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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Mulheres são mais propensas a sofrer infarto sem dor no peito.

O Globo
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FLÓRIDA — As mulheres, especialmente as jovens, são mais propensas que os homens a sofrerem um infarto sem apresentarem os sintomas de dor no peito ou mal-estar. As mulheres também apresentam uma maior probabilidade de morrer por insuficiência cardíaca que os homens da mesma idade. É o que indica estudo realizado na Watson Clinic, em Lakeland, na Flórida, e publicado na revista da Associação Médica Americana.
Segundo os autores, as mulheres abaixo de 55 anos parecem apresentar sintomas atípicos em caso de ataque cardíaco. É possível que nem saibam que estão sofrendo um infarto, afirma John Canto, que participou do estudo. Na pesquisa, 42% das mulheres menores de 55 anos disseram não ter sentido dores no peito; enquanto que nos pacientes homens este índice foi 30%. Aproximadamente, 14% das mulheres morreram; e 10% dos homens.
Canto destacou que os resultados são preliminares. Mesmo assim, ele contesta a noção de que mal-estar e dor no peito são sintomas comuns a todos os pacientes no caso de ataques cardíacos. E os pacientes sem dor costumam buscar ajuda mais tarde, são tratados menos agressivamente e têm uma taxa de mortalidade quase o dobro dos indivíduos que manifestam os sintomas típicos de infarto.
— Se nossos resultados estiverem certos, é preciso considerar que mulheres com menos de 55 anos podem ter outros tipos de queixas, como dificuldade de respirar ou dor em áreas como queixo, colo, braços, costas e estômago — afirma Canto.
A sua equipe analisou antecedentes médicos numa base de dados nacional de pacientes que sofreram ataques cardíacos entre 1994 e 2006, incluindo 1,1 milhão de pessoas tratadas em dois mil hospitais. As mulheres menores de 45 anos tinham 30% mais chances que os homens de seu mesmo grupo etário de sofrerem um ataque sem apresentar dor no peito. A diferença desaparece depois dos 75 anos. Um padrão similar foi visto no risco de morte por ataque cardíaco. Uma parte desta diferença pode ser atribuída à falta de ação de pacientes e médicos em casos de sintomas atípicos, diz Patrick O''Malley, da Uniformed Services na Universidade de Ciência da Saúde, em Bethesda, Maryland.
— Geralmente não pensamos na hipótese de infarto em mulheres jovens, se não apresentam queixa de dor no peito e, portanto, não somos tão agressivos no socorro. Isto atrasa o tratamento — afirma.

Fonte: http://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/mulheres-sao-mais-propensas-sofrer-infarto-sem-dor-no-peito-4042737.html#ixzz1n9XxIGa5

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