975]“…
É graças aos soldados, e não aos sacerdotes, que podemos ter a religião
que desejamos. É graças aos soldados, e não aos jornalistas, que temos
liberdade de imprensa. É graças aos soldados, e não aos poetas, que
podemos falar em público. É graças aos soldados, e não aos professores,
que existe liberdade de ensino. É graças aos soldados, e não aos
advogados, que existe o direito a um julgamento justo. É graças aos
soldados, e não aos políticos, que podemos votar…”.
975](BARACK OBAMA no MEMORIAL DAY, durante a cerimônia do Dia do Veterano)
975]Os militares precisam descobrir a força que a instituição tem.
Há anos venho acompanhando as notícias sobre o desmantelamento das Forças Armadas e sobre a relutância dos governos de FHC e de Lula em reajustar dignamente os salários dos militares.
O cidadão ingênuo até pensaria que os sucessivos cortes no orçamento do Ministério da Defesa e a insistência em negar os reajustes salariais à categoria poderiam, mesmo, decorrer de uma contenção de gastos, dessas que as pessoas honestas costumam fazer para manter em equilíbrio o binômio receita/despesa, sem comprometer a dignidade de sua existência.
Mas, depois de tanto acompanhar o noticiário nacional, certamente já ficou fácil perceber que não é esse o motivo o que leva o governo a esmagar a única instituição do país que se pauta pela ampla, total e irrestrita seriedade de seus integrantes e que, por isso mesmo, goza do respaldo popular, figurando sempre entre as duas ou três primeiras colocadas nas pesquisas sobre credibilidade.
A alegação de falta de dinheiro é de todo improcedente ante os milhões (ou bilhões?) de reais que se desviaram dos cofres públicos para os ralos da corrupção política e financeira, agora plenamente demonstrada pelas CPIs em andamento no Congresso Nacional.
O reajuste salarial concedido à Polícia Militar do Distrito Federal, fazendo surgir discrepâncias inadmissíveis entre a PM e as Forças Armadas para os mesmos postos, quando o dinheiro provém da mesma fonte pagadora – a União – visa criar uma situação constrangedora para os que integram uma carreira que sempre teve entre suas funções justamente a de orientar todas as Polícias Militares do país, consideradas forças auxiliares e reserva do Exército (art. 144, § 6º da Constituição Federal).
Mas agora a charada ficou completamente desvendada. E se você, leitor, quer mesmo saber por que raios o governo vem massacrando as Forças Armadas e os militares, a ponto de o presidente da República sequer receber seus Comandantes para juntos discutirem a questão, eu lhe digo sem rodeios: é por pura inveja e por medo da comparação que, certamente, o povo já começa a fazer entre os governos militares e os que os sucederam. Eis algumas das razões dessa inveja e desse medo:
1)
Porque esses políticos (assim como os ‘formadores de opinião’), que
falam tão mal dos militares, sabem que estes passam a vida inteira
estudando o Brasil – suas necessidades, os óbices a serem superados e as
soluções para os seus problemas – e, com isso, acompanham perfeitamente
o que se passa no país, podendo detectar a verdadeira origem de suas
mazelas e também as suas reais potencialidades. Já os políticos
profissionais – salvo exceções cada vez mais raras – passam a vida
tentando descobrir uma nova fórmula de enganar o eleitor e, quando
eleitos, não têm a menor ideia de por onde começar a trabalhar pelo país
porque desconhecem por completo suas características, malgrado
costumem, desde a candidatura, deitar falação sobre elas como forma de
impressionar o público. Sem falar nos mais desonestos, que, além de não
saberem nada sobre a terra que pretendem governar ou para ela legislar,
ainda não têm o menor desejo de aprender o assunto. Sua única
preocupação é ficar rico o mais rápido possível e gastar vultosas somas
de dinheiro (público, é claro) em demonstrações de luxo e ostentação.
2)
Porque eles sabem que durante a ‘ditadura’ militar havia projetos
para o país, todos eles de longo prazo e em proveito da sociedade como
um todo, e não para que os governantes de então fossem aplaudidos em
comícios (que, aliás, jamais fizeram) ou ganhassem vantagens indevidas
no futuro.
3)
Porque eles sabem que os militares, por força da profissão, passam, em
média, dois anos em cada região do Brasil, tendo a oportunidade de
conhecer profundamente os aspectos peculiares a cada uma delas,
dedicando-se a elaborar projetos para o seu desenvolvimento e para a
solução dos problemas existentes. Projetos esses, diga-se de passagem,
que os políticos, é lógico, não têm o mínimo interesse em conhecer e
implementar.
4)
Porque eles sabem que dados estatísticos são uma das ciências militares
e, portanto, encarados com seriedade pelas Forças Armadas e não como
meio de manipulação para, em manobra tipicamente orwelliana, justificar o
injustificável em termos de economia, educação, saúde, segurança,
emprego, índice de pobreza, etc.
