitos é admitir os erros e tentar corrigi-los", diz Márcio Mancini, endocrinologista e chefe do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas. "É bem diferente de uma dieta rigorosa, que funciona somente para quem busca soluções rápidas e milagrosas que, por serem difíceis de manter, muitas vezes resultam em novo ganho de peso assim que a dieta é interrompida." Segundo o médico, criar novos hábitos, além de fazer com que uma pessoa perca peso, evita esse 'efeito sanfona' e melhora a saúde a longo prazo, diminuindo fatores de risco para doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão.
Assim, com um hábito novo por vez, tornar-se uma pessoa mais saudável - e mais magra - fica mais fácil. E ainda evita começar cada ano novo com uma nova dieta.
Saiba abaixo como transformar alimentação saudável e exercícios em hábitos duradouros:

Faça planos a longo prazo e dê um passo de cada vez


Saiba quais são seus objetivos e procure não cometer loucuras para alcançá-los. A melhor maneira de transformar mudanças em hábitos que levará para a vida toda é torná-los parte de sua rotina aos poucos, de maneira saudável e sem correr riscos. Mais do que uma dieta ou atividade física momentânea, você conseguirá, aos poucos, mudar o seu estilo de vida. Os resultados podem demorar para aparecer, mas são muito mais benéficos e duradouros.

Diminua as quantidades aos poucos


Para a nutricionista chefe do serviço de atendimento ambulatorial do Hospital das Clínicas, Sônia Trecco, para uma pessoa adotar uma alimentação saudável, de uma vez por todas, ela deve diminuir de maneira gradativa a quantidade dos alimentos não saudáveis que são consumidos em um dia. "Por exemplo, se uma pessoa toma dez copos de refrigerante diariamente, pode tentar reduzir essa quantidade para um copo por semana, até o dia em que consumirá a bebida apenas esporadicamente", afirma a nutricionista.

Escolha um alimento saudável por vez


Mudar radicalmente os hábitos alimentares é difícil, pode desanimar uma pessoa e até fazê-la desistir de adquirir uma vida mais saudável. Além da redução da quantidade, é importante substituir alimentos não saudáveis por outros mais nutritivos e menos calóricos. "Pode ser uma troca por semana: por exemplo, primeiro passar a comer queijo branco em vez de queijo prato ou arroz normal pelo integral. Na outra semana, troca o leite por um desnatado. E assim por diante”. Outras trocas também podem ser feitas nas formas de preparo de um prato, como trocar alimentos fritos por assados, por exemplo.


Encontre uma atividade física da qual você goste


Para que um exercício físico passe a fazer parte da rotina de uma pessoa, ele deve, principalmente, ser agradável. "Todos devem encontrar uma atividade com a qual se identifiquem. Quem tem dificuldades de motivação pode se dar bem em atividades em grupo ou simplesmente em companhia de alguém. Tornar o esporte social é fundamental para a motivação continuar”, afirma o professor de educação física e colunista de VEJA, Renato Dutra.

Acrescente pouca intensidade aos exercícios por vez


Para quem foi sedentário a vida toda, ou em grande parte dela, é difícil começar um exercício já com alta intensidade. Além de desmotivador, pode provocar lesões musculares e distúrbios como o do sono e hormonais. "O ideal é traçar um objetivo a longo prazo e organizar pequenas metas que farão uma pessoa chegar a esse resultado", diz Renato Dutra. Por exemplo, um sedentário que resolve fazer caminhada deve começar com poucos minutos da atividade e, a cada dia, semana ou mês, ir aumentando em alguns minutos o tempo da atividade. "Mesmo antes de atingir as metas, a pessoa vai perceber melhora no sono, maior facilidade de emagrecer e melhora no humor, na disposição e na produtividade no trabalho", diz.


 Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/em-vez-de-dieta-crie-habitos-saudaveis-para-emagrecer

sábado, 14 de janeiro de 2012

Via Láctea abriga pelo menos 100 bilhões de planetas.

Estudo estatístico afirma que galáxia possui mais planetas rochosos que gigantes gasosos. Resultado anima busca por mundos habitáveis.

