José Eduardo Mendonça - 13/08/2014
Substâncias que as compõem exacerbam asma e causam enxaquecas
O termo fragrâncias, ou perfumes, na lista de ingredientes de cosméticos, representa geralmente uma mistura complexa de dezenas de substâncias químicas. São componentes óbvios de perfumes, colônias e desodorantes. Mas podem ser encontrados em quase todo tipo de produtos de cuidado pessoal. Mesmo alguns vendidos como livres de perfumes podem de fato contê-lo junto com um agente que impede que o cérebro perceba seu odor.
Destas milhares de substâncias, a maioria não foi testada para sua toxicidade, sejam sozinhas ou em combinação. Diversas delas são irritantes que podem provocar alergias, enxaquecas e sintomas de asma. Uma pesquisa com asmáticos descobriu que perfumes provocam ataques em três em cada quatro indivíduos.
Almíscares sintéticos usados em fragrâncias são uma preocupação particular do ponto de vista ecológico. São persistentes e se acumulam nos tecidos gordurosos de organismos aquáticos.
Como cigarros, as fragrâncias são perigosas para a saúde de usuários ou circundantes, e seu efeito tóxico permanece horas depois de seu uso. Mas não existe uma consciência pública sobre o problema, e elas continuam dentro de ambientes de trabalho ou espaços públicos, como shopping centers.
De acordo com um estudo de 2009, nos últimos 50 anos de 80% a 90% dos componentes das fragrâncias têm sido sintetizadas do petróleo, e incluem acetona, fenol, tolueno, acetato de benzila e D-limonene.
Estes elementos são tão perigosos que foram agrupados pela Academia Nacional de Ciências dos EUA com inseticidas, metais pesados e solventes na categoria de substâncias químicas que devem ter prioridade em testes de toxicidade, relata o
.
Foto:
/Creative Commons
Extraído de Planeta Sustentável Online
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