5)
Porque eles sabem que os militares tratam a coisa pública com
parcimônia, evitando gastos inúteis e conservando ao máximo o material
de trabalho que lhes é destinado, além de não admitirem a negligência ou
a malícia no trabalho, mesmo entre seus pares. E esses políticos porto
não suportariam ter os militares como espelho a refletir o seu próprio
desperdício e a sua própria incompetência.
6)
Porque eles sabem que os militares, ao se dirigirem ao povo,
utilizam um tom direto e objetivo, falando com honestidade, sem emprego
de palavras difíceis ou de conceitos abstratos para enganá-lo.
7)
Porque eles sabem que os militares trabalham duro o tempo todo,
embora seu trabalho seja excessivo, perigoso e muitas vezes insalubre,
mesmo sabendo que não farão jus a nenhum pagamento adicional, que, de
resto, jamais lhes passou pela cabeça pleitear. Porque eles sabem que
para os militares tanto faz morar no Rio de Janeiro ou em Picos, em São
Paulo ou em Nioaque, em Fortaleza ou em Tabatinga porque seu amor ao
Brasil está acima de seus anseios pessoais.
8)
Porque eles sabem que os militares levam uma vida austera e cultivam
valores completamente apartados dos prazeres contidos nas grandes
grifes, nas mansões de luxo ou nas contas bancárias no exterior, pois
têm consciência de que é mais importante viver dignamente com o próprio
salário do que nababescamente com o dinheiro público.
9)
Porque eles sabem que os militares têm companheiros de farda em
todos os cantos do país, aos quais juraram lealdade eterna, razão por
que não admitem que deslize algum lhes retire o respeito mútuo e os
envergonhe.
10)
Porque eles sabem que, por necessidade inerente à profissão, a atuação
dos militares se baseia na confiança mútua, vez que são treinados para a
guerra, onde ordens emanadas se cumpridas de forma equivocada podem
significar a perda de suas vidas e as de seus companheiros, além da
derrota na batalha.
11)
Porque eles sabem que, sofrendo constantes transferências, os
militares aprendem, desde sempre, que sua família é composta da sua
própria e da de seus colegas de farda no local em que estiverem, e que é
com esse convívio que também aprendem a amar o povo brasileiro e não
apenas os parentes ou aqueles que possam lhes oferecer, em troca, algum
tipo de vantagem.
12)
Porque eles sabem que os militares jamais poderão entrar na carreira
pela ‘janela’ ou se tornar capitães, coronéis ou generais por algum
tipo de apadrinhamento, repudiando fortemente outro critério de ingresso
e de ascensão profissional que não seja baseado no mérito e no elevado
grau de responsabilidade, enquanto que os maus políticos praticam o
nepotismo, o assistencialismo, além de votarem medidas meramente
populistas para manterem o povo sob o seu domínio.
13)
Porque eles sabem que os militares desenvolvem, ao longo da
carreira, um enorme sentimento de verdadeira solidariedade, ajudando-se
uns aos outros a suportar as agruras de locais desconhecidos – e muitas
vezes inóspitos -, além das saudades dos familiares de sangue, dos
amigos de infância e de sua cidade natal.
14)
Porque eles sabem que os militares são os únicos a pautar-se pela
grandeza do patriotismo e a cultuar, com sinceridade, os símbolos
nacionais notadamente a nossa bandeira e o nosso hino, jamais imaginando
acrescentar-lhes cores ideológico-partidárias ou adulterar-lhes a forma
e o conteúdo.
15)
Porque eles sabem que os militares têm orgulho dos heróis nacionais
que, com a própria vida, mantiveram íntegra e respeitada a terra
brasileira e que esses heróis não foram fabricados a partir de
interesses ideológicos, já que, não dependendo de votos de quem quer que
seja, nunca precisaram os militares agarrar-se à imagem romântica de um
guerrilheiro ou de um traidor revolucionário para fazer dele um símbolo
popular e uma bandeira de campanha.
16)
Porque eles sabem que para os militares, o dinheiro é um meio, e não
um fim em si mesmo. E que se há anos sua situação financeira vem se
degradando por culpa de governos inescrupulosos que fazem do verbo
inútil – e não de atos meritórios – o seu instrumento de convencimento a
uma população em grande parte ignorante, eles ainda assim não esmorecem
e nem se rendem à corrupção.
17)
Porque eles sabem que se alguma corrupção existiu nos Governos
Militares, foi ela pontual e episódica, mas jamais uma estratégia
política para a manutenção do poder ou o reflexo de um desvio de caráter
a contaminá-lo por inteiro.
18)
Porque eles sabem que os militares passam a vida estudando e
praticando, no seu dia-a-dia, conhecimentos ligados não apenas às
atividades bélicas, mas também ao planejamento, à administração, à
economia o que os coloca em um nível de capacidade e competência muito
superior ao dos políticos gananciosos e despreparados que há pelo menos
20 anos nos têm governado.