A imagem mostra uma concepção artística de como planetas orbitando estrelas são comuns na Via Láctea. Os planetas, órbitas e estrelas não estão em escala. A imagem mostra uma concepção artística de como planetas orbitando estrelas são comuns na Via Láctea. Os planetas, órbitas e estrelas não estão em escala.  (ESO/M. Kornmesser )
A Via Láctea, galáxia que abriga o planeta Terra, possui pelo menos 100 bilhões de planetas, de acordo com um estudo que será publicado nesta quinta-feira no periódico britânico Nature. A equipe internacional de cientistas descobriu que há em média um planeta para cada estrela na galáxia. Isso significa que existem pelo menos 1.500 planetas num raio de 50 anos-luz da Terra. O estudo também concluiu que existem mais planetas do tamanho da Terra do que gigantes gasosos, como Júpiter.

Os resultados são baseados em seis anos de observações. No estudo, os astrônomos usaram uma técnica chamada microlente, que tira vantagem do próprio movimento das estrelas. Se uma passa em frente à outra, a gravidade daquela que está mais à frente desvia a luz da estrela que está ao fundo. Como resultado, o astro mais próximo da Terra atua como uma lente gigante, amplificando a luz da estrela mais distante. Um planeta que acompanha a estrela mais próxima pode ajudar a aumentar o brilho da estrela distante. Esse brilho adicional revela o planeta, que normalmente seria pequeno e apagado demais para ser observado por telescópios e outras técnicas de observação.

Dos 40 eventos analisados pelos cientistas, três mostraram evidências de exoplanetas, como são chamados os planetas fora do Sistema Solar. Por meio de análise estatística, a equipe descobriu que uma a cada seis estrelas tinha um companheiro com a mesma massa de Júpiter. Metade das estrelas observadas tinham mundos parecidos com Netuno e dois terços eram orbitadas por exoplanetas de massa parecida com a da Terra.

Segundo os autores do estudo, os resultados das principais técnicas de detecção de planetas estão convergindo rapidamente para um resultado em comum. "Exoplanetas são comuns em nossa galáxia, e os planetas menores são mais abundantes que os grandes", disse o astrônomo da Nasa Stephen Kane, coautor da pesquisa. "São resultados que encorajam a procura por planetas habitáveis".

Entenda como os cientiscas encontram os planetas:

Terras à vista

Vasculhar o universo atrás de planetas com as mesmas características da Terra é um desafio estatístico e também tecnológico. Mas os cientistas garantem: ainda acharemos um mundo parecido com o nosso

Marco Túlio Pires
Concepção artística do HD 85512 b, um raro planeta fora do Sistema Solar que ocupa a zona habitável de sua estrela Concepção artística do HD 85512 b, um raro planeta fora do Sistema Solar que ocupa a zona habitável de sua estrela (M. Kornmesser/ESO)
Faz apenas 19 anos que os cientistas descobriram os primeiros planetas fora do Sistema Solar - ou exoplanetas. Hoje são 685 confirmados e outros 2.000 candidatos. Mas quase nenhum pode abrigar alguma forma de vida, obsessão maior dos caçadores de novos mundos. Uma rara exceção é o planeta HD 85512 b, a 36 anos-luz de distância, um dos 50 achados mais recentes do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês). Mas por que é tão difícil encontrar um exoplaneta como a Terra? Como os astrônomos descobrem mundos fora do Sistema Solar? Em entrevista ao site de VEJA, astrônomos explicam o desafio de esquadrinhar o universo atrás de exoplanetas, falam do empenho e técnicas para acelerar o ritmo das descobertas e garantem: ainda acharemos um mundo parecido com o nosso.

Requisitos - Para que possa abrigar vida como a conhecemos na Terra, um planeta precisa cumprir uma série de requisitos. "O mais importante é estar situado na zona habitável da estrela", diz o físico Claudio Melo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e astrônomo do ESO. Trata-se da região em volta das estrelas onde a quantidade de energia solar que o planeta recebe permite a existência de água líquida na superfície, essencial à formação de vida. É onde foi encontrado o HD 85512 b. E, claro, é onde está a Terra, que ocupa bem o centro da zona habitável do Sistema Solar.

