Videogames e aplicativos para celular ensinam a controlar finanças.
Game on-line 'Goumi' tem como foco educação financeira.
Bovespa possui site voltado para ensinar crianças.
'Goumi' traz conceitos de educação financeira em
um mundo virtual on-line (Foto: Divulgação)
um mundo virtual on-line (Foto: Divulgação)
No título criado pela Cedro Finances e lançado em maio de 2011, o jogador deve criar um avatar, uma representação virtual de um personagem, e entrar em um mundo onde pode criar seu próprio negócio e tentar prosperar. “Desenvolvemos o ‘Goumi’ em 2 anos com a ideia de ter soluções para ajudar aqueles que podem entrar no mercado de capitais daqui 5 ou 10 anos”, diz Leonardo Reis, CEO da Cedro Finances. “Pensamos em ideias para ajudar crianças e jovens a desenvolver habilidades de investimento, de gestão financeira e comportamental”.
Crianças pode criar negócios e entrar em contato com outros jogadores pela internet (Foto: Divulgação)
Dentro do jogo, o jovem pode criar negócios dentro do setor primário, secundário e terciário, interagindo com outros jogadores dentro do mundo virtual. Não há personagens controlados pelo computador. “Usamos conceitos de MMOs [jogos on-line com participação de diversos usuários], apresentando personagens e empresas criadas por outros gamers”, afirma Reis.
A criança aprende desde como funciona a economia para um agricultor, passando pela indústria – podendo industrializar aquilo que ele plantou, ou até mesmo comprando matéria-prima de outro jogador, por exemplo – e vendo como funciona o setor terciário, ensinando sobre investimento com, por exemplo, abertura de conta e com o uso de investimentos e entrada na bolsa de valores. “Se divertindo, inconscientemente, o jogador aprende os conceitos básicos de educação financeira”, explica Reis.
Desde seu lançamento há dois meses, mais de 8 mil jogadores já se cadastraram no “Goumi” e o título é utilizado até em algumas escolas como reforço em aulas de educação financeira. A previsão é que, com um ano de existência, o título tenha 100 mil gamers cadastrados.
Segundo os criadores, ter um mundo inteiramente controlado pelos jogadores reflete crises financeiras do mundo real. “Se todos os jogadores plantarem morangos, o item ficará muito barato, porque a oferta será muito grande. Assim, os próprios gamers mudam os negócios, investindo em outras áreas”.
Reis conta, também, que o jogo exige ter contato com outras pessoas para ter um negócio lucrativo e ensina, também, a criança saber que existe horário de trabalho e de diversão. “[O personagem virtual] tem que descansar, dormir, tomar banho. Ainda, a criança pode doar uma quantia para um amigo que está com problemas de dinheiro”, diz.
O retorno, segundo Reis, é positivo. Muitos pais enviaram e-mails falando que o filho aprendeu a poupar e que se preocupa com o orçamento doméstico. “Um participante do jogo nos enviou um e-mail em que disse que sua empresa no mundo virtual está indo melhor que a do pai no mundo real”, diz Samuel Paiva, diretor de marketing da Cedro.
Aproximando os jovens da bolsa de valores
Em maio de 2010, a BM&FBovespa lançou um site voltado para que jovens entre 7 e 10 anos aprendesse de modo lúdico como controlar melhor suas finanças. O “Turma da Bolsa”, que tem games, histórias em quadrinhos, fábulas e vídeos voltados para educação financeira. Desde a estreia, o site contabilizou 107 mil acessos e tem 8,4 mil crianças cadastradas.
“Os conteúdos de educação financeira, mas nem sempre são passados para as crianças de uma forma direta. A intenção é que [o ensino] seja lúdico para as crianças”, explica Christianne Bariquelli, coordenadora dos Programas de Popularização da BM&FBovespa. “Há o contato com os conceitos, mas sem um tom discursivo, sem ir tão direto ao ponto, por meio dos jogos”.
Site da Bovespa ensina educação financeira para as crianças (Foto: Divulgação)
Jogo das profissões ensina a criança a usar o
dinheiro ao pedir dicas no site (Foto: Divulgação)
dinheiro ao pedir dicas no site (Foto: Divulgação)
Além dos jogos, há vídeos do “Porco e o Magro”, que ensinam sobre educação financeira com diálogos próximos do universo das crianças. “Os personagens mostram que é preciso pensar antes de sair comprando algo e a pensar em perguntas ‘o que eu quero?’, ‘posso comprar?’, ‘preciso disso?’”, afirma a coordenadora. O site ainda tem fábulas em áudio e tirinhas em quadrinhos com o tema.
Por enquanto, os tererês recebidos nos jogos são apenas acumulados pelas crianças. Mas a BM&FBovespa planeja para 2012 trocar o dinheiro virtual por conteúdo. E o game, de acordo com Christianne, ajuda as crianças a aprender melhor do que algo imposto. “A criança quando acessa a web quer diversão. Para nós, é interessante que haja o contato de modo divertido. Aprender na obrigação irá desestimular o jovem’.
Game une futebol com educação financeira
(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)
Aprender com jogos pode ser divertido e mais fácil de gravar na memória as informações, mas ter o futebol como meio de entender elementos da educação financeira pode ser ainda melhor. Pelo menos é o que pensa a operadora de cartões de crédito e de débito Visa, que lançou na internet o “Bate-Bola Financeiro”.
O game mostra uma partida de futebol entre dois times e exige que o jogador responda a questões de múltipla escolha que testa os conhecimentos do jogador. A cada acerto, é realizado um passe correto, um lançamento ou um chute certeiro ao gol. No caso de um erro, a bola pode ser roubada pelo adversário ou ir para a lateral. Como em games de futebol “tradicionais” dos consoles, é possível jogar contra um amigo.
Ao entrar no jogo, o usuário seleciona o nível de dificuldade, determinado pela idade que pode ser entre 11 e maiores de 18 anos, e o tempo de jogo, que pode ter até meia hora. A cada jogada, é possível selecionar a dificuldade da pergunta, o que irá influenciar a jogada dentro de campo – quanto mais difícil, maior a probabilidade de chegar ao gol.
O “Bate-Bola Financeiro” foi lançado em 2009 e está presente em mais de 16 países.
Aplicativos para celulares e tablets ajudam no controle financeiroOs usuários podem utilizar seus celulares e tablets para ter um controle financeiro maior da sua vida. Além de poder acompanhar investimentos, por meio de aplicativos é possível calcular juros e o orçamento doméstico. Estes programas estão disponível dentro da área "finanças" (finances) das lojas virtuais do iPhone e iPad e dos dispositivos com sistema operacional Android. Há opções pagas e gratuitas.
Confira alguns aplicativos para ajudar no controle financeiro:
Aplicativo | Plataforma | Descrição | Preço | |
---|---|---|---|---|
BM&FBovespa | iPhone, iPad e Android | Permite que o usuário acompanhe os índices da bolsa e a cotação das empresas por meio de informações, gráficos e notícias. | Grátis | |
Juros Fácil | iPhone e iPad | Calcula os juros que o usuário terá em investimentos financeiros e de compras à prazo. | US$ 1 | |
HomeBudget | iPhone e iPad | Ajuda no controla dos gastos domésticos indicando onde está se gastando mais com contas e onde é possível economizar. Em inglês. | US$ 5 | |
Calculadora Financeira | iPhone e iPad | Calcula hipotecas, finanças e investimentos, além de poder guardar e compartilhar os cálculos. | US$ 5 |
Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/07/videogames-e-aplicativos-para-celular-ensinam-controlar-financas.html
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