Seja bem-vindo para conhecer e aprender. Hoje é

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A tão anunciada crise de abastecimentos está cada vez mais próxima!

Índice de preço dos alimentos segue em alta e bate novo recorde.
 
O indicador da FAO atingiu o recorde de 231 pontos, com uma alta de 3,4% ante dezembro
Redação Época, com Agência Estado
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) elevou nesta quinta-feira (3) pelo sétimo mês consecutivo o índice de preço dos alimentos. Em janeiro, o indicador atingiu o recorde de 231 pontos, alta de 3,4% ante dezembro, devido à apreciação global dos cereais, do açúcar e dos óleos vegetais.
No último mês de 2010, após seis meses de altas consecutivas, o indicador havia ultrapassado o recorde registrado em junho de 2008, de 213,5 pontos, e atingido o maior nível da série histórica, iniciada em 1990.
O secretário do Grupo Intergovernamental para Grãos da FAO, Abdolreza Abbassian, afrimou que o aumento dos preços dos alimentos causa grande preocupação, principalmente para países de baixa renda com déficit de alimentos – que podem enfrentar problemas em financiar as importações – e famílias pobres que gastam a maior parte da renda com alimentação.
O índice da FAO, que mede a variação mensal das cotações de uma cesta de commodities, é uma referência global das tendências de preço dos alimentos. Preços excessivamente altos e voláteis devem persistir no primeiro semestre deste ano, considerando que o tamanho e as condições das safras no Hemisfério Norte só serão conhecidos no período de julho a setembro, segundo Abbassian. Ele afirmou que mesmo um bom resultado do plantio de primavera nos próximos meses não será suficiente para controlar os preços, já que o clima de incerteza permanecerá.
Nos últimos oito meses, condições climáticas adversas, ou muito secas ou muito úmidas, afetaram os principais produtores e exportadores de alimentos do mundo, incluindo Rússia, Ucrânia, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Paquistão, Argentina e países do Sudeste Asiático.
De acordo com Abbassian, a turbulência política em alguns países, o enfraquecimento do dólar, problemas climáticos e a greve nos portos da Argentina contribuíram para alta dos preços no mês passado.
O indicador dos cereais subiu 3% em janeiro e chegou a 245 pontos, maior nível em 30 meses, embora 11% inferior ao nível histórico observado em abril de 2008. O do açúcar avançou 5,4% frente ao mês anterior, para um recorde de 420 pontos, enquanto o de óleos e gorduras aumentou 5,6%, para 278.
O índice do leite beirou 221 pontos no último mês, alta de 6,2% ante dezembro, ainda que 17% abaixo do pico registrado em novembro de 2007. O da carne ficou estável em 166 pontos, conforme o declínio dos preços na Europa diante do escândalo de contaminação por dioxina foi compensado por altas no Brasil e nos Estados Unidos. A FAO fez mudanças no índice de preço da carne para melhor refletir a estrutura do comércio mundial dos produtos. Contudo, a revisão não alterou significativamente o indicador geral dos alimentos. As informações são da Dow Jones.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI208232-15259,00.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quer ver algo?