Outro requisito é que o planeta seja rochoso, como a Terra e Marte. Um planeta gasoso, como Saturno é Júpiter, é considerado um ambiente hostil demais à vida. Nestes casos, as esperanças seriam depositadas em suas eventuais luas - como Europa, o mais famoso satélite de Júpiter, ou Enceladus, de Saturno.

Além da posição e composição do planeta, entram também na conta: o tipo, o tamanho e a temperatura de sua estrela; a existência, disposição e dimensões de luas e planetas vizinhos; a duração do ano, a inclinação do planeta; o formato e a idade da galáxia; entre muitas outras variáveis. A lista de requisitos pode ser tão longa que acabam descartados praticamente todos os exoplanetas conhecidos - ou por conhecer. E para complicar, ao contrário das estrelas, planetas não têm brilho próprio, o que torna sua identificação um enorme desafio.
zona habitável
Técnicas - De acordo com Melo, existem dois métodos de maior sucesso para caçar exoplanetas. Um deles se chama técnica de trânsito e é usada pelo Observatório Espacial Kepler, da Nasa, a agência espacial americana. A outra, batizada de velocidade radial, está presente em um instrumento do ESO responsável pela confirmação dos 50 exoplanetas mais recentes, chamado HARPS.

A técnica de trânsito consiste em medir a diminuição de luz emitida por uma estrela quando um objeto passa à frente dela. "Se essa diminuição ocorrer de maneira cíclica e o objeto bloquear uma quantidade de luz suficiente, quer dizer que há um mundo orbitando aquela estrela", explica Melo.



Já o método da velocidade radial é um pouco mais complicado, apesar de ter o mesmo princípio: medir uma variação periódica no comportamento dos astros. Esta técnica identifica se o movimento de uma estrela está sendo influenciado pela gravidade de um eventual planeta em sua órbita. Quanto maior a influência, maior a massa do planeta. Para medir esta influência, os telescópios do ESO verificam se a estrela está "bamboleando" em função da presença de planetas. Se estiver, as ondas de luz emitidas vão se achatar ou se espaçar conforme a estrela se aproxime ou se afaste da Terra. Quando as ondas se achatam, a luz captada pelos instrumentos astronômicos tenderá à região violeta do espectro de cores. Quando se afastam, apontará para a região vermelha, no extremo oposto do espectro de luz visível. Essa variação na frequência da luz é chamada pelos físicos de Efeito Doppler, e é o que explica, por exemplo, a diferença do barulho que um carro faz ao se aproximar ou se afastar de um observador.



Dificuldades - As duas técnicas, de trânsito e velocidade radial, deduzem a existência dos planetas de modo indireto a partir de perturbações extremamente sutis. Os cientistas da Nasa acreditavam que o Kepler seria capaz de captá-las com relativa facilidade e com isso descobrir muitos exoplanetas do tamanho da Terra orbitando estrelas parecidas com o Sol. Estavam enganados.

Com o Kepler e sua técnica de trânsito, os astrônomos conseguem encontrar exoplanetas do tamanho aproximado da Terra e igualmente distantes de sua estrela, mas a experiência mostrou que é preciso muito tempo para recolher e corrigir as informações. "Para que o observatório detecte outras Terras, o tempo da missão terá que ser estendido para aumentar a quantidade de observações e corrigir ruídos", explica Melo. "Seriam necessários três ou quatro anos para confirmar a existência de um planeta como o nosso."

Já com a técnica da velocidade radial, usada no ESO, é possível achar astros rochosos e do tamanho da Terra. "Mas não tão distantes de sua estrela quanto o nosso planeta dista do Sol", explica Francesco Pepe, astrônomo da Universidade de Genebra, Suíça, e coordenador do projeto HARPS. O astrônomo calcula que as orbes normalmente encontradas por este método estão em média 10 vezes mais próximas de suas estrelas do que a Terra. Ou seja, fora da zona habitável.