19)
Porque eles sabem que os militares são disciplinados e respeitam a
hierarquia, ainda que divirjam de seus chefes, pois entendem que eles
são responsáveis e dignos de sua confiança e que não se movem por
motivos torpes ou por razões mesquinhas.
20)
Porque eles sabem que os militares não se deixaram abater pelo
massacre constante de acusações contra as Forças Armadas, que fizeram
com que uma parcela da sociedade (principalmente a parcela menos
esclarecida) acreditasse que eles eram pessoas más, truculentas, que não
prezam a democracia, e que, por dá cá aquela palha, estão sempre
dispostos a perseguir e a torturar os cidadãos de bem, quando na verdade
apenas cumpriram o seu dever, atendendo ao apelo popular para impedir a
transformação do Brasil em uma ditadura comunista como Cuba ou a antiga
União Soviética, perigo esse que já volta a rondar o país.
21)
Porque eles sabem que os militares cassaram muitos dos que hoje
estão envolvidos não apenas em maracutaias escabrosas como também em um
golpe de Estado espertamente camuflado de ‘democracia’ (o que vem enfim
revelar e legitimar, definitivamente, o motivo de suas cassações), não
interessando ao governo que a sociedade perceba a verdadeira índole
desses guerrilheiros-políticos aproveitadores, que não têm o menor
respeito pelo povo brasileiro. Eles sabem que a comparação entre estes
últimos e os governantes militares iria revelar ao povo a enorme
diferença entre quem trabalha pelo país e quem trabalha para si próprio.
22)
Porque eles sabem que os militares não se dobraram à mesquinha ação
da distorção de fatos que há mais de vinte anos os maus brasileiros
impuseram à sociedade, com a clara intenção de inculcar-lhe a idéia de
que os guerrilheiros de ontem (hoje corruptos e ladrões do dinheiro
público) lutavam pela ‘democracia’, quando agora já está mais do que
evidente que o desejo por eles perseguido há anos sempre foi – e
continua sendo – o de implantar no país um regime totalitário, uma
ditadura mil vezes pior do que aquela que eles afirmam ter combatido.
23)
Porque eles sabem que os militares em nada mudaram sua rotina
profissional, apesar do sistemático desprezo com que a esquerda sempre
enxergou a inegável competência dos governos da ‘ditadura’, graças aos
quais o país se desenvolveu a taxas nunca mais praticadas, promovendo a
melhoria da infra-estrutura, a segurança, o pleno emprego, fazendo,
enfim, com que o país se destacasse como uma das mais potentes economias
do mundo, mas que ultimamente vem decaindo a olhos vistos.
24)
Porque eles sabem que os militares se mantêm honrados ao longo de
toda a sua trajetória profissional, enquanto agora nos deparamos com a
descoberta da verdadeira face de muitos dos que se queixavam de terem
sido cassados e torturados, mas que aí estão, mostrando o seu caráter
abjeto e seus pendores nada democráticos.
25)
Porque eles sabem que os militares representam o que há de melhor em
termos de conduta profissional, sendo de se destacar a discrição
mantida mesmo frente aos atuais escândalos, o que comprova que, longe de
terem tendências para golpes, só interferem – como em 1964 – quando o
povo assim o exige.
26)
Porque eles sabem que os militares, com seus conhecimentos e
dedicação ao Brasil, assim como Forças Armadas bem equipadas e treinadas
são um estorvo para quem deseja implantar um regime totalitarista entre
nós, para tanto se valendo de laços ilegítimos com ditaduras comunistas
como as de Cuba e de outros países, cujos povos vêem sua identidade
nacional se perder de forma praticamente irrevogável, seu poder
aquisitivo reduzir-se aos mais baixos patamares e sua liberdade ser
impiedosamente comprometida.
27)
Porque eles sabem que os militares conhecem perfeitamente as causas
de nossos problemas e não as colocam no FMI, nos EUA ou em qualquer
outro lugar fora daqui, mas na incompetência, no proselitismo e na
desonestidade de nossos governantes e políticos profissionais.
28)
Porque eles sabem que ninguém pode enganar todo mundo o tempo todo, o
governo temia que esses escândalos, passíveis de aflorar a qualquer
momento, pudessem provocar o chamamento popular da única instituição
capaz de colocar o país nos eixos e fazer com que ele retomasse o
caminho da competência, da segurança e do desenvolvimento.
29)
Porque eles sabem, enfim, que todo o mal que se atribui aos
militares e às Forças Armadas – por maiores que sejam seus defeitos e
limitações não tem respaldo na Verdade histórica que um dia há de
aflorar.
Dra. Marli Nogueira,
Juíza do Trabalho em Brasília.
Postado em 26/03/2012
Fonte http://forum.contatoradar.com.br/index.php/topic/88937-carta-da-juiza-dra-marli-nogueira-as-forcas-armadas/
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