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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Um novo tipo de vírus capaz de se esconder nas mensagens do Skype

Pesquisadores da Itália, Alemanha e Estados Unidos alertam para um novo tipo de malware capaz de se infiltrar no tráfego de dados de serviços de internet populares como o Skype e BitTorrent

REDAÇÃO ÉPOCA
24/07/2014 17h53 - Atualizado em 24/07/2014 18h12
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Cientistas alertam para um novo tipo de malware capaz de se infiltrar nos fluxos de dados de serviços populares da internet (Foto: Reprodução)
Ele pode estar escondido dentro de uma imagem ou nos silêncios das mensagens por voz que você envia no Skype. Malwares são softwares maliciosos que se encarregam de roubar informações dos computadores que infectam: senhas de internet, dados bancários e outras informações sensíveis. São já um problema por si só. Pesquisadores da Universidade de Tecnologia Warsaw, do Conselho Nacional de Pesquisas da Itália e da Fraunhofer FKIE, um instituto de pesquisas privado, alertam agora para um novo tipo de malware: difícil de detectar, ele se infiltra no fluxo de dados de serviços populares, como Skype e Bittorrent. Rouba os dados das pessoas afetadas e desaparece deixando pouco ou nenhum rastro.

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De maneira geral, um malware é uma espécie de mensagem criptografada – um pedaço de texto escondido em meio a uma informação maior. Para existir, faz uso de uma técnica conhecida como esteganografia. Ela consiste justamente em esconder texto em meio a uma mensagem aparentemente inofensiva. No mundo digital, a esteganografia não é necessariamente uma coisa ruim. A técnica permite, por exemplo, que ativistas ou jornalistas vivendo sob regimes ditatoriais troquem mensagens com o mundo externo sem ser descobertos. É vantajosa porque não apenas impede que a mensagem seja lida: ela faz parecer que a mensagem simplesmente não existe. Por isso, é também comumente usada para roubar dados ou viabilizar a comunicação de organizações criminosas. Em 2002, por exemplo, a polícia americana desmantelou uma rede criminosa que usava a esteganografia para distribuir pornografia infantil. A técnica também permitiu que dados fossem roubados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos em 2008.

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Desde então, desenvolveu-se para se tornar o que os pesquisadores chamaram, em um novo estudo, de “esteganografia de rede”. Em lugar de carregar um punhado fechado de informação escondida em um arquivo, essa nova forma de malware se infiltra nas vias pelas quais a informação circula. Dessa forma, uma quantidade maior de dados pode ser transmitida. Funciona assim – a mensagem maliciosa se esconde em meio ao tráfego de informações gerados por serviços de internet populares como o Skype ou BitTorrent. Durante uma conversa online, é grande o tráfego de dados. Esses malwares aproveitam a chance para se infiltrar e passar despercebidos.  “Praticamente todos os serviços populares da internet podem ser explorados” afirma o estudo. O resultado é que essa nova forma de ameaça é difícil de analisar e detectar, porque deixa um rastro de dados pequeno.

Segundo os pesquisadores, o mais preocupante a respeito dessa nova forma de malware é a variedade de técnicas hoje disponíveis para esconder mensagens maliciosas: é possível inserir malware em sugestões de busca do Google e até na frequência de vibração de smartphones. Em 2013, por exemplo, os cientistas da Fraunhofer FKIE – um dos institutos responsáveis pelo trabalho – criaram um malware capaz de se propagar por ondas de som. Tamanha diversidade dificulta a criação de medidas de segurança.

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