Vida, sim. Mas inteligente?

Com bilhões e bilhões de galáxias, a chance de haver vida em outro canto do universo é bastante razoável, certo? Depende, diz o paleontólogo Peter Ward. Quanto a micróbios e bactérias, ele diz que há toda a probabilidade de encontrá-los longe da Terra. Mas, quanto à vida inteligente, a chance é praticamente nula. Afora a inviabilidade de escarafunchar cada galáxia do universo, Ward defende em seu 'Sós no Universo?' que formas complexas de vida exigem uma combinação única de fatores. 'Somos produto de um lance de sorte.'
'Pequena revolução' - Pepe é o chefe do projeto ESPRESSO, uma espécie de evolução do HARPS que vai aumentar em 100% a precisão das medições atuais do 'bamboleio' das estrelas. Quando os astrônomos apontam o telescópio que contém o HARPS para determinada região do céu a fim de medir o movimento de uma estrela, o equipamento utiliza uma lâmpada fosforescente como padrão para comparar com o raio de luz captado. "Essa comparação é necessária, porque a atmosfera da Terra provoca ruídos nas ondas de luz que precisam ser compensados via algoritmos de correção", explica Melo. O problema é que a lâmpada perde a capacidade com o tempo. "Ela vai perdendo a força e deixa o instrumento míope, comprometendo a precisão dos resultados."

A solução para o problema é trocar a lâmpada por uma tecnologia que utilize o laser, fonte de luz muito mais estável. O projeto ESPRESSO, do ESO, vai usar um novo instrumento chamado Laser Frequency Comb (LFC, Pente de Frequência Laser), que já está sendo desenvolvido por vários grupos de pesquisa, um deles em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

O astrônomo José Renan de Medeiros, chefe do grupo brasileiro que está participando no desenvolvimento de um LFC, diz que o protótipo do instrumento terá efeito imediato na caça aos exoplanetas. "A maior precisão do equipamento pode provocar uma pequena revolução, permitindo encontrar mais exoplanetas dentro da zona habitável de várias estrelas".

Antevendo a 'pequena revolução', Medeiros montou um time de cientistas do Brasil que está trabalhando em uma amostra de 20 estrelas bem parecidas com o Sol, todas elas possuindo uma espécie de 'Júpiter'. "A existência de um sistema planetário como o Sistema Solar parece depender fortemente da presença de um gigante gasoso", explica Medeiros. "São planetas que protegem os vizinhos do bombardeio de outros corpos, assim como Júpiter protegeu a Terra, sobretudo no início da formação de vida".

Com toda dificuldade, é possível encontrar um planeta como a Terra? "Idêntico, é provável que não", diz Pepe. "Mas um planeta bem parecido, isso sim", acredita. "De qualquer forma, só teremos a resposta se continuarmos procurando".

Os caça-planetas do ESO

 
HARPS
O High Accuracy Radial velocity Planet Searcher é um instrumento de alta precisão instalado em 2002 no telescópio de 3,6 metros no Observatório de La Silla, Chile. Ele utiliza a técnica da velocidade radial para encontrar planetas fora do Sistema Solar e possui uma precisão de 1 metro por segundo. A Terra, por exemplo, induz uma velocidade radial de 9 centímetros por segundo no Sol.
 
ESPRESSO
O Eschelle SPectrograph for Rocky Exoplanet and Stable Spectroscopic Observations é um instrumento de altíssima precisão que ainda está em fase de construção. Ele será usado a partir de 2016 no Very Large Telescope do ESO, situado no deserto de Atacama, no Chile. Utilizando um padrão laser, o instrumento será capaz de encontrar planetas do tamanho da Terra na zona habitável de estrelas parecidas com o Sol. O instrumento terá uma precisão mínima de 10 centímetros por segundo, mas o objetivo é conseguir uma precisão ainda maior.


Fonte:  http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/via-lactea-possui-pelo-menos-100-bilhoes-de-planetas

Maioria reprova saúde pública no país, diz pesquisa.

O levantamento, realizado com 2.002 pessoas , mostrou que 61% dos brasileiros considera o serviço de saúde pública ruim ou péssimo

O serviço de saúde da rede pública é considerado ruim ou péssimo por 61% dos brasileiros, segundo aponta uma pesquisa. O serviço de saúde da rede pública é considerado ruim ou péssimo por 61% dos brasileiros, segundo aponta uma pesquisa. (Thinkstock)
O serviço de saúde da rede pública é considerado ruim ou péssimo por 61% dos brasileiros, segundo aponta uma pesquisa divulgada pelo Ibope nesta quinta-feira. O levantamento foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria.
De acordo com o estudo, somente 10% dos entrevistados avaliam a qualidade do Sistema Único de Saúde como boa ou ótima. A demora no atendimento foi apontada como o principal problema do sistema público por 55% das pessoas. Em segundo lugar, a falta de equipamentos e de unidades de saúde foi sugerida por 10% das pessoas, seguida pela falta de médicos, segundo 9% das pessoas.
Para melhorar a situação do serviço público, 57% dos entrevistados acreditam que é preciso aumentar o número de médicos e 30% disseram que o SUS melhoraria se os profissionais tivessem aumento de salário.
Ainda segundo o levantamento, 85% dos entrevistados não perceberam melhoras na saúde pública nos últimos três anos. Do total, 43% dos entrevistados afirmaram que houve piora no sistema de saúde.
O estudo mostrou também que 24% têm plano de saúde contratado, em sua maior parte, pelo empregador. Além disso, 61% dos entrevistados utilizaram algum serviço de saúde nos últimos 12 meses e 79% deles o fizeram na rede pública.
Recursos – Quase todos entrevistados (95%) reconhecem a importância e a necessidade de se destinar mais recursos para a saúde. Para 82% dos brasileiros, os recursos adicionais podem ser conseguidos se o governo acabar com a corrupção.

Somente 4% dos entrevistados acham necessário aumentar impostos para angariar mais fundos para investir na área da saúde.

No total, foram ouvidas 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 16 e 20 de setembro de 2011. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/maioria-reprova-saude-publica-no-pais-diz-pesquisa

Descoberto hormônio que gera benefícios da atividade física.

Irisina ajuda a queimar calorias, mas não fortalece músculos.
Substância pode ser testada em humanos daqui a dois anos.

Do G1, em São Paulo

Um hormônio natural, presente no corpo humano, é o responsável por gerar alguns dos principais benefícios trazidos pela atividade física. A irisina foi identificada e descrita por um estudo da Faculdade de Medicina Harvard publicado na edição desta semana da revista científica “Nature”.
A descoberta não significa que uma pílula vá substituir a academia, pois o hormônio não fortalece os músculos. Contudo, ele é sim um candidato para o tratamento da obesidade, da diabetes e de outros problemas, incluindo o câncer.
Quando os níveis de irisina são elevados pelo exercício – ou no caso do estudo, pela injeção de hormônio em camundongos –, ela aciona genes que transformam a gordura branca, comum, em gordura marrom. A gordura marrom queima mais calorias em excesso do que o próprio exercício.
“Havia um sentimento nesse campo de que o exercício ‘conversa’ com vários tecidos no corpo. A pergunta era: como?”, disse Bruce Spiegelman, que liderou a pesquisa, em material divulgado pela faculdade.
Segundo os pesquisadores, não há sinais de efeitos tóxicos nos animais testados, até porque a quantidade injetada foi semelhante à que é liberada pela atividade física. Um remédio à base desse hormônio não deve ser testado em menos de dois anos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/01/descoberto-hormonio-que-gera-beneficios-da-atividade-fisica.html

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

ENERGIA EÓLICA
Motivado por fatores como a alta dos preços do petróleo e o combate ao aquecimento global, o crescimento da busca por energias limpas já é uma realidade em muitos países. De acordo com um relatório divulgado em 2008 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), os investimentos em energia renováveis no mundo em 2007 foram ampliados em 60% (US$ 148 milhões), se comparados ao ano de 2006. Neste cenário, a energia eólica liderou os esforços globais, concentrando US$ 50,2 bilhões de investimentos.
A expansão mundial da energia eólica se apóia especialmente no fato de ser produzida a partir de uma fonte inesgotável. Ela permite diversificar as matrizes energéticas sem causar danos ao meio ambiente, já que o processo de geração é totalmente limpo e não envolve a emissão de gases poluentes que contribuem para o aquecimento global. “No nosso parque, evitamos a emissão de 148 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera por ano”, informa Telmo Magadan, presidente da Ventos do Sul Energia, empresa que está à frente do Parque Eólico de Osório (RS), o maior da América Latina, com potência instalada de 150 MW e capacidade de abastecer uma cidade de 750 mil habitantes.
Outro ponto importante na questão da energia eólica é o fato de que as usinas não causam impactos negativos nas regiões onde são instaladas, contrastando, por exemplo, com as hidrelétricas, que demandam intervenções na natureza, trazendo uma série de conseqüências danosas para o meio ambiente e o homem. “Não tivemos uma transformação na área de instalação de nossa usina. As fazendas e as propriedades continuam normalmente suas atividades de agropecuária e suinocultura”, explica Telmo.
“As áreas onde funcionam os parques eólicos mantêm as suas atividades originais“, confirma Eduardo Lopes, gerente do departamento de desenvolvimento de negócios da Wobben Windpower, empresa brasileira de capital alemão que fabrica aerogeradores de grande porte e trabalho com projeto, construção, montagem, operação e manutenção de usinas eólicas. “A energia eólica não tem contra-indicação e utiliza um combustível de custo zero. Além de tudo, é estratégica. Ninguém controla o vento. Ele não tem fronteiras, não tem país”, complementa.
O caráter complementar desse tipo de energia também é ressaltado pelos especialistas, especialmente se combinado com fontes hídricas, já que os ventos ganham mais força justamente nos períodos de escassez de chuvas. “Recentemente, tivemos problemas de seca no Rio Grande do Sul e, coincidentemente, o Parque de Osório estava funcionando a plena potência”, conta Telmo Magadan.
NA CONTRAMÃO DOS VENTOS
Contrariando a tendência mundial, o desenvolvimento da energia eólica no Brasil ainda se mostra tímida, especialmente quando se constata o enorme potencial do País. Segundo o Atlas Eólico, a capacidade a ser explorada está no patamar de 143 mil MW e a produção e a produção, ao longo dos últimos anos, alcançou apenas 247 MW. “Esse Atlas foi feito em 2001. Na época, as torres trabalhavam com uma medição de 50m de altura. Hoje, elas são mais altas e, se o Atlas for refeito, provavelmente veremos que o potencial é ainda maior”, explica Eduardo Lopes.
O Brasil conta com usinas em operação espalhados pelo NE e S, principalmente, e destacamos: Ceará (Taíba, Prainha e Mucuripe), Paraíba (Millennium), Paraná (Palmas), Santa Catarina (Bom Jardim da Serra, Horizonte e Água Doce), Rio Grande do Norte (Macau e Rio do Fogo) e Rio Grande do Sul (Osório, Sangradouro e Índios). Envolvida na instalação de todos os parques eólicos em operação no País, a Wobben elevou a produção no setor a 340 MW, nos últimos anos, com a conclusão de novos projetos.
Com um vasto campo a ser explorado, o potencial eólico brasileiro encontra ótimas condições naturais em locais como o Nordeste – especialmente Ceará e Rio Grande do Norte e interior da Bahia – e em Estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina. “Entre as virtudes do vento no Brasil, o Nordeste se destaca, porque os ventos são sempre a mesma direção. Tecnologicamente, isso simplifica muito a construção dos parques eólicos”, explica Lauro Fiúza Junior, presidente da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).
Se o volume de investimentos ainda não é o ideal, os representantes do setor já começam a vislumbrar um horizonte mais promissor para o mercado da energia eólica. “Está tendo uma aceitação melhor. O governo brasileiro já entendeu que não dá pra ir na contramão do que está acontecendo no mundo inteiro”, opina Eduardo Lopes.
Um dos fatores que contribuíram para o aquecimento do setor foi o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia). Criado em 2002 e regulamentado em 2004, o programa previa um investimento de R$ 8,6 bilhões para a geração de 3.300 MW de energia, que seria gerada por fontes eólicas, biomassa e pelas PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), cada uma produzindo 1.100 MW.
A primeira fase do Proinfa seria finalizada em 2006, porém, essa primeira etapa acabou sendo prorrogada e foi concluída em 2009. Apesar de algumas distorções na execução do programa, Eduardo Lopes vê pontos positivos no Proinfa. “O que o projeto trouxe de bom foi a garantia de compra e a definição de uma tarifa atrativa para o mercado, o que motivou o interesse de vários investidores, principalmente do exterior”, afirma.
O fator econômico é justamente o alvo principal das críticas à utilização da energia eólica, que seria extremamente cara e, por esse motivo, não justificaria investimentos. “Energia cara é aquela que você não tem”, afirma Eduardo Lopes, ressaltando que, ao contrário de fontes como o gás, a energia eólica não está sujeita a problemas estratégicos, como variação cambial, corte de fornecimento e flutuação de mercado. “É uma das poucas formas de energia que o custo de geração é debitado exclusivamente no investimento. Depois disso, você sabe exatamente quanto ela vai custar. Todas as demais fontes dependem de outros fatores”, concorda o presidente da ABEEólica, Lauro Fiúza Junior, acrescentando: “A energia eólica tem um grande crédito pelo custo evitado. Ela deve ser vista dentro de um contexto global. Não pode ser pensada isoladamente, mas, sim, num sistema interligado, contribuindo para a queda do preço da energia. Antes de ser barata, qualquer fonte tem que ser farta, permanente e confiável”.
Com o objetivo de derrubar a ideia de que a energia eólica seria supérflua, cara e desnecessária, a ABEEólica vem trabalhando para comprovar a viabilidade econômica dessa fonte. “Fizemos um estudo considerado o maior custo das fontes energéticas versus o custo operacional de cada uma delas. A energia eólica começa a ser equivalente à energia térmica a partir de 12 dias. Em 60 dias, em média, ela se mostra mais viável do que qualquer tipo de energia”, diz Lauro Fiúza Junior.
O presidente da Ventos do Sul, Telmo Magadan, também destaca o fator tecnológico na questão do custo da energia eólica. “A tecnologia vem crescendo muito no setor. Hoje, já existem máquinas que otimizam a capacidade de geração com a mesma quantidade de ventos”, revela.
PRESTES A DECOLAR
Sinalizando uma mudança de postura, o governo brasileiro através do Ministério de Minas e Energia, confirmou a realização de mais leilões específicos para a compra de energia eólica que ocorrem desde 2009. A iniciativa vai ao encontro das reivindicações dos representantes do setor. “O mercado está pedindo que esses leilões sejam realizados regularmente. O que mais atrapalha são os espasmos, a falta de continuidade”, diz Eduardo Lopes, que destaca ainda outras medidas possíveis para estimular o mercado, como programa de incentivo, metas de inserção na matriz, tarifas que viabilizem os empreendimentos e uma política específica e de longo prazo.
Um projeto de grande alcance também é necessário, segundo Lauro Fiúza. “Para que realmente nasça uma indústria forte e um parque eólico robusto, o mais importante é um programa que sinalize a quantidade de energia a ser comprada ou que garanta essa compra. A energia eólica agrega muita segurança ao sistema energético brasileiro, além de ser um gerador de empregos qualificados”, afirma.
COMO FUNICONA
Para produzir energia elétrica, a energia eólica utiliza turbinas, ou aerogeradores, cujas pás são acionadas quando o vento atinge uma determinada velocidade, colocando em movimento, no sentido rotacional, um gerador de eletricidade instalado no topo de uma torre. Uma vez produzida a energia elétrica, seu transporte é feito por uma rede de cabos subterrâneos até uma subestação coletora, que permanece interligada à rede elétrica de uma concessionária. Assim, a energia acaba indo diretamente para o abastecimento de residências, indústrias e comércios.

Fonte: Revista Online – aquecimento global, ano 1, nr 7.

sábado, 7 de janeiro de 2012

YouTube divulga página com retrospectiva 2011

Rafael Silva Do Tecnoblog
O Youtube divulgou o Rewind 2011, canal em que exibe uma espécie de restrospectiva de vídeos do ano. O usuário que navegar pela página encontra uma série de informações que "definem o Youtube em 2011": vídeos mais vistos, clipes musicais mais assistidos, termos de busca que ascenderam mais rápido em 2011 e uma seção onde é possível votar naqueles que o internauta considerar "os melhores vídeos" publicados.

Na seção de "vídeos mais assistidos do ano", é possível assistir aos 10 primeiros. No topo da lista, está o clipe musical Friday, cantado por Rebecca Black, a americana que ganhou fama instantânea na web justamente por causa desse vídeo. Ela também foi destaque no Zeitgeist 2011 do Google, alcançando a primeira posição dos termos com crescimento mais rápido.
Retrospectiva 2011 do Youtube. (Foto: Reprodução) 
Retrospectiva 2011 do Youtube. (Foto: Reprodução)
A lista de vídeos é variada, mas quem domina mesmo são os clipes musicais: outros 5 constam nela. Além deles, dentre os clipes mais assistidos estão o vídeo da interminável animação Nyan Cat, a propaganda da montadora Volkswagen e outros dois vídeos de animais fazendo gracinhas. No total, os vídeos desse ano tiveram mais de 1 trilhão de visualizações, o que pode ser traduzido para 140 visualizações por habitante do planeta Terra, segundo o site.
Além dessa lista, o YouTube também revelou quais foram os dez canais que tiveram os vídeos mais assistidos, com o canal Machnima em primeiro lugar, e os dez clipes musicais de grandes gravadoras mais vistos, com o clipe de On The Floor da cantora Jennifer Lopez ocupando a primeira posição. Veja aqui uma playlist com todos os vídeos dessa categoria.
Via Google Blog

Fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2011/12/youtube-divulga-pagina-com-retrospectiva-2011.html

ESCÓRIA ELETRÔNICA DA EUROPA VAI PARAR NOS LIXÕES DE GANA

O lixo eletrônico, sempre em aumento nos últimos anos, está se transformando em um problema de dimensão global. O consumo de materiais elétricos produz um lixo altamente tóxico e perigoso, caso os artigos descartados não sejam tratados e reciclados da maneira correta. O problema cresce quando países ricos - os do continente europeu e os EUA - "presenteiam" as próprias escórias aos países do Terceiro Mundo. Um fato denunciado pelo Greenpeace é o envio de lixo eletônico a Gana. Navios carregados de materiais provenientes de toda a Europa partem do porto de Anversa, na Bélgica, com destino a Accra, capital de Gana, e, de lá, seguem para as zonas de reciclagem e para os lixões da cidade de Agbogbloshie.

Para extrair o alumínio, por exemplo, e revendê-lo no mercado local, o lixo é reciclado sem as precauções necessárias, O descarte é queimado, contaminando o ar com gases tóxicos e, consequentemente, colocando em risco a vida dos operários. E tudo acontece à luz do dia.

Fonte: RevistaOnline, ano1, nr 7.

CONSUMO HUMANO JÁ SUPERA CAPACIDADE DA TERRA

Segundo o relatório Planeta Vivo, realizado pela ONG internacional WWF, nós consumimos 30% mais recursos naturais do que o planeta pode repor a cada ano.

O relatório observa que a população humana e os níveis de consumo continuam crescendo mais rapidamente que a capacidade de regeneração dos sistemas naturais e, se nada for feito, até 2030 a humanidade irá precisar de duas Terras para dar suporte aos atuais níveis de consumo. Atualmente, três quartos da população mundial vivem em países que consomem mais recursos do que conseguem repor. Estados Unidos e China são os dois principais expoentes: cada um deles consome 21% dos recursos naturais do planeta.

Fonte: Revistaonline, Aquecimento Global, ano 1, nr 7